O Cenário Rock N’ Roll
de Salvador
Meu amado irmão Fágner
Cordeiro Dantas, entusiasmado com meu último texto, Reflexão, me pediu para
escrever sobre o cenário Rocker na cidade de Salvador, conheço bem este tema e
posso afirmar com toda a certeza que Salvador não possui uma casa de show decente
como possui Recife com seu Chevrolet Hall para 15 mil pessoas, Salvador possui
bares e pubs, guerreiros por ofereceram atrações de rock local para os amantes
do mesmo, já houveram mais estabelecimentos que ofereciam esse tipo de
entretenimento quase que proibido no planeta Axé, mas um por um eles vão fechando
as portas como o bar Bond Canto, o Boteco Ali do Lado e para os mais antigos e
saudosos como eu o Idearium , todos no bairro do Rio Vermelho, hoje ainda
temos, resistindo como pode, o The Dubliner’s irish Pub e o Twist Pub no Red
River como espaços genuinamente Rock and Blues o The Other Place em Brotas,
garagem do clube dos motoqueiros Hell’s Angels Salvador que abre seu espaço
para aparesentação de bandas locais de Rock e Metal com venda de cerveja gelada
e churrasco, mas não é uma casa de show nem tão pouco um bar é uma garagem de
guerreiros, repito empre essa palavra por não haver outro nome que se possa
fazer jus a quem faz e abre espaço para quem faz rock em Salvador, e a boite
Groove Bar na Barra, esse é o limitadíssimo cenário Rocker na cidade.
Antes de mais nada sei
que muitos irão dizer: “Mais por que você gosta de Rock, uma cultura
estrangeira tendo uma cultura tão rica em sua cidade?”. Bom além do fato de que
gosto não se discute vou dizer que a cultura africana não é de Salvador e sim
uma herança deixada pelos africanos assim como herdamos também a cultura
indígena e também a cultura européia e por uma questão de identificação, já que
não sirvo para tocar tambor e nem dançar a dança da chuva, optei pela cultura
européia, uma das 3 culturas que todos os brasileiros herdaram, isso inclui o
Rock N’ Roll, existe uma falta de vontade muito grande das nossas autoridades e
empresários, talvez pela comodidade e retorno financeiro fácil de manter
Salvador como uma sucursal africana como alguns bairros da cidade que possuem
as mesmas mazelas da mãe África. Se vocês me perguntarem se eu gostaria que
Salvador fosse uma cidade do Rock eu diria não, eu queria que Salvador fosse
uma cidade cosmopolita como todas as grandes cidades do mundo são, como minha
querida São Paulo é, espaços culturias e músicas para todos os gostos, sem
excluir nem a mais infame banda de pagode, cada um no seu devido espaço, pois
vamos parar com essa demagogia barata do pode misturar, não pode não, cada um
na sua com alguma coisa em comum, não temos que suportar pagodeiros e nem
pagodeiros precisam nos suportar, cada um no seu espaço e nos dando
oportunidades, equanto amantes do Rock N’ Roll de podermos curtir aqui shows
internacionais sem a necessidade de migrarmos para outra cidade. Paul
Maccartney em Salvador? Para mim ainda é uma utopia!