sábado, 31 de dezembro de 2011

Algumas das Bandas que marcaram os anos 80!

Guns N' Roses
Guns N' Roses (às vezes abreviado como G N' R ou GnR) é uma banda americana de hard rock, formada em Hollywood, Los Angeles, Califórnia, em 1985. A banda já lançou seis álbuns de estúdio, três EPs e um álbum ao vivo. A formação clássica original, que assinou contrato com a Geffen Records, consistia no vocalista Axl Rose, o guitarrista solo Slash, o guitarrista rítmico Izzy Stradlin, o baixista Duff McKagan e o baterista Steven Adler. O co-fundador Axl Rose é o único membro original do atual Guns N 'Roses.
A banda já vendeu mais de 100 milhões de cópias em todo o mundo, sendo cerca de 43 milhões somente nos Estados Unidos. O seu álbum de estréia em 1987, Appetite for Destruction vendeu cerca de 28 milhões de cópias no mundo todo, sendo certificado 17 vezes platina pela RIAA (Associação da Indústria de Gravação da América).
A formação atual inclui o vocalista e pianista Axl Rose, guitarristas solo Ron "Bumblefoot" Thal e DJ Ashba, guitarrista rímico Richard Fortus, o baixista Tommy Stinson, tecladistas e backing vocals Dizzy Reed e Chris Pitman, e o baterista Frank Ferrer.
O estilo musical, a presença em palco e a imagem de bad boy da banda contribuíram para o sucesso do grupo durante uma nova era de dominação do hard rock no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Enquanto o glam metal liderava nas vendas de discos, tabelas de vídeos e rádio, os Guns N' Roses ofereciam um som mais tradicional do rock, e conquistaram muitos fãs, impressionados pela autenticidade entusiasmante.
Seu novo trabalho, Chinese Democracy foi lançado no dia 23 de Novembro (EUA) e 25 de novembro 2008 no Brasil e já vendeu (10 de junho de 2010) cerca de 7 milhões de cópias em todo o mundo, atingindo a certificado de platina nos EUA por chegar a marca de 1 milhão de cópias.

Formação (1985-1986)
O grupo foi formado no início de 1985 pelos membros do Hollywood Rose Axl Rose (vocais) e Izzy Stradlin (guitarra rítmica), membros do L.A. Guns Tracii Guns (guitarra), Ole Beich (baixo) e Robbie Gardner (bateria). A nova banda criou o seu nome através da combinação de dois dos nomes dos membros do grupo. Depois de pouco tempo (vários relatórios indicam apenas 2 ou 3 shows foram feitos com o Guns, Beich & Gardner), o baixista Ole Beich foi substituído por Duff McKagan enquanto a falta de Tracii Guns nos ensaios levou à sua substituição por Slash.
Slash tinha tocado com McKagan no Road Crew e com Stradlin durante um curto período no Hollywood Rose. A nova line-up se reunira rapidamente, mas pouco antes de embarcar em uma turnê, curta o bastante e desorganizada de Sacramento, Califórnia, para a cidade de Duff casa de Seattle, Washington, o baterista Rob Gardner saiu e foi substituído por um amigo de Slash, Steven Adler. A banda, que continuou a ser chamada Guns N' Roses, mesmo depois da partida de Tracii Guns, estabeleceu a sua primeira linha estável até no chamado "Hell Tour". Em uma entrevista, Slash disse: "Isso [viagem para Seattle] é realmente o que consolidou a banda" e estabeleceu a sua química.
A estréia nos palcos da nova formação aconteceu em 6 de Junho de 1986, no conhecido Troubador em Hollywood, para cerca de 150 pessoas. Após isso, a banda seguiu para Seattle onde teve a sua turnê de estreia, conhecida por Hell Tour. Sobre esta turnê do Guns, pode-se afirmar que foi um fracasso, pois no caminho entre Los Angeles e Seattle, a van onde os gunners viajavam quebrou, não restando alternativa a não ser abandonar o veículo e pedir carona. E esta carona, demora mais de dois dias para chegar, atrasando seu primeiro compromisso em Seattle, causando, como consequência, o cancelamento da turnê inicial do Guns N' Roses pelos EUA, fazendo com que Axl e cia vendessem parte do equipamento para voltar para casa.
Morando em Los Angeles, sem contrato e competindo com centenas de bandas do mesmo estilo, o Guns N’Roses contava com algo além da música para sobreviver: roubaram, venderam drogas e mulheres durante algum tempo. Em 1986, contornando as dificuldades, gravaram um EP (disco de menor duração) com quatro músicas. O nome do disco, lançado de forma independente, era Live ?!*@ Like a Suicide, e continha quatro músicas gravadas ao vivo (inclusive um cover do Aerosmith, Mama Kin).
O disco foi anunciado como uma gravação ao vivo, embora Rose revelaria anos mais tarde, que foi simulado. O EP composto por quatro músicas de fitas da banda demo com o ruído da multidão sobreposta. Continha covers de Rose Tattoo, "Nice Boys" e do Aerosmith "Mama Kin", juntamente com duas composições original: o hino punk "Reckless Life" e o rock clássico inspirado "Move to the City", ambos dos quais foram co-escritas por membro fundador Hollywood Rose, Chris Weber. O vinil original de Live ?!*@ Like a Suicide tornou-se um valioso e procurado após o item de colecionador, mesmo que as faixas foram re-emitidos dois anos mais tarde, no álbum G N' R Lies.

Appetite for Destruction e G N' R Lies (1987-1989)
Mas as dificuldades não durariam muito. Appetite for Destruction foi lançado em julho de 1987 e se tornou em pouco tempo o primeiro disco de estréia de uma banda de hard rock a alcançar o primeiro lugar nas paradas e também foi o disco de estréia que mais vendeu na história do rock, com cerca de 18 milhões de cópias vendidas somente dos Estados Unidos. À medida que o disco vendia mais e mais, a banda prosseguia com seus shows, abrindo para bandas maiores como Iron Maiden e Rolling Stones, e posteriormente encabeçando seus próprios shows. Axl inclusive gravou sons pornográficos para colocar na música "Rocket Queen". Hoje conhece-se que os gemidos nessa música provém do ápice de uma gravação real de uma tarde de sexo entre Axl e a namorada na época de Steven Adler.
Foi aclamado pela crítica, mas o álbum e seu primeiro single, "Welcome to the Jungle", ficaram um bom tempo sem muita exposição, quase um ano, até que David Geffen pediu a MTV para transmitir o videoclipe da música. Apesar de inicialmente passar apenas de madrugada, logo o vídeo se tornou um dos mais requisitados da emissora. O segundo single, "Sweet Child o' Mine", foi ainda mais bem-sucedido, e quando o terceiro, "Paradise City", foi lançado, o álbum já tinha alcançado o topo das paradas.
"Welcome to the Jungle" também foi destaque em um filme de Clint Eastwood em 1988, The Dead Pool e membros da banda tiveram uma aparição no filme.
O Guns começou então a abrir shows para grandes bandas como o Iron Maiden, Rolling Stones e Aerosmith, mas à medida que as vendas de Appetite cresciam, partiram para uma turnê mundial sendo eles os cabeças-de-cartaz de muitos concertos. Na turnê o comportamento dos membros atraía a mídia: Duff, Slash e Steven entravam no palco frequentemente sob efeito de drogas ou álcool, e o guitarrista muitas vezes entrava no palco amparado e desmaiava ao final dos shows.
Em 1988, a Geffen decide lançar um novo álbum, G N' R Lies, composto de apenas quatro composições novas e das quatro gravações do EP Live ?!*@ Like a Suicide de 1986. Torna-se claro neste disco o caminho que viria a ser tomado pela banda nos anos seguintes. Enquanto as quatro faixas gravadas em 1986 primam pela agressividade e velocidade, as novas faixas de 1988 introduzem instrumentos acústicos que culminam na melosa Patience. Lies também sobe as paradas e se junta a Appetite for Destruction, que continua a vender cada vez mais.
O Guns N' Roses se torna a primeira banda de hard rock a emplacar dois discos de uma vez entre os mais vendidos. A banda passa a ser adorada por adolescentes e posers e começa a perder seus fãs mais radicais. Contrastando com o sucesso cada vez maior, os componentes parecem fazer questão de provar que continuam rebeldes e geram escândalos e controvérsias nos anos que se seguem: agressões a vizinhos e repórteres, tumultos constantes gerados durante os shows, brigas, abuso de drogas e bebida, prisões e dezenas e dezenas de processos em todos os países por onde a banda passava.

Use Your Illusions, "The Spaghetti Incident?" (1990–1993)
Em 1990, a banda começou a gravação de seu próximo álbum. Durante a gravação de "Civil War", Steven Adler não conseguia tocar bateria de tão viciado que se encontrava com cocaína e heroína, com mais de 30 takes sendo necessários. Como resultado, Adler foi demitido em julho de 1990 e foi substituído pelo baterista Matt Sorum, que havia tocado brevemente com The Cult, e quem Axl havia creditado para salvar a banda. Poucos meses antes, o tecladista Dizzy Reed se tornou o sexto membro do grupo quando ele se juntou como membro a tempo inteiro. A banda despediu seu empresário, Alan Niven, substituindo-o por Doug Goldstein em maio de 1991. De acordo com uma reportagem de capa de 1991 pela revista Rolling Stone, Rose forçou a demissão de Niven (contra a vontade de alguns de seus colegas de banda), recusando-se a completar os álbuns até que ele foi substituído.
O Guns N' Roses acompanhou os álbuns Use Your Illusion, com muitos vídeos, incluindo "Don't Cry", "November Rain" e "Estranged" - alguns dos vídeos musicais mais caros já feitos. A balada hit "November Rain" (n º 3 dos EUA) se tornou o vídeo mais requisitados na MTV, acabou ganhando de 1992 MTV Video Music Award para a melhor cinematografia. É também a canção mais longa da história do gráfico para alcançar o Top Ten, com duração de 8:57. Durante a premiação, a banda tocou a canção com Elton John que acompanha ao piano.
Antes e após o lançamento dos álbuns, o Guns N' Roses embarcou sobre os 28 meses de duração a Use Your Illusion Tour. Tornou-se famoso tanto para seu sucesso financeiro e os muitos incidentes controversos que ocorreram nos shows, e ainda é atualmente a maior turnê da história do rock.
Em janeiro de 1991, a banda tocou para o maior público que até então conseguiu reunir: 140 mil pessoas no dia 20 de janeiro e 120 mil no dia 23, no festival Rock in Rio 2 realizado no estádio Maracanã, Rio de Janeiro. Foram os concertos que marcaram as estreias de Matt e Dizzy na banda, o Guns N' Roses já encabeçava uns dos maiores shows e festivais da época. Em maio do mesmo ano, teve início a turnê mundial dos álbuns Use Your Illusion (que seriam lançados meses depois), começando pela cidade americana de East Troy, Wisconsin, com a turnê durando 26 meses, com 192 shows em 32 países. A banda Skid Row abriu os shows.
Tudo deu certo para Slash, que passou um ano fora tocando com grandes nomes como Bob Dylan, Michael Jackson, Iggy Pop e Lenny Kravitz. Mas longe de se tornar uma estrela menor do cenário, ele preferiu a química do Guns. "Se não fosse Axl, eu poderia estar ainda procurando um cantor", ressaltou. "Sair do nada e chegar a tal ponto foi uma grande virada na minha cabeça. Agora que aconteceu, e nós conseguimos nos manter juntos, eu não acredito que teremos esse tipo de problema de novo".
Uma turnê interminável se seguiu ao lançamento de Use Your Illusion I e II, e foi justamente este o motivo da saída inesperada de Izzy Stradlin, cansado da vida na estrada. A saída de Izzy ocorreu sem maiores danos à relação dele com o resto da banda. Foi substituído às pressas por Gilby Clarke e poucos meses depois lançou seu trabalho solo com a banda Izzy Stradlin and The Juju Hounds, que não obteve a repercussão esperada. A Use Your Illusion World Tour durou aproximadamente dois anos e no começo de 1993, Gilby sofreu um acidente de moto e a banda chama Izzy as pressas para assumir a guitarra rítmica. Izzy afirmou que só aceitou porque "os shows seriam em países tropicais".
A banda continuou causando tumultos, como num show em St. Louis, Minnesota, em que Axl abandonou o palco após brigar com um espectador com uma câmera, que tirava fotos ajustando o flash diretamente para seus olhos. Acabou por gerar centenas de feridos e um processo de milhões de dólares e alguns dias de cadeia para Axl Rose. Outro acontecimento em Montreal, em que a banda abandonou o palco após apenas 9 músicas por problemas de áudio, a atitude gerou revolta - carros quebrados e incêndios. Axl também arrumou atritos generalizados com a imprensa musical dos EUA e Inglaterra, chegando a citar na música "Get in the Ring" os nomes de vários jornalistas (e as revistas em que eles trabalhavam) com quem ele gostaria de acertar as contas.
A turnê se encerra em julho, no estádio Monumental de Nuñez, na Argentina, com um show transmitido ao vivo pela TV e que foi encerrado com um forte abraço entre Axl e Slash. Este é marcado também por ser o último show da antiga formação do Guns N' Roses. Foi o último show da banda com Slash, McKagan, Matt e Gilby.
Em 23 de novembro de 1993, o Guns N' Roses lançou uma coleção de punk e glam rock intitulado "The Spaghetti Incident?". Apesar dos protestos de Rose-companheiros de banda, uma capa não divulgada da música do serial killer Charles Manson, "Look at Your Game Girl" foi incluída no álbum, a seu pedido. Anos mais tarde, Rose disse que iria remover a canção da nova prensagem do álbum, alegando que os críticos e a mídia tinha interpretado mal o seu interesse na música de Manson. Axl pode ser vista usando uma camisa preta Manson no vídeo "Estranged" de Use Your Illusion II. Ele também pode ser visto vestindo uma camisa vermelha Manson em cenas de seu show em Milton Keynes, Inglaterra, em 1993, com o texto adicional na parte de trás, "Charlie Don't Surf". "Look at Your Game Girl" não foi removido e ainda está caracterizado em prensagens do álbum. Apesar do sucesso inicial, "The Spaghetti Incident?" não coincidir com as vendas dos álbuns Illusion e sua liberação, consequentemente, levou ao aumento da tensão dentro da banda. "The Spaghetti Incident?" vendeu até hoje cerca de 1,4 milhões nos EUA, sendo considerado um desempenho fraco.
Entrevistas com membros do Guns N' Roses sugerem que entre 1994 e 1996, a banda começou a escrever esporadicamente e gravar novo material, a maioria dos quais, de acordo com Slash, tinha sido escrito por Rose. Rose afirmou o oposto na carta aberta no site oficial do Guns, que o álbum era mais um "álbum de Slash" e Rose faltava muito pouco para o álbum. Na época, a banda tinha a intenção de lançar um único álbum com 10 ou 12 canções.
Em relação à disfunção de gravação da banda, nesse momento, Rose é citado como tendo dito: "Nós ainda necessária a colaboração da banda como um todo para escrever as melhores canções. Como nada disso aconteceu, essa é a razão pela qual esse material ficou desfeito."
Em dezembro de 1994, o Guns N' Roses lançou uma gravação cover dos Rolling Stones "Sympathy for the Devil". A canção apareceu no filme Entrevista com o Vampiro, na trilha sonora do filme e também foi lançado separadamente como um único. É o final do Guns N' Roses com Slash na guitarra, Duff McKagan no baixo e Matt Sorum na bateria. Ele também incluiu Paul Huge na guitarra rítmica, cuja presença na pista e na banda criou grande tensão entre Rose e Slash, como Slash não gostava de Huge e sentiu que não tinha lugar nem o "chops" para caber no G N' R.
A gravação de "Sympathy for the Devil", bem como a tensão entre ele e Rose, levou Slash a deixar a banda oficialmente em Outubro de 1996. Ele foi substituído pelo guitarrista de turnê do Nine Inch Nails Robin Finck em janeiro de 1997, que assinou um contrato de dois anos com a banda em agosto de 1997 tornando-o um membro oficial. Matt Sorum, foi demitido em abril de 1997 e, em seguida, o baixista Duff McKagan, se demitiu da banda em agosto de 1997. Como tal, todos os membros que participaram na gravação de Appetite for Destruction (com exceção de Rose) saíram da banda. Várias exibições foram apresentadas na saídas por vários membros da banda (atuais e antigos). Em 1994 Rose realizou uma conferência de imprensa ou realizados até 2001 com o seu novo elenco. Axl, em 1994 fez um dueto com Bruce Springsteen em um cover da música dos Beatles "Come Together".
McKagan foi o último da linha de Appetite para sair, renunciando como baixista em agosto de 1997, sendo substituído mais tarde em 1998 por Tommy Stinson (ex-The Replacements). Sorum foi substituído por Chris Vrenna por um tempo curto em abril-maio ​​de 1997, seguido brevemente pelo Pod, e finalmente por Josh Freese, no verão de 1997. Até o final de 1998, uma nova versão do Guns N' Roses surgiu: muitos músicos vieram e se foram da banda nova, mas o grupo central incluiu Rose, Stinson, o tecladista Dizzy Reed e o multi-instrumentista Chris Pitman.
A Geffen lançou Live Era: '87-'93, uma coletânea de performances ao vivo de vários concertos durante o Appetite for Destruction e Use Your Illusion tours. A banda devia a Universal / Interscope um álbum ao vivo, que foi principalmente montado por Duff, que na época ainda era um parceiro de banda.

O "Novo" Guns N' Roses, Chinese Democracy (1999-2011)
Em 1999, a banda lançou uma nova música, "Oh My God", que foi incluída na trilha sonora do filme Fim dos Dias. A faixa de trabalho foi caracterizada pelas guitarras adicionais por Dave Navarro e Gary Sunshine, o professor de guitarra pessoal de Rose. O lançamento da canção foi destinado a ser um prelúdio para o seu novo álbum, intitulado Chinese Democracy.
Também em 1999, durante uma entrevista com Kurt Loder da MTV, Axl disse que ele tinha re-gravadas Appetite for Destruction com a banda então nova, além de duas canções que ele havia substituído por "Patience" e "You Could Be Mine".
Chinese Democracy teria sido feito desde 1994, com Rose o único membro original ainda na banda. De acordo com um relatório publicado em 2005 pelo The New York Times, Rose teria supostamente gasto U$ 13 milhões no estúdio por esse ponto.
Em 1999, o guitarrista Robin Finck saiu da banda para se reunir sua antiga banda, Nine Inch Nails, em turnê. Em 2000, guitarrista de avant-garde Buckethead entrou para Guns N' Roses como um substituto para Finck. O baterista Josh Freese foi substituído por Bryan Mantia (ex-Primus). Robin Finck voltou para a banda no final de 2000, para complementar Buckethead na guitarra solo.
Em 2000, o Guns N' Roses é anunciado como uma das principais atrações do festival Rock in Rio III, que seria realizado em janeiro de 2001 no Rio de Janeiro. Este show foi marcado como 'a volta do Guns N' Roses' e também por ser o maior público na história da banda, com cerca de 240 mil pessoas. A formação consistia em Axl, Dizzy, Tommy, Robin, Paul, Buckethead, Brain e Chris Pitman, este último não reconhecido como membro oficial da banda. No show é apresentada 5 músicas novas (Oh My God, Madagascar, The Blues, Silkworms e Chinese Democracy), além dos antigos clássicos. Em uma homenagem inusitada, Robin Finck tocou uma versão rocker do sucesso "Sossego" de Tim Maia, durante a apresentação da banda no Rock In Rio III.
Em 2002, Paul Tobias abandonou a banda. Foi substituído por Richard Fortus, ex-Love Spit Love. O grupo seguiu com shows em Agosto na Europa e Ásia, seguidos por uma aparição surpresa no MTV Video Music Awards. Em novembro, começaram nova turnê americana, mas o primeiro show, em Vancouver, foi cancelado pelo fato de Axl não conseguir ir para o Canadá (o descontentamento do público foi grande). Dezesseis shows se seguiram, esgotando-se em mercados como Nova Iorque e não vendendo bem em mercados menores. Então, um show em Filadélfia fora cancelado porque Axl supostamente tivera problemas repentinos de saúde. Os 15 mil fãs presentes se revoltaram e destruíram o local, e o resto da turnê foi cancelada.
Dois anos depois, em março de 2004, o guitarrista Buckethead abandona a banda, alegando falta de interesse do Axl em lançamento de material e shows, fato que só seria oficialmente anunciado quatro meses depois. Com a saída de Buckethead, a banda cancela sua apresentação no Rock in Rio Lisboa, que aconteceria no mesmo ano. Nenhum guitarrista substituto fora anunciado. No mesmo mês, a Geffen lançou a coletânea Greatest Hits, já que o novo álbum de estúdio Chinese Democracy não saía há 11 anos. Rose demonstrou seu desprazer com o álbum, já que a lista de faixas fora feita sem seu consentimento, e tentou impedir seu lançamento. Falhou, e o álbum foi sucesso de vendas. No início de 2005, o empresário do Axl, Merck Mercuriadis, afirma que 2005 "é o ano do Guns N' Roses", criando assim uma grande expectativa para o lançamento do álbum Chinese Democracy. Porém não é o que acontece, mais um ano se passa recheado de boatos. Em 2006, o guitarrista Ron "Bumblefoot" Thal foi contratado, e a banda fez uma turnê com shows em Europa (inclusive no Rock in Rio Lisboa) e América do Norte, estendida para México, Ásia e Oceania em 2007. Foram convidados a tocar no Live Earth - mas no Brasil, sendo que a banda estava em turnê na Ásia, levando-os a recusar. Dois shows em um festival na África do Sul foram cancelados após o baixista Tommy Stinson machucar o pulso.
Em maio de 2006, o Guns N' Roses reaparece com 5 shows em Nova York, sendo um acústico. Poucos dias depois, a banda divulga uma grandiosa turnê européia que se inicia em Madrid, no final de maio de 2006, como um show de aquecimento para o festival Rock in Rio Lisboa onde a banda era uma das principais atrações, novamente. Esse ano, com certeza, foi um excelente ano para a banda. Com um público de mais de 700 mil pessoas somente na Europa, a banda ficou entre as 10 mais sucedidas do ano. EUA e Canadá completaram as passagens do Guns N' Roses em 2006, completando um total de 21 países. Em dezembro de 2006, Axl Rose publica uma carta aberta ao fãs no site oficial do Guns, falando sobre o atraso no lançamento do Chinese Democracy e seu relacionamento com Merck Mercuriadis, seu empresário. Axl explica que quando corcordou em fazer a turnê norta-americana, ele e Merck tinham em mente que o CD seria lançado em 26 de dezembro, o que acabou não acontecendo.
No ano seguinte, em 2007, o Guns N' Roses continua a turnê, que teve seu último show no Japão, em julho. Após mais de 1 ano na estrada, a espectativa para o lançamento do Chinese Democracy era imensa, por parte de todos. Até a marca de refrigerante Dr. Pepper publicou que iria distribuir uma garrafa de bebida de graça para cada cidadão dos Estados Unidos, caso o álbum fosse lançado até 31 de dezembro de 2008. No dia 23 de novembro de 2008, depois de 13 anos de espera, o Chinese Democracy é lançado em todo o planeta. O disco já conseguiu a marca de 5,1 milhões de cópias no mundo e adquiriu um disco de platina nos Estados Unidos. Mesmo com o lançamento, os fãs tem mais um desgosto com Axl já que a banda simplesmente não fez nada para promover o disco: nada de clipes, entrevistas e muito menos shows. A única coisa significativa foi o lançamento do disco no Rock Band. O Chinese Democracy se torna o álbum mais esperado de todos os tempos, tendo até agora um custo de produção de aproximadamente 13 milhões de dólares.
A banda anunciou em fevereiro de 2009 o guitarrista DJ Ashba para substituir o guitarrista Robin Finck, que deixou o grupo para entrar em turnê com sua ex-banda, o Nine Inch Nails. Até agora não se sabe ao certo o motivo de sua saída.
No dia 11 de dezembro de 2009 foi dado o início à Chinese Democracy World Tour (oficial, já que a "Chinese Democracy World Tour" começou em 2001, mas o álbum a ser promovido não havia sido lançado ainda).
Desde que começou a turnê, já chamou a atenção, pois de seus quatro primeiros shows, em Taipei, Seul, e Japão, o último teve mais de três horas de duração. Para a surpresa de muitos fãs, o Guns voltou a tocar covers que não entravam mais no repertório, como "Whole Lotta Rosie" do AC/DC e "Nice Boys" do Rose Tattoo. A turnê também marca o novo visual de Axl, agora com cabelo liso, curto, loiro, e uma bandana, sempre de calça jeans e camisetas de cores variadas. No show em Osaka, o álbum Chinese Democracy foi quase tocado na íntegra, faltando apenas a faixa "Riad N' The Bedouins".
No dia 21 de março foi confirmado no site do Rock in Rio a presença da banda, que será realizado do dia 2 de outubro de 2011, e irá fazer shows em no mesmo mês na Argentina e no Peru.

Próximo álbum e Rock and Roll Hall of Fame (2011-2012)
Em uma entrevista por telefone MTV com Kurt Loder, em 1999, Axl disse que ele e a banda tinha gravado material suficiente para um álbum duplo. Em uma conversa informal pra Rolling Stone em fevereiro de 2006, Rose disse que a banda tinha 32 canções para o novo álbum. Quando se apresentou em diversos fóruns de fãs em dezembro de 2008 (depois do lançamento do Chinese Democracy), afirmou que tinha várias canções para possíveis álbuns no futuro. Em uma entrevista de 2007, Sebastian Bach, amigo próximo de Axl Rose, declarou que a música "O General" tinha um som "pesado" com "gritos vocais" e também disse que era uma continuação de 1991 da balada clássica "Estranged", do álbum Use Your Illusion II. Bach também afirmou que Chinese Democracy será o primeiro de uma trilogia de álbuns novos, e que Rose tinha dito a ele que o segundo, ainda sem título, álbum foi programado para 2012.
Em 27 de setembro de 2011 a banda foi nomeada finalista para introdução no Rock and Roll Hall of Fame. Os cinco homenageados serão anunciados no fim de 2011. A banda se apresentou no Rock in Rio no dia 2 de Outubro.
Depois de ser finalista para introdução no Hall, foi especulado sobre um possível reunião do grupo. Duff McKagan disse a Associated Press: "Claro que há uma chance. Eu não sei o quão real é essa chance." Slash também falou sobre a reunião a Billboard: "Claro que há especulações sobre como será caso sejamos premiados, mas no caso do Guns N' Roses realmente não há como adivinhar o que pode acontecer. Eu suponho que, se acontecer, todos irão tentar se entender de alguma forma. Mas acho que o primeiro a se fazer é esperar e ver se se seremos incluídos no 'Hall', já que sabemos o quão imprevisível isso pode ser".
Já Axl deu a entender que talvez exista a possibilidade de um reencontro com Slash. "Eu não sei o que isto significa em relação a mim e à velha banda - eu não sei - tudo ainda está indefinido. É uma honra estar na nominação e eu sei que existe definitivamente uma parcela dos fãs que realmente gostarão disto".
No dia 07 de dezembro de 2011, a banda foi confirmada a introdução ao Rock and Roll Hall of Fame, com a cerimônia para o dia 14 de abril de 2012. Enquanto o guitarrista Slash simplesmente postou em seu twitter: "É uma honra", e o baixista Duff McKagan apenas re-twittou o anúncio original, os ex-bateristas do Guns, Steven Adler e Matt Sorum, recentemente opinaram sobre uma reunião na cerimônia do Hall of Fame. "Significaria muito para mim", Steven Adler disse a revista Rolling Stone sobre a possibilidade de Axl Rose aparecer para uma performance com a formação original. "Eu, pessoalmente, quero terminar o que comecei. Se nós começamos isso, vamos encerrar a carreira tocando juntos, pelo menos uma vez".

Bon Jovi
Nascido em 2 de março de 1962, o líder e vocalista da banda, Jon Bon Jovi (John Francis Bongiovi Jr.), começou a tocar violão e guitarra aos sete anos, quando aprendeu músicas de Elton John. Em 1969, fundou sua primeira banda, chamada Raze.
Aos 13 anos, Jon Bon Jovi teve sua primeira experiência com gravação. A música gravada foi "We Wish You a Merry Christmas", de Meco Monardo e Daniel Oriolo, em um disco de Natal de Star Wars, Christmas in the Stars, produzido pelo produtor musical Tony Bongiovi, seu primo.
Em 1978, conheceu David Bryan (David Bryan Rashbaum) no colégio "Sayreville War Memorial High School". Os dois fundaram uma banda de R&B cover chamada Atlantic City Expressway (ACE). Nessa época, mesmo sendo menores de idade, tocaram em clubes de New Jersey. Ainda na adolescência, Jon Bon Jovi tocou na banda "Jon Bongiovi and the Wild Ones", a qual mantinha formação semelhante à que gravou o primeiro álbum da banda, exceto pelo guitarrista.
Durante o verão de 1980, fora da escola e em empregos temporários — incluindo trabalho em uma loja de sapatos —, Jon Bon Jovi conseguiu finalmente um emprego na PowerStation Studios, uma gravadora de Manhattan, da qual o co-dono era seu primo Tony Bongiovi (que trabalhou com bandas como Aerosmith, Ramones e Talking Heads). Jon fez várias demonstrações de músicas (incluindo uma produzida por Billy Squier) e as enviou para muitas outras gravadoras, sem obter sucesso.
Em 1983 Jon gravou a música "Runaway" com músicos contratados, conhecidos como "The All Star Review", com Tim Pierce na guitarra, Roy Bittan nos teclados, Frankie LaRocka na bateria e Hugh McDonald no baixo. A canção se tornou um sucesso imediato no verão de 1983.
Diante do bem-sucedido single, Jon precisava de uma banda. Os futuros membros do grupo tinham se cruzado no passado, mas a formação original não se juntou até março de 1983, quando Jon ligou para David Bryan, que chamou Alec John Such e Tico Torres. Eles conseguiram um contrato com a gravadora Polygram em 21 de janeiro de 1984, ano em que lançaram o primeiro disco, e Runaway voltou a fazer sucesso. A respeito do nome Bon Jovi, este surgiu de uma brincadeira que os integrantes da banda fizeram com o nome de Jon.
Vários guitarristas passaram pela banda, entre eles Dave "The Snake" Sabo, futuro membro do Skid Row (Tocando apenas um verão, o de 1984), até que Richie Sambora se juntou definitivamente ao grupo. Antes de entrar na banda, Sambora excursionou com Joe Cocker, tocou com o grupo Mercy e chegou a fazer um teste para ser membro do Kiss. Ele também tocou no álbum Lessons com a banda "Message", que foi lançado em CD pela Long Island Records em 1995. O Message originalmente assinara com a Swan Song (do Led Zeppelin), porém o álbum nunca foi lançado.
Tico Torres também era um músico experiente. Gravou com Miles Davis e tocou ao vivo com "The Marvelettes" e Chuck Berry.
David Bryan era um recruta natural. Quando saiu da banda que que fundou ao lado de Jon, passou pela Juilliard School, famosa escola de música e, depois, retornou a parceria com o velho amigo de escola.

Anos 1980
Bon Jovi agora era uma banda. Durante um show de abertura para a banda Scandal, o grupo chamou a atenção do executivo de gravadora Derek Shulman, que os assinou com a PolyGram.
Com a ajuda do novo empresário, Doc McGhee, o álbum de estreia da banda, Bon Jovi, foi lançado em 21 de janeiro de 1984. O álbum chegou a ouro nos Estados Unidos (mais de 500,000 cópias vendidas) e também foi lançado no Reino Unido. A banda abriu para ZZ Top no Madison Square Garden (antes do álbum ser lançado), e para os Scorpions e os Kiss na Europa, além de shows no Japão.
O ligeiro sucesso do primeiro álbum animou os produtores para um segundo. Em 1985 é lançado 7800° Fahrenheit, mas a recepção foi fraca. A revista britânica Kerrang!, que foi bastante positiva em relação ao álbum de estreia, chamou este de "uma fraca imitação dos Bon Jovi que nós conhecemos e aprendemos a gostar". O próprio Jon Bon Jovi posteriormente disse que o álbum poderia e deveria ser melhor.
Para o álbum seguinte, a banda começou a escrever as canções com o compositor Desmond Child (que foi indicado à banda por Gene Simmons). Slippery When Wet, lançado em 1986, foi produzido por Bruce Fairbarn e gravado em Vancouver, no Canadá. O álbum levou a banda ao "status" de astros mundiais, com sucessos como "You Give Love a Bad Name", "Livin' on a Prayer", "Wanted Dead or Alive" e "Never Say Goodbye". Jon Bon Jovi diz que o álbum recebeu este nome ("escorregadio quando molhado") por causa dos sinais de estrada, mas David Bryan diz o seguinte sobre o nome do álbum: "durante a gravação do disco nós freqüentemente íamos a um clube de streaptease onde belas garotas passavam água e sabão umas nas outras. Elas ficavam escorregadias por causa disso, e você não podia segurar mesmo que você quisesse muito. Escorregadio quando molhado!! um de nós gritou e o resto de nós automaticamente já sabia: esse tinha que ser o título do novo álbum! Inicialmente nós íamos pôr uma foto de uns belos peitos, uns realmente grandes, na capa; mas quando o PMRC (uma comissão de moral sob o comando de Tipper Gore, esposa do senador e ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore) descobriu, estávamos com problemas. Então decidimos pôr uma capa bem decente."
Curiosamente, sabe-se que, na época, Jon Bon Jovi não queria incluir "Livin' On A Prayer" (que se tornaria um dos maiores sucessos da banda e do rock em todos os tempos. O videoclip da música é o mais exibido da história da MTV) no álbum, e que o mesmo só recebeu a canção graças ao esforço de Sambora em convencer o vocalista sobre o potencial da canção. Apesar disso, muitos fãs lamentam até hoje o fato da música "Edge of a Broken Heart" não ter entrado no álbum. Atualmente, Jon Bon Jovi demonstrou concordar com tal opinião, reconhecendo que a canção poderia ter sido um tremendo sucesso.
Nos EUA, o álbum vendeu mais de 12 milhões de cópias desde o lançamento no mundo inteiro. Na turnê que se seguiu, Jon Bon Jovi começou a ter dificuldades vocais. As notas extremamente altas e constantes danificaram sua voz permanentemente. Com a ajuda de um técnico vocal, Bon Jovi continuou a turnê, e Jon começou a cantar em tons ligeiramente mais baixos desde então.
O próximo álbum, New Jersey (chamado originalmente de "Sons Of Beaches" e planejado como um álbum duplo), foi lançado em 1988, novamente produzido por Bruce Fairbarn. O álbum foi gravado logo após o fim da turnê do Slippery When Wet, pois a banda queria provar que não era apenas um sucesso temporário. O resultado é um dos álbuns favoritos dos fãs, com sucessos como "Bad Medicine", "Lay Your Hands on Me", "Born to Be My Baby" e "I'll Be There For You", que permanecem nos repertórios até hoje. No entanto, o álbum levou a banda direto da exaustiva turnê anterior para uma maior ainda. A constante vida na estrada quase destruiu a forte relação entre Jon Bon Jovi e Richie Sambora.

Anos 1990
No começo da década de 1990, a banda estava saturada de trabalho. As brigas entre os membros se tornaram constantes e a banda resolveu "dar um tempo". Ainda em 1990, Jon Bon Jovi lança o seu primeiro álbum solo, intitulado Blaze of Glory e que foi trilha sonora do filme "Young Guns II" (Jovens Pistoleiros 2). No CD, hits como "Blaze Of Glory" (seu clipe até hoje é um dos mais exibidos em toda história da MTV), Miracle e Santa Fe.
Richie Sambora também lançou um disco solo. Stranger in This Town é de 1991 e foi baseado em suas raízes de blues. O trabalho não chamou tanta atenção da mídia, as vendas foram baixas e a turnê promocional foi bastante curta. O show mais lembrado foi o de San Diego (EUA), em 1991, capturado no próprio soundboard e gravado em alguns CDs bootlegs ao redor do mundo.
Em 1992, a banda se reúne para gravar Keep the Faith, o quinto álbum de estúdio (cujo nome original era "Revenge"). Contendo letras mais políticas do que românticas, o álbum trás uma mensagem crítica da sociedade. Neste álbum a banda assume também um novo visual, mudando os cabelos, entrando de fato na década de 1990. O disco vendeu milhões de cópias pelo mundo e foi considerado um sucesso.
Em 1994, Bon Jovi lança a coletânea Cross Road, uma das mais vendidas e populares do mundo e que continha duas músicas inéditas: "Always", que originalmente foi feita para a trilha sonora do filme "O Sangue de Romeo", curiosamente fez muito mais sucesso que o filme, e "Someday I'll Be Saturday Night", que teve que ser retirada das paradas da MTV brasileira para dar chance a outros clipes. Nesse ano, Alec John Such deixa a posição de baixista da banda, sob rumores conflitantes de alcoolismo, uso de drogas e acidentes de moto. O baixista Hugh McDonald assume seu lugar.
Em 1995 é lançado o álbum These Days. Marcado por um clima soturno, ainda mais socialmente crítico do que Keep the Faith e por letras visivelmente mais complicadas e maduras, a banda emplacou sucesos como o hit-balada "This Ain't a Love Song" e a faixa título "These Days". No mesmo ano, gravaram 3 shows consecutivos no lendário estádio "Wembley", em Londres, com todos os ingressos esgotados. Para promover o disco, o quarteto saiu em turnê por quase todo o mundo, passando por países como África do Sul, Índia e Tailândia. No Brasil, a banda se apresentou em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, tendo todos os ingressos para seus shows vendidos.
Após o final da excursão, em 1996, os Bon Jovi resolveram dar mais uma parada para que seus integrantes pudessem se dedicar a seus projetos pessoais.
Em 1997, Jon Bon Jovi lança seu segundo álbum solo, "Destination Anywhere", com fortes influências do rock britânico. Junto com o disco, foi lançado um curta-metragem de mesmo nome. Baseado nas letras de "Destination Anywhere", o filme teve a colaboração de Mark Pellington como diretor e roteirista, e contou com a participação dos atores Kevin Bacon, Demi Moore, Annabela Sciorra e Whoopi Goldberg. Como parte da divulgação do trabalho, Jon veio até o Brasil e se apresentou em programas de grande audiência como Domingão do Faustão, Planeta Xuxa, ambos da Rede Globo, e Programa Livre, do SBT. O hit "Janie, Don't Take Your Love To Town" foi um grande sucesso naquele ano.
No ano seguinte (1998), Richie Sambora fez o mesmo, com o álbum Undiscovered Soul, que mostrou seu amadurecimento musical e contou com a participação de Steve Tyler, vocalista do Aerosmith, na gaita de "If God was a Woman". Algumas músicas chegaram a tocar nas rádios brasileiras, como "Hard Times Come Easy" e "In It For Love".

Anos 2000
Em 2000, depois de cinco anos sem lançar um álbum, a banda se reúne e lança Crush, que traz como música de abertura "It's My Life", considerado um dos maiores hits da história do grupo. "Say It Isn't So" e a balada "Thank You for Loving Me" foram os outros singles. No mesmo ano lançam o DVD The Crush Tour, gravado em Zurique, na Suíça.
Em 2001, atendendo aos pedidos dos fãs que clamavam por um álbum ao vivo, a banda lança One Wild Night Live 1985-2001, contendo uma coleção de sucessos em algumas de suas melhores apresentações ao longo dos anos.
No ano seguinte, em 2002, a banda lança o disco Bounce, inspirado, em parte, nos atentados de 11 de setembro. Contendo os hits "Everyday" e "Misunderstood", o álbum se caracterizou por ter timbres mais modernos e por ser mais pesado, a pedido do próprio guitarrista da banda, Richie Sambora.
Em 2003 é lançado This Left Feels Right, uma coleção de regravações de seus grandes sucessos em versões diferentes das originais. A ideia inicial era lançar um álbum de um show ao vivo, feito no Japão, com quase 3 horas de duração. Porém, decidiram de última hora que o disco seria desta maneira. A aceitação por parte dos fãs não foi boa.
No final de 2004, chega ao mercado o Box Set: 100,000,000 Bon Jovi Fans Can´t be Wrong, comemorando os 20 anos de existência da banda e a marca de 100 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo. Atualmente, a banda já vendeu cerca de 130 milhões de cópias de seus trabalhos.
Em setembro de 2005 foi lançado o álbum Have a Nice Day. A turnê teve início em novembro na cidade de Chicago e o 1º single para promoção foi a faixa-título do álbum. O álbum vendeu 4,5 milhões de unidades em todo o mundo (até outubro de 2006). A faixa "Who Says You Can't Go Home" foi lançada em um dueto com Jeniffer Nettles da banda americana de country Sugarland, e entrou para a história sendo a primeira música de uma banda de rock a ficar em primeiro lugar nas paradas de rádios de música Country. A turnê de divulgação do álbum foi um sucesso tremendo, ganhou prêmio BillBoard de Melhor Turnê, Melhor Show (o último da turnê no Giants Stadium, em New Jersey. Mas como a turnê só passou pelo Hemisfério Norte, existiram boatos, que com o sucesso da primeira turnê, o Bon Jovi faria uma segunda turnê, passando pelos países do Hemisfério Sul como Brasil, Austrália, África do Sul e Argentina, não passando de especulação.
Em 2007, a banda lança Lost Highway, um álbum voltado para o Country, apostando no que deu certo em 2005 (A música Who Says You Can't Go Home estourou nas paradas Country). Mesmo focando no Country, Lost Highway atingiu o primeiro lugar na Billboard em vendas, algo que a banda não conseguia desde 1989, com Lost Highway. A banda começou a Lost Highway Tour, em outubro de 2007, fazendo 10 shows em New Jersey, nos Estados Unidos, a banda passou por diversos países como Japão, Austrália, Nova Zelândia, Portugal (Fazendo um dos melhores shows do Rock In Rio Lisboa 2008, Inglaterra, Espanha, entre outros. A turnê acabou em Julho de 2008, onde a banda fez dois shows seguidos no Madison Square Garden, em Nova York. A banda lançará um DVD/Blu-Ray ao vivo, contendo os dois últimos shows da turnê em 2010.
Em 2009, a banda lançou um documentário: When We Were Beautiful, mostrando registros da turnê Lost Highway, a mais bem sucedida do grupo. O documentário também comemora os 25 anos de carreira do Bon Jovi. Além disso, é mostrada uma nova música, com o mesmo nome do filme, já mostrando que a banda ainda teria planos para o mesmo ano.
Em novembro de 2009, a banda lançará o álbum The Circle, dia 10/11. Segundo Jon e Richie, será um álbum voltado ao Rock N' Roll clássico da banda. Jon Bon Jovi diz que após vários álbuns com estilos diferentes, chegou a hora de voltar ao estilo que consagrou a banda. Como aquecimento, a banda lançou o single We Weren't Born To Follow. Os fãs criticaram Richie Sambora pelo fato de não haver solo na música. Richie, a pedido dos fãs, gravou o novo solo. A nova versão da música poderá ser ouvida no clipe, ou em The Circle. Em outubro serão divulgadas as datas da turnê.
O álbum The Circle foi um sucesso de singles, nomeadamente 3: "We Weren't Born To Follow", "When We Were Beautiful" que está nomeado para receber um EMA como melhor actuação ao vivo deste ano e "Superman Tonight" que foi Top 5 no famoso canal de televisão VH1.

Ano 2010
A The Circle Tour começou em fevereiro no estado americano do Hawaai, na ilha de Honolulu. Após shows sempre lotados a banda chega ao continente americano. Shows grandiosos em estádios como no Meadowloads em Nova Jérsei.
Logo no anúncio pela imprensa espanhola de que a banda era a primeira grande atração confirmada na edição do Rock in Rio Madrid. Houve grande expectativa pelos fãs da banda e quase todos os 150000 ingressos foram vendidos. Foi um grande concerto, com o público cantando todos as músicas e encerrando com Living on a Prayer.
Após, a tour chegou a França, para um grande show em Paris. Depois a Tour partiu para vários shows lotados na O2 Arena em Londres, até com participações especiais como Bob Leordof e Kid Rock.
Enfim após quase 15 anos de espera, a banda anuncia que traria a The Circle World Tour a América Latina. Para delirio dos fãs brasileiros, a banda anucia show em São Paulo e no Rio de Janeiro. A Tour ainda passará pelo México, Costa Rica, Chile, Peru e Argentina.
A Banda prepara-se para lançar em Novembro deste ano os seus maiores singles "Greatest Hits". Juntamente nesta edição, a Banda lança novos singles "What Do You Got?", "No Apologies", "This is Love This is Life" e "The More Things Change". Desde já o single "What Do Yout Got?" é considerado um sucesso.
Para 2011 estão agendados diversos concertos por todo o mundo, incluindo Lisboa a 31 de Julho de 2011 no Parque da Bela Vista.

The Pretenders
The Pretenders é uma banda de rock do Reino Unido. A banda original era formada pela vocalista e guitarrista Chrissie Hynde, o guitarrista James Honeyman-Scott, o baixista Pete Farndon, e Martin Chambers.
O grupo formou-se na Inglaterra no final da década de 70, pela vocalista Chrissie Hynde, uma norte-americana que já havia participado dos grupos: Jack Rabbit, nos EEUU e Gallie, na França. Os outros integrantes eram Pete Farndon (baixo) , James Honeyman-Scott (vocais, teclados, guitarra) e Martin Chambers (bateria).
Depois dos compactos "Stop Your Sobbing" e "Kid" , fizeram uma turnê inglesa, recebendo alguma cobertura da imprensa. O compacto "Brass in Pocket" entrou para as paradas de sucesso de 1979, ano de lançamento do primeiro LP, que atingiu rápidamente o primeiro lugar dos mais vendidos.
Participaram do concerto beneficente para os refugiados do Camboja (possuem três faixas no álbum Concerts for People of Kampuchea) e partiram para turnês na Europa e EUA, sendo muito bem recebidos por crítica e público. A revista Rolling Stone premiou os Pretenders como a grande revelação de 1980. Em 1982, morreu Honeyman-Scott, mas Chrissie Hynde anunciou que o conjunto não se acabaria encontrando-se em atividade atualmente.
Em 1993, o Pretenders perdeu vários integrantes da banda os quais foram contratados por Paul McCartney em sua mega turnê "Off The Ground", apresentando-se na América Latina.

Talking Heads
Os Talking Heads foram uma banda surgida em Nova Iorque, EUA, no dia 8 de setembro de 1974, entre os movimentos punk e new wave. Formada pelo guitarrista e vocalista David Byrne, e por Chris Frantz, Tina Weymouth e Jerry Harrison, a banda ganhou notoriedade por fundir o rock e o new wave com a world music, principalmente ritmos africanos.
David Byrne, nascido em Dumbarton, Escócia, em 1952, além do trabalho com o grupo, compôs trilhas para artistas como Twyla Tharp e Robert Wilson, nomes da dança e do drama respectivamente, além do filme O Último Imperador (de 1987, realizado por Bernardo Bertolucci) pelo qual ganhou um Oscar. Também dirigiu o filme "True Stories" (de 1986) e produziu diversos álbuns de música caribenha e brasileira (incluindo trabalho com Tom Zé e Margareth Menezes), notadamente "Rei Momo" (de 1989) e um vídeo documentário sobre o candomblé chamado "The House of Life" (também de 1989).
O grupo existiu de 1974 até 1991. O Talking Heads fez a sua história com a mistura do punk, rock, funk, new wave e world music.
O grupo foi formado em 1974 durante os estudos na "Rhode Island School of Design". No início o grupo era apenas David Byrne (vocal, guitarra) e Chris Frantz (bateria), que tocavam e compunham (entre as músicas da época, pode-se citar "Psycho Killer" e "Warning Sign") sob o nome de "The Artistics", jocosamente chamado de "The Autistics". Em 1974, a namorada de Chris, Tina Weymouth (baixo) juntou-se a eles e então David mudou o nome da banda para Talking Heads.
A primeira grande apresentação da banda ocorreu no dia 8 de junho de 1975, quando fizeram a abertura do show dos Ramones no lendário CBGB's Club, em Nova Iorque. Em 1976 acrescentaram mais um membro, Jerry Harrison (guitarrista e tecladista), um ex-membro dos The Modern Lovers outra grande referência novaiorquina. Rapidamente o grupo se articulou e conseguiu fechar um contrato como a Sire Records (associada da Warner Bros).
O primeiro compacto da banda é lançado em 1977, "Love → Building on Fire". De setembro de 1977 data o primeiro álbum, Talking Heads: 77 que já mostrava o rock e o punk misturados com sons experimentais, por influência de grupos como Velvet Underground e da nova aspiração de Cleveland, Pere Ubu. As músicas "Uh-Oh, Love Comes to Town", "Psycho Killer" e "Pulled Up" foram lançadas como singles.
Em 1978 chega o segundo trabalho do grupo, More Songs About Buildings and Food, numa colaboração com o produtor inglês Brian Eno, conhecido pelo seu trabalho com Roxy Music, David Bowie e Robert Fripp. Brian Eno se tornou uma espécie de "quinto elemento" do grupo e passou a colaborar com novos estilos musicais. É dessa época o cover de Al Green, "Take Me to the River". Este álbum teve uma melhor recepção pela crítica, o que deu certo nome à banda.
As experiências musicais continuaram com o trabalho de 1979, Fear of Music, cujo foco estava no flerte com o clima dark do pós-punk rock. A música "Life During Wartime" ficou famosa nesse momento.
Em 1980 lançam Remain in Light, e o grupo passa a ter uma maior influência da world music, principalmente ritmos africanos. O trabalho "Once in a Lifetime" marca esse processo.
Após lançar quatro LPs em 4 anos, o Talking Heads fica 3 anos produzindo apenas um e nesse ínterim lançam o trabalho ao vivo The Name of This Band Is Talking Heads.
Durante esse período, David Byrne lança dois trabalhos solo: My Life in the Bush with Ghosts, com Brian Eno; e a trilha sonora da peça de balé The Catherine Wheel. Chris Frantz e Tina Weymouth, influenciados pelo soul, dance e funk também formam um projeto alternativo, o Tom Tom Club, e lançam o primeiro álbum, que leva o nome da banda. Nessa época perdem o produtor Brian Eno, que passa a se dedicar à banda irlandesa U2.
Em 1983 lançam o álbum Speaking in Tongues, um trabalho mais comercial, que gerou o seu primeiro grande sucesso no Top 10 americano, "Burning Down the House". A turnê desse trabalho, intitulada "Stop Making Sense" e considerada uma das melhores da história do rock, foi a última da banda. O documentário desta tour foi filmado pelo então novato Jonathan Demme que anos depois ganharia o Oscar de melhor diretor por O Silêncio dos Inocentes. Em Stop Making Sense, álbum ao vivo de 1984, além de "Burning Down the House" temos uma poderosa versão para "Psycho Killer".
Após o lançamento de 1982 outros 3 trabalhos foram criados: em 1985 Little Creatures, em 1986 True Stories e em 1988 Naked. True Stories, trilha sonora para um estranhíssimo filme dirigido pelo proprio Byrne teve como hits "Radiohead" (que inclusive deu nome ao grupo inglês liderado por Thom Yorke, o Radiohead) e a contagiante "Wild Wild Life".
Com o passar do tempo, a banda cada vez mais passou a ficar em segundo plano, sob os pés do líder David Byrne. Após um espaço de 3 anos sem gravações e shows foi dada a "sentença definitiva". No dia 2 de dezembro de 1991, David Byrne anunciou o fim do grupo Talking Heads durante uma entrevista no Los Angeles Times. David Byrne seguiu numa errática carreira solo mas o grupo até hoje é uma referência de rock experimental, pop e criativo influenciando bandas atuais como Arcade Fire, The Killers, Clap Your Hands Say Yeah e, mais recentemente, artistas inspirados pelo worldbeat, como Vampire Weekend e Yeasayer.

The Smiths
A banda nasceu no início de 1982 e era formada inicialmente por Steven Patrick Morrissey, um grande fã da banda New York Dolls e da banda punk rock The Nosebleeds, e pelo guitarrista John Maher, que posteriormente mudou seu nome para Johnny Marr para não ser confundido com John Maher baterista dos Buzzcocks. As primeiras demo tape gravadas foram com o baterista Simon Wolstencroft, sendo que este posteriormente se tornou um membro da banda The Fall. No outono de 1982, Wolstencroft foi substituído por Mike Joyce, um ex-membro das bandas punk The Hoax e Victim. Além de Joyce, Morrissey e Marr recrutaram o baixista Dale Hibbert que trabalhava como engenheiro de gravação em um estúdio de gravação, facilitando assim o acesso da banda a gravação de demos tape. Porém, após um show, um amigo de Johnny Marr, Andy Rourke, assume o posto de baixista no lugar de Dale Hibbert.
O nome da banda foi escolhido como uma maneira de contrapor os nomes pomposos e extravagantes usados por bandas de synthpop que estavam em voga no início dos anos 1980, tais como Orchestral Manoeuvres in the Dark e Spandau Ballet. Em uma entrevista em 1984 Morrissey afirmou que escolheu o nome The Smiths "... porque era um nome comum" e porque ele imaginava que era "... o tempo em que pessoas comuns do mundo mostrariam seus rostos." Após assinar o contrato com a gravadora independente Rough Trade Records é lançado o primeiro single, "Hand in Glove", em maio de 1983. Esse primeiro single foi aclamado pelo conhecido e influente DJ da rádio BBC John Peel, assim como foram todos os outros singles lançados depois, porém, o single não alcançou uma posição favorável no UK Singles Chart. A seguir os singles "This Charming Man" e "What Difference Does It Make?" conseguiram uma melhor posição, respectivamente a posição 25 e 12 no UK Singles Chart.
Em fevereiro de 1984, o grupo lançou seu primeiro álbum com o mesmo nome do grupo, The Smiths. Este chegou a número dois no UK Albums Chart e foi aclamado pela crítica. O disco foi motivo de alguma controvérsia por causa das músicas "Reel Around the Fountain" e "The Hand That Rocks the Cradle", com alguns tablóides britânicos alegando que as músicas evocavam elementos condenscentes a pedofilia, algo rejeitado e negado pelo grupo.
O álbum foi seguido no mesmo ano pelo lançamento dos singles "Heaven Knows I'm Miserable Now" e "William, It Was Really Nothing", que contou com "How Soon Is Now?" no seu lado-B. Sendo "Heaven Knows I'm Miserable Now" o primeiro single da banda a alcançar o TOP 10 da UK Charts. Também representa um momento significativo por marcar o início do relacionamento entre o produtor Stephen Street e a banda.
Outra música que procovou polêmica foi o lançamento de "Suffer Little Children", que tinha como tema uma série de assassinatos de crianças e adolescentes ocorridos em Manchester nos anos 60, crimes esses cometidos pelo casal Ian Brady e Myra Hindley. Os assassinatos ficaram conhecidos na Inglaterra como "Moors Murders". Isso causou um desentendimento depois que o avô de uma das crianças assassinadas ouviu a música e entendeu que a banda estava tentando comercializar os assassinatos. Após o encontro com Morrissey, ele aceitou que a canção era uma exposição sincera sobre o impacto dos assassinatos. Morrissey posteriormente estabeleceu uma amizade com Ann West, a mãe da vítima Lesley Ann Downey, que é mencionado por nome na música.
O ano terminou com o lançamento da coletânea Hatful of Hollow. Uma compilação de singles já lançados, B-sides e versões de músicas que foram gravadas ao longo do ano anterior para apresentações em programas de rádio de John Peel e David Jensen
No início de 1985, a banda lançou seu segundo álbum, Meat Is Murder. Este álbum foi mais estridente e político do que seu antecessor, incluindo a faixa título que evoca o ativismo vegetariano (Morrissey proibiu o resto do grupo, de ser fotografado comendo carne). Neste álbum as músicas abordam diferentes expressões, tal como a crítica a monarquia britância em "Nowhere Fast", ou o castigo corporal nas escolas e em casa nas letras de "The Headmaster Ritual" e "Barbarism Begins at Home". A banda também tinha crescido musicalmente e adota um tom mais aventureiro, com Marr acrescentando riffs de rockabilly, como em "Rusholme Ruffians", ou então nas linhas de funk produzidas pelo baixista Andy Rourke em "Barbarism Begins at Home". O álbum foi precedido pelo re-lançamento do B-side "How Soon is Now?" e, apesar desta canção não fazer parte do LP original, foi adicionada em lançamentos subseqüentes. Meat Is Murder foi o único álbum da banda (exceto coletâneas) a alcançar o número um nas paradas do Reino Unido.
Morrissey sempre apresentava uma postura política em suas entrevistas, sempre resultando em controvérsias. Seus alvos prediletos eram o governo Thatcher, a monarquia britância e o projeto Band Aid. Morrissey certa vez afirmou sobre o último tema: "Uma pessoa pode ter uma grande preocupação com o povo da Etiópia, mas é outra maneira de infligir tortura diária sobre o povo da Inglaterra." Posteriormente é lançado o single "Shakespeare's Sister" alcançou a posição 26 no UK Singles Chart, enquanto que o único single retirado do álbum, "That Joke Isn't Funny Anymore", alcançou apenas o top 50.
Durante 1985, a banda completou passeios longos do Reino Unido e os EUA durante a gravação do próximo disco de estúdio, The Queen Is Dead. O álbum foi lançado em Junho de 1986, pouco depois do single "Bigmouth Strikes Again". O single traz novamente estridente Marr ritmos violão e levar linhas de guitarra melodia com saltos de largura. The Queen Is Dead alcançou o número dois nas paradas do Reino Unido, e consistia em uma mistura de tristeza mordente (por exemplo, "Never Had No One Ever", que parecia jogar até os estereótipos da banda), o humor seco (p.ex. "Frankly Sr. Shankly", supostamente uma mensagem ao chefe Rough Trade Geoff Travis disfarçado como uma carta de demissão de um trabalhador ao seu superior), e síntese de ambos, como em "There Is a Light That Never Goes Out" e "Cemetery Gates".
No entanto, nem tudo estava bem dentro do grupo. Uma disputa legal com a Rough Trade tinha atrasado o álbum em quase sete meses (que tinha sido concluído em Novembro de 1985), e Marr estava começando a sentir o stress de esgotar a turnê da banda e agenda de gravação. Ele disse mais tarde no NME "mau para o desgaste não era a metade disso:.. Eu estava muito doente Quando a turnê acabou, na verdade foi tudo ficando um pouco perigoso ... Eu estava apenas bebendo mais do que eu poderia aguentar." Entretanto, Rourke foi demitido da banda no início de 1986 devido ao uso de heroína. Ele teria recebido aviso de sua demissão através de um Post-it grudado no pára-brisa de seu carro. Ele lê, "Andy... Você deixou o The Smiths. Adeus e boa sorte, Morrissey". Morrissey, no entanto, nega. Rourke foi substituído no baixo por Craig Gannon (ex-membro da banda escocesa Camera Aztec New Wave), mas foi reintegrado depois de apenas uma quinzena. Gannon permaneceu na banda, e foi para a guitarra rítmica. Este quinteto gravou o singles "Panic" e "Ask" (este último com Kirsty MacColl nos vocais de apoio), que chegou a número 11 e 14, respectivamente, no UK Singles Chart e excursionou no Reino Unido. Após a turnê,que terminou em Outubro de 1986, Gannon saiu da banda. O grupo tornou-se frustrado com a Rough Trade e procurou um contrato com uma grande gravadora. Marr disse à NME no início de 1987: "Todo rótulo único, veio nos ver. Foi papo, subornos, o número inteiro. Eu gostei muito." A banda finalmente assinou com a EMI, que atraiu críticas dos seus fãs e de elementos da imprensa musical.
No início de 1987, o single "Shoplifters do World Unite" foi lançado e alcançou o número 12 no UK Singles Chart. Foi seguido por uma segunda compilação, The World Won't Listen - o título foi o comentário de Morrissey sobre sua frustração com a falta de reconhecimento da banda no mainstream, embora o álbum tenha alcançado o número dois nas paradas - e o single "Sheila Take a Bow", o segundo da banda (e último durante a vida da banda) no Reino Unido atingir o Top 10. Outra compilação, Louder Than Bombs, foi destinado ao mercado externo e coberto no mesmo material de The World Won't Listen, com a adição de "Sheila Take a Bow" e material de Hatful of Hollow, inicialmente para ser lançada apenas nos EUA.
Apesar de seu sucesso continuado, uma variedade de tensões surgiram dentro da banda. Johnny Marr estava exausto e à beira do alcoolismo, e fez uma pausa da banda em junho de 1987, que ele sentiu foi negativamente percebida pelo Smiths. Em julho de 1987, Marr deixou o grupo definitivamente porque achava um artigo NME intitulada "The Smiths se separam" foi plantada por Morrissey, quando na verdade não era. Este artigo, escrito por Danny Kelly, foi baseada principalmente sobre os rumores em torno de alguns muito reais e algumas tensões improcedentes entre Morrissey e Johnny Marr. Especificamente, foi alegado que Morrissey não gostou de Marr trabalhar com outros músicos, e que a relação pessoal entre os dois tinha chegado ao ponto de ruptura. Marr, em seguida, contactou a NME para esclarecer que sua saída não era devido às tensões pessoais, tanto quanto desejam um maior alcance musical em sua própria carreira. Entrevistas dadas por ambos citam a falta de um gerente e de acompanhamento por conta da pressão sobre eles, pessoalmente, como a principal causa de estresse que efetivamente acabou com a banda.
O ex-guitarrista do Easterhouse, Ivor Perry, foi trazido para substituir Marr, a banda gravou material novo com ele que nunca foi concluído, incluindo uma versão inicial de "Bengali in Platforms", que foi originalmente concebido como o B- lado de "Stop Me If You Think You've Heard This One Before". Perry estava desconfortável com a situação, declarando que "era como eles queriam outro Marr Johnny", e terminou com as sessões (de acordo com Perry) "com Morrissey correndo para fora do estúdio." O quarto álbum do grupo, Strangeways, Here We Come foi lançado em setembro, e a banda se separou. O colapso do relacionamento tem sido atribuído principalmente ao Morrissey se irritar com o trabalho de Marr com outros artistas e Marr cada vez mais frustrados pela inflexibilidade musical de Morrissey. Marr particularmente odiava obsessão de Morrissey com artistas pop dos anos 1960, como Twinkle e Cilla Black. Marr recordou em 1992, "Isso foi a gota d'água, na verdade. Eu não formar um grupo para cantar músicas de Cilla Black." Em uma entrevista de 1989, Morrissey citou a falta de um empresário como razões para eventual separação da banda.
Strangeways, Here We Come chegou ao número dois no Reino Unido e foi o álbum mais bem sucedido em os EUA, atingindo # 55 na Billboard 200. Ele recebeu uma recepção morna da crítica, mas ambos Morrissey e Marr nome como seu álbum favorito dos Smiths. O título do disco faz um referência a mais famosa prisão de Manchester, Strangeways. A capa traz um foto desfocada do obscuro ator Richard Davalos. Seu papel mais conhecido foi como o irmão de James Dean no filme “Vidas Amargas” (“East of Eden”). Na contracapa há uma foto de uma placa de trânsito sinalizando as vias para bairros de Manchester. Tal placa foi roubada, muito provavelmente por algum fã do grupo, logo após o lançamento do disco. Um par de singles de Strangeways foram libertados com a anterior sessão, ao vivo e faixas demo como B-sides, e no ano seguinte à gravação ao vivo Rank (gravado em 1986, enquanto Gannon estava na banda) repetiu o sucesso nas paradas do Reino Unido de álbuns anteriores.
Pouco depois do lançamento de Strangeways, a banda foi o tema de um documentário em artes LWT vertente The South Bank Show, transmitido pela ITV, em 18 de Outubro de 1987.
Após a morte do grupo, Morrissey começou a trabalhar em uma gravação a solo, colaborando com o produtor Stephen Street e companheiro de Manchester Vini Reilly, guitarrista do The Durutti Column. O álbum resultante, Viva Hate (uma referência ao fim dos Smiths), foi lançado seis meses depois, alcançando o número um nas paradas britânicas. Morrissey continua a tocar e gravar como artista solo. Em 1994, um dueto entre Morrissey e Siouxsie chegou às lojas, "Interlude".
Johnny Marr retornou à cena musical em 1989 com Bernard Sumner, vocalista da banda britânica New Order e o Pet Shop Boy Neil Tennant no supergrupo Electronic. Electronic lançou três álbuns durante a próxima década. Ele também trabalhou como músico e colaborador escrevendo para artistas como The Pretenders, Bryan Ferry, Pet Shop Boys, Billy Bragg, Black Grape, Talking Heads, Crowded House e Beck. Em 2000, ele começou outra banda, Johnny Marr e os curadores, com um grau moderado de sucesso, e mais tarde trabalhou como músico convidado no álbum do Oasis Heathen Chemistry.
Além de seu trabalho como artista, Marr já trabalhou como produtor musical do álbum de estréia Haven Entre os sentidos. Em 2006 ele começou a trabalhar com o Modest Mouse Isaac Brock em músicas que eventualmente apresentado no lançamento da banda de 2007, We Were Dead Before afundou o navio mesmo. A banda anunciou subsequentemente que Marr era um membro de pleno direito, e a linha reformada-up excursionou extensivamente em todo 2006-07. Marr também foi gravar com Liam Gallagher, do Oasis. Em janeiro de 2008, foi relatado que Marr tinha acrescentado a sua habilidade e experiência para uma sessão secreta com composições Wakefield do grupo indie The Cribs. Fontes revelaram que eles trabalharam juntos por uma semana no estúdio de gravação Moolah Rouge em Stockport, e tinha escrito uma série de músicas novas. Marr tornou-se um membro pleno da The Cribs.
Andy Rourke e Mike Joyce continuaram trabalhando juntos, incluindo sessões de trabalho a fazer para Morrissey (1988-89) e Sinéad O'Connor, bem como trabalhar em separado. Rourke já gravou e excursionou com o Proud Mary e atualmente está formando um grupo chamado Freebass com os colegas baixistas Peter Hook (do New Order e do Joy Division) e Mani (do The Stone Roses e do Primal Scream). Ele começou uma carreira no rádio, apresentando um programa nas noites de sábado na XFM Manchester. Ele agora vive em Brooklyn, em Nova Iorque, e tem um programa de rádio semanal sobre o eastvillageradio.com.

FONTE: Wikipédia

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O Rock nos Anos 80

New Wave
Talking Heads
O punk rock atraiu devotos dentro de escolas de artes norte-americanas. Logo surgiram bandas com abordagens mais letradas e artísticas, como os Talking Heads e o Devo, que começaram a se infiltrar na cena punk. Para essas bandas, foi criado o termo Pós Punk, e para as outras que flertavam apenas com o pop, foi denominado o "New Wave". Em alguns círculos, o termo New Wave começou a ser usado para descrever e diferenciar bandas abertamente "menos" punk. Se o punk rock foi um fenômeno social e musical, ele não caminhou em direção a recorde de vendas (pequenas gravadoras específicas como a Stiff Records tinham lançado muitos artistas punks até à época). O mesmo se deu com o número de execuções nas estações de rádio norte-americanas, que continuou a ser dominada pelo formatos mainstream, tais como a disco music e vertentes do rock comercial. Executivos das gravadoras, a maioria deles foi iludido pelo movimento punk como algo vendável, reconheceram o potencial da New Wave como estilo mais acessivo e começaram a assinar e comercializar qualquer banda que pudesse reivindicar uma conexão remota entre punk e New Wave. Muitas dessas bandas, como The Cars e The Go-Go's eram essencialmente bandas de pop disfarçadas de New Wave privilégios reais; outras, entre as quais The Police e The Pretenders, exploraram e deram impulso ao sucesso inicial dentro desse movimento e colheram frutos de uma carreira longa e artisticamente consagrada.

The Pretenders
Entre 1982 e 1985, influenciado por Kraftwerk, David Bowie e Gary Numan, a New Wave seguiu em direção do New Romantic de artistas como Duran Duran, A Flock of Seagulls, Culture Club, Talk Talk e Eurythmics, que às vezes utilizavam o sintetizador para substituir todos os outros instrumentos. Este período coincidiu com a ascensão da MTV nos Estados Unidos e levou a uma grande dose de exposição destes artistas do synth-pop. Algumas bandas de rock reinventaram-se e lucraram muito com exibições na MTV, por exemplo o Golden Earring, banda que fez muito sucesso com uma única canção na década de 1970 - "Radar Love" - e conseguiu emplacar um novo hit na década seguinte - "Twilight Zone". Apesar da popularização das muitas coletâneas de canções "Greatest of New Wave" que caracterizaram aquela época, a New Wave refere-se mais a uma época anterior de "vacas magras", de bandas de rock como The Knack ou, mais notoriamente, Blondie.

Pós-punk
Joy Division
Paralelamente a New Wave, o pós-punk desenvolvia-se como uma conseqüência natural do punk rock. De certa forma, o movimento estava preso ao punk rock. Apesar de alguns virem um intercâmbio com a New Wave, o pós-punk foi tipicamente mais desafiador e artístico. Misturavam o experimentalismo das vanguardas artísticas, sons eletrônicos, e letras amargas e obscuras, com toda aquela atitude e frustração presente no punk rock. Alguns categorizam o pós-punk como a mistura da sensibilidade artística e musical do rock progressivo, com a simplicidade e a proposital falta de técnicas e profissionalismo dos punks. De fato não existe um padrão exato que caracterize o gênero, devido a liberdade musical que lhes foi concedido, porém há algumas semelhanças marcantes entre as bandas, como a bateria seca e militar, e o fato do baixo se tornar um instrumento de mais destaque, ao contrário da guitarra que é deixada de fundo.
O movimento foi efetivamente iniciado com as estréias das bandas Public Image Ltd., Psychedelic Furs e Joy Division. Logo se juntariam Siouxsie & the Banshees, The Fall, Pere Ubu, Suicide, Talking Heads, Gang of Four, Bauhaus, The Cure, Echo & the Bunnymen e The Smiths. Predominantemente um fenômeno britânico, o sub-gênero seguiu nos anos oitenta com uma maior exposição comercial no Reino Unido e no exterior, mas a banda mais bem sucedida a emergir da era pós-punk foram os irlandeses do U2, que até o final daquela década se tornariam uma das maiores bandas no mundo, trocando o pós-punk pelo pop rock.

Guns N' Roses
Glam metal
Na década de 1980, o rock popular se diversificou. Este período também viu uma Nova Onda do Heavy Metal Britânico ganhar popularidade com bandas como Iron Maiden e Def Leppard. A primeira metade daquela década viu Eddie Van Halen realizar inovações musicais com a guitarra, enquanto os vocalistas David Lee Roth (do Van Halen) e Freddie Mercury (do Queen, tal como havia feito durante toda a década de 1970) estiveram na linha de frente dos artistas mais performáticos. Concomitantemente, um New Wave mais pop permaneceu populares, com artistas como Billy Idol e The Go-Go's atingindo fama. No coração dos Estados Unidos, o rock popularizou nomes como Bruce Springsteen, Bob Seger, Donnie Iris, John Cougar Mellencamp e outros. Com o álbum "Reckless", Bryan Adams seguia rumo a uma bem-sucedida carreira comercial. Liderados pelo cantor folk Paul Simon e pelo antiga estrela do rock progressivo Peter Gabriel, o rock se fundiu com uma variedade de estilos de música popular ao redor do mundo. Esta fusão ganharia o nome no mundo anglo-saxão de "world music" e incluiu fusões como rock aborígine. Ainda naquela década, formas mais extremas do rock evoluíram. No início dos anos oitenta, o som áspero e agressivo do thrash metal atraiu um grande público underground. Algumas bandas como Metallica e Megadeth caminharam em direção ao sucesso comercial.

Bon Jovi
Um dos sub-gêneros mais populares da década de 1980 foi o glam metal. Influenciado por vários artistas do hard rock/heavy metal da década anterior, tais como Aerosmith, Queen, Kiss, Alice Cooper, Sweet e New York Dolls, a primeira leva de bandas de glam metal que ganharam notabilidade foram: Mötley Crüe, Skid Row, W.A.S.P., Ratt, Poison, Quiet Riot, além da mais conhecida delas -mas formada nos anos setenta-, Kiss. Ficaram conhecidos pelo estilo de vida excessivo, que se refletia no vestuário, na maquiagem e nos cabelos espalhafatosos. Suas canções também eram geralmente focadas na tríade sexo, bebidas e drogas.
Em 1987, surgiu uma nova geração de artistas do glam metal, entre os quais Winger, Bon Jovi, L.A. Guns, Poison e Faster Pussycat. Formado a partir da fusão de integrantes do L.A. Guns e do Hollywood Rose, os Guns N' Roses emergiram desta cena glam rumo a um grande sucesso comercial, embora eles não sejam categorizado como uma típica banda de glam metal como as demais citadas neste tópico.

R.E.M
Rock alternativo
As primeiras bandas de rock alternativo - R.E.M., The Feelies e Violent Femmes - combinaram suas influências punks com outras de folk music e do rock mainstream (comercial). Destas, o R.E.M. foi a de maior êxito imediato; seu álbum de estréia "Murmur", de 1983, figurou no Top 40 da Billboard e inspirou uma série de seguidores, as bandas de jangle pop. Uma das muitas cenas do jangle pop no começo dos anos oitenta foi a "Paisley Underground", em Los Angeles, que buscava inspiração em artistas da década de 1960 e incorporar a psicodelia, as ricas harmonias vocais e a interação da guitarra do folk rock, bem como de bandas que influenciaram movimentos musicais underground como o Velvet Underground.
Selos independentes estadunidenses como SST Records, Twin/Tone Records, Touch & Go Records e Dischord Records ocuparam posição de destaque na mudança do cenário underground nos EUA dominado pelo hardcore punk em direção a diversos estilos do rock alternativo que emergiriam a partir dos anos oitenta. Bandas como Hüsker Dü e The Replacements, ambas da cidade de Minneapolis, eram indicativos desta tendência. Estes dois grupos começaram como bandas de punk rock, mas logo diversificaram os seus sons e se tornaram mais melódicas, culminando nos respectivos álbuns "Zen Arcade" e "Let It Be" (ambos de 1984). Eles foram aclamados pela crítica e chamaram a atenção para o florescimento do sub-gênero musical. Naquele mesmo ano, a SST Records também lançou os primeiros trabalhos dos grupos Minutemen e Meat Puppets, que misturavam punk com funk e country music, respectivamente.
O R.E.M. e o Hüsker Dü foram modelos para uma grande parte dos artistas alternativos dos anos oitenta, de forma que conseguiriam aproximar suas carreiras. Na segunda metade daquela década, a cena alternativa e as rádios universitárias norte-americanas eranm dominadas pelas chamadas bandas college rock, como The Pixies, They Might Be Giants, Camper Van Beethoven, Dinosaur Jr e Throwing Muses - bem como por sobreviventes do post-punk britânico. Outro estilo ascendente dentro do rock alternativo foi o noise rock das bandas Sonic Youth, Big Black, Butthole Surfers, entre outras. No final daquela década, um número crescente de grupos alternativos assinavam contratos com grandes gravadoras. Enquanto no início grandes gravadoras que assinaram com o Hüsker Dü e os Replacements obtiveram pouco sucesso, outros artistas que seguiram o mesmo caminho e também assinaram com grandes selos, como os casos do R.E.M. do Jane's Addiction, alcançaram grandes vendagens de discos que conduziram anos depois em uma ruptura com o alternativo. Algumas bandas como os Pixies tiveram um grande sucesso no exterior, enquanto eram ignorados em nível local.

Rock Brazuca
Engenheiros do Hawai
Aqui no Brasil, surgia finalmente o rock nacional, pois a Jovem Guarda falhou bisonhamente nesse sentido (Traduzir musica não é compor) e a Tropicalia (Incluindo aí os Mutantes) era brasileira demais. Apesar de Raul Seixas fazer rock no Brasil há um bom tempo, ele sozinho não pode ser considerado o rock nacional, pode? Surgiam os Titãs, Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Hawai, Ultrage a Rigor, Legião Urbana, Capital Inicial, Bikini Cavadão, Cazuza, Barão Vermelho, Blitz, RPM, Frenéticas, João Penca, Ira!, Ratos de Porão, Garotos Podres, Sepultura e muitas outras.

Essa década quase acabou com a música?
No fim da década, o mainstream estava se auto consumindo. Nunca se falou tanto que o rock havia morrido. Toda semana tinha que ter uma matéria nova em algum jornal, revista ou TV sobre isso. Cogitavam a lambada como uma possível sucessora do rock. Mas nem tudo estava perdido. O rock alternativo havia crescido demais, graças a profusão das rádios universitárias americanas, que vomitavam bandas como Pixies o tempo inteiro, e assim surgiam diversos selos lançando bandas a todo momento. Um deles, sediado em Seatle, chamou a atenção no final da década para uma bandinha que iria mudar tudo. 

FONTE: Wikipédia e http://www.baconfrito.com/

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Alguns dos Grandes Nomes do Rock nos Anos 70

Queen
Queen foi uma banda de rock que já vendeu mais de 300 milhões de cópias no mundo inteiro.Foi uma das mais populares bandas britânicas dos anos 1970 e 1980, apresentando-se com magníficas produções em seus concertos e nos videoclipes de suas músicas. Mesmo nunca tendo sido levada a sério pelos críticos da sua época, que consideravam a sua música "comercial" (a crítica de hoje considera o Queen como uma das melhores bandas de rock de todos os tempos), a banda tornou-se a das mais famosas entre o público, graças à sua mistura única entre as complexas e elaboradas apresentações ao vivo e o dinamismo e carisma da sua estrela maior, o vocalista Freddie Mercury. A banda ficou sob a liderança de Brian May (guitarra) e Roger Taylor (bateria) após a saída de John Deacon (baixo), em 1997.
O início da banda remonta a 1967, quando Brian May, Tim Staffell e Roger Taylor formaram o trio Smile, no Imperial College em Londres, capital da Inglaterra, onde todos estudavam. Após a saída do baixista e vocalista do grupo, Tim Staffell, em 1970, May e Taylor foram apresentados por Staffell a Farokh Bulsara em Abril do mesmo ano, o qual viria a ser o vocalista da nova banda com o nome artístico Freddie Mercury, batizando a banda com o nome Queen. (Lembrando que o nome da banda não tem nenhuma relação com homossexualidade. Fato que muitos confundem o nome da banda com origem da palavra "queer" que é uma gíria difamatória usada para homossexuais. O nome Queen quer dizer rainha em inglês. E, segundo os membros, Queen é uma palavra simples e fácil de ser pronunciada por qualquer pessoa do mundo. Queen tem a ver também com algo grande, luxuoso e respeitado, como uma rainha). Em 1971, John Deacon completou a formação do Queen como baixista.
Apesar da personalidade extravagante e teatral de Freddie Mercury ter sempre predominado na imprensa, os outros membros da banda foram também responsáveis pela criação de grandes êxitos:
Freddie Mercury: Vocal e piano (autor de "Bohemian Rhapsody", "Don't Stop Me Now", "Somebody To Love", "Killer Queen" "Love Of My Life", "We Are The Champions").
Brian May: Guitarras, violão, ukelele, toy-koto, harpa, teclado e vocal, (autor de "I Want It All", "Who Wants To Live Forever", "Tie Your Mother Down", "Now I'm Here", "Dragon Attack", "Save-me","We will rock you")
Roger Taylor: bateria, percussão e vocal (autor de "Radio Ga Ga", "Calling all girls", "I'm In Love With My Car","A Kind Of Magic" )
John Deacon: Baixo, guitarra, piano, teclado, contrabaixo e vocal, (autor de "Another One Bites The Dust", "Need Your Loving Tonight", "You're My Best Friend", "Spread Your Wings", "One Year Of Love (co-autoria com Freddie Mercury)'", "I Want To Break Free").
A maior parte dos álbuns do grupo contém pelo menos uma canção escrita por cada um dos membros, e embora Freddie Mercury tenha escrito muitos dos êxitos do grupo, não era de modo algum o compositor dominante; na verdade, os membros consideravam-se a si mesmo como criadores iguais, e até mesmo o mais quieto membro da banda, o baixista John Deacon, escreveu um dos seus maiores sucessos, "Another One Bites The Dust". Os membros da banda fizeram também músicas juntos como "Friends Will Be Friends" que foi composta por John Deacon e Freddie Mercury, "Stone Cold Crazy" em que todos os membros foram creditados como compositores e também colaborações com outros artistas como no dueto em "Under Pressure" que foi composta por Freddie Mercury e David Bowie. Nos últimos anos, os quatro membros da banda contribuíram coletivamente para as canções que o grupo compunha; por isso, nos últimos álbuns The Miracle e Innuendo, todas as canções são assinadas pelo Queen, e não por um compositor único.
1968-1971
Brian May e Tim Staffel, amigos de escola, decidem formar uma banda e colocam um anúncio no Imperial College à procura de um baterista ao estilo Ginger Baker (baterista da banda Cream). Roger Taylor responde ao anúncio e junto com Tim e Brian formam o grupo Smile que chegou a abrir shows de Jimi Hendrix. Freddie era colega de quarto de Tim e seguia assiduamente os concertos do grupo. A essa altura, Freddie era vocalista de outras bandas, como os Wreckage e mais tarde o Ibex. Para além disso, não tinha qualquer problema em partilhar as suas ideias acerca da direção musical que os Smile deviam tomar.
Tim decidiu então pôr fim à sua carreira nos Smile e juntou-se a uma banda chamada Humpty Bong. Freddie substituiu-o e muda o nome da banda para Queen, que não agradava de começo os outros integrantes. Então o grupo começa a procura por um baixista profissional. O primeiro seria Barry Mitchell; só em 1971 o grupo descobriu John Deacon. Com a formação definida, o quarteto estava definitivamente em marcha, possuidores de uma imagem inovadora, desfazendo regras musicais anteriores, compondo temas de absoluta originalidade, com nada, ou bem pouco a ver com o resto do rock daqueles tempos.
Anos 1970
O primeiro álbum da banda, intitulado Queen, foi lançado como uma revolução no Reino Unido, mas não teve o sucesso esperado. Este álbum caracterizou-se por um som pesado, misturando a banda à onda heavy metal que já existia na Inglaterra do início da década de 1970. Deste álbum, destaca-se a faixa "Keep Yourself Alive", canção que conseguiu alcançar o Top 40 do Reino Unido.
O segundo álbum, Queen II, já apresentava um som mais melódico, mostrando já a influência que Freddie viria a ter nas composições da banda. Aqui destaca-se a composição "Seven Seas of Rhye", primeira canção da banda a alcançar o Top 10 do Reino Unido.
A partir do terceiro álbum, Sheer Heart Attack, a banda viria a ter os seus álbuns distribuídos pela Trident e EMI, ocasionando assim uma reviravolta na trajetória da banda. Lançado em 1974, o álbum foi o primeiro da banda a estar entre os 10 mais vendidos da Inglaterra, e tornou o Queen conhecido dos dois lados do Atlântico. A turnê nos EUA foi um sucesso, o que abriu caminho para que a banda pudesse concretizar a sua obra-prima.
Em 1975, o Queen lançou o disco A Night at the Opera, também conhecido entre os fãs como o "White Album" da banda, numa alusão ao disco de mesma importância dos Beatles. Este disco, primeiro da banda a conseguir disco de platina, primeiro a vender mais de um milhão de cópias, primeiro a atingir o topo das paradas do Reino Unido e EUA, definiu um novo tipo de Rock: o rock arte, realizado como uma grande produção, para ser apreciado por todos os ouvidos. Usando uma técnica de retorno da voz, esse disco criou o som que se tornou marca registrada do Queen e o lançou para a fama. Suas canções refletem o espírito da banda: rock pesado com "I'm In Love With My Car"; baladas românticas com "Love Of My Life" (que foi apresentada por Mercury no álbum "Live Killers", de 1979, da seguinte forma: "The things that we have to do for money." "As coisas que a gente tem que fazer por dinheiro.", e foi cantada por toda a multidão que presenciou a esse show maravilhoso) e "You're My Best Friend"; experimentalismo com "The Prophet's Song", e uma canção impossível de se classificar, como "Bohemian Rhapsody". Esta Opera Rock, quando lançada em 1975, recebeu críticas por não ter apelo comercial e ser muito longa. No entanto, a gravadora bancou a aposta, e o resultado foi estrondoso: primeiro lugar das paradas durante nove semanas consecutivas, os quatro álbuns do Queen entre os vinte mais vendidos, um video-clip que ficou conhecido mundialmente pela sua produção e a sua qualidade, iniciando a era do Video-clip e considerada por muitos o maior clássico da história do Rock n' Roll. Após esse álbum, a banda consolidou-se efetivamente como uma das grandes bandas de Rock, firmando terreno para mais e mais sucessos. Aqui, os seus membros (principalmente Mercury) já apresentavam suas excentricidades que ficariam mundialmente conhecidas. Curiosamente, quando o álbum foi lançado em K7, a complexidade da canção Bohemian Rhapsody era tanta que neste ponto a fita ficava transparente; além disso, esta canção sempre que era tocada ao vivo em um dos concertos do Queen era como parte de um medley ou era colocada uma gravação nas partes mais complexas.
Em 1976, o álbum seguinte, "A Day at the Races" (ambos uma ironia, por se tratarem de títulos de filmes dos Irmãos Marx), foi mais dirigido pela guitarra de Brian May e pela bateria de Roger Taylor, tendo, portanto, canções mais pesadas, tais como "Tie Your Mother Down" e "White Man". No entanto, aqui encontramos outra obra-prima vocalística de Freddie Mercury: "Somebody to Love", uma canção recheada de exageros vocais e complexas passagens vocais, que tornou-se êxito imediato e que foi executada excepcionalmente em 1982, no show "Queen On Fire", mais conhecido como Live at The Bowl.
A banda em concerto em Hannover, 1979
Em 1977, "News of The World" trouxe os grandes hits dos estádios da banda, "We Will Rock You" e "We Are The Champions", além da belíssima "Spread Your Wings", composta pelo baixista John Deacon. O Queen serviu-se muito dos grandes estádios, fazendo shows marcantes (sobretudo se considerarmos que o som era feito exclusivamente pelos quatro integrantes, salvo ajudas de Spike Edney nos últimos shows), que criavam uma relação única com o público, sendo reconhecidos até mesmo pela crítica (alguns consideram os shows feitos pelo Queen em Wembley em 1986 como os melhores shows de rock de todos os tempos, sem falar no estrondoso público de 250 mil pessoas na primeira edição do Rock in Rio)
"Jazz", o álbum seguinte, de 1978, foi mal-recebido pela crítica, sob a alegação que o álbum pouco tem a ver com Jazz, apesar do instrumental acústico refinadíssimo e a alma nervosa e suave das canções - o que parece ser o motivo do nome, não suas semelhanças formais imediatas com o jazz (como acontecia por exemplo com os álbuns de Led Zeppelin, em que se pode dizer que este tom é muito mais evidente). "Jazz" também decepcionou a banda com relação à aceitação do público. Apesar disso, obteve alguns sucessos, como "Fat Bottomed Girls" e "Bicycle Race" (esta última, no Estádio de Wimbledon, teve como produção uma volta completa no estádio de dezenas de mulheres nuas em bicicletas, o que causou um certo choque na opinião pública).
Em 1979 lançam "Live Killers", um álbum duplo gravado ao vivo na sua turné mundial entre Janeiro e Abril. Brian May aparece espetacularmente em "Brighton Rock" chegando a ser mencionado por Eric Clapton como um dos melhores guitarristas no cenário do rock mundial.
Anos 1980
A banda posando com Diego Maradona na Argentina, durante a turnê pela América do Sul.
O ano de 1980 marcou uma mudança no som da banda, até então sempre ressaltada nas capas dos seus discos com a frase "No Syntethizers!". Após o lançamento do álbum ao vivo "Live Killers", em 1979, os Queen lançaram o álbum "The Game", combinação entre o glam rock dos anos 1970 e a plasticidade da década seguinte, o qual demonstrava a intenção da banda em inserir na sua música a eletrônica. Este álbum foi um sucesso principalmente nos EUA, onde a canção "Another One Bites The Dust", com sua belíssima linha de baixo (inspirada na canção "Good Times" da banda Chic),[3] alcançou o topo das paradas de rock, soul e disco. Além dessa canção, o rockabilly "Crazy Little Thing Called Love" tornou-se outro sucesso da banda.
Então, a banda lançou a trilha sonora do filme "Flash Gordon", em 1980. Este disco, pela primeira vez, representou um grande fiasco da banda, não agradando tanto a crítica quanto os fãs.
Com sua popularidade reduzida na Europa, fortemente impactada pela onda Punk que surgia no Reino Unido, o Queen passou a buscar novos mercados para seu som, iniciando visitas a países fora do eixo EUA-Europa-Japão. Pela primeira vez uma grande banda realizava turnês na América do Sul e África. Na sua primeira passagem pelo Brasil, em 1981, nos doze meses que antecederam o show as rádios de São Paulo só tocavam as canções do Queen.
O disco "Hot Space", lançado em 1982, trazia um som muito diferente, substituindo o heavy metal e o hard rock, por um estilo mais disco/funk, e música eletrônica; foi recebido com alguma desconfiança pelos fãs, que já não viam ali a mesma criativa e inovadora banda. No entanto, a sua turnê foi um grande sucesso, mostrando que mesmo com um álbum pouco conceituado as suas exibições continuavam a atrair mais público. Neste álbum, temos a primeira participação do Queen com outro cantor, David Bowie, na faixa "Under Pressure".
Essa época antecipava a carreira solo de Freddie divorciada do rock, virando-se para a pop e eletrônica. Já eram conhecidas as brigas e discussões dos integrantes da banda, com constantes idas e vindas, ameaças de saída, entre outros problemas, no entanto a banda sempre se manteria junta. Essa década foi marcada pelos trabalhos solo dos integrantes do grupo, marcando assim uma maior distância entre os álbuns. Ficou conhecida na imprensa inglesa a briga que os integrantes promoveram entre as gravações do disco "The Works".
Após lançar "The Works", em 1984, o Queen teve no ano seguinte a sua redenção. Convidados para participar do Rock in Rio, verdadeira cidade do Rock construída no Rio de Janeiro, a banda roubou a cena dos espetáculos, tanto pelas excentricidades de seus integrantes quanto pela beleza de suas apresentações ao vivo, realizados para mais de 250 mil pessoas com a tranquilidade de um espetáculo caseiro.
Em 13 de Julho de 1985, o Queen mostrou a todo o mundo sua condição de Estrela do Rock, ao atrair todas as atenções para o show beneficente Live Aid, em prol das vítimas da fome na África. Essa apresentação do Queen no Live Aid é para muitos críticos o maior show de rock de todos os tempos.
A banda em concerto em Frankfurt, 1984
Em 1986 a banda lança o disco "A Kind of Magic", contendo a trilha sonora do filme "Highlander". Este disco trouxe o Queen de volta às paradas de sucesso, com canções bem mais produzidas como "Who Wants To Live Forever", "Friends Will be Friends", "A Kind of Magic" e "One Vision".
No mesmo ano a banda inicia a Magic Tour, a turnê que gerou mais lucros para o Queen, com estádios lotados, e vários registros em vídeo e audio. A turnê foi feita apenas em países europeus.
Em 9 de Agosto de 1986 o Queen se apresentou pela última vez em público. Eles não conseguiram o Wembley novamente pois o estádio já estava reservado, então Roy Thomas Baker (empresário do Queen e ex-produtor da banda) consegue agendar um show no Knebworth Park, que teve todos os ingressos vendidos em duas horas; mais de 140 mil fãs se espremeram no parque para vislumbrar o Queen ao vivo pela última vez. Especula-se que o grupo já sabia de antemão que tratava-se de uma despedida dos palcos.
Em 1987 o Queen sai de férias e Freddie Mercury lança seu segundo álbum solo "The Great Pretender". Mais tarde Freddie descobre um caroço em seu ombro, e vai consultar seu médico, que ao fazer a biopsia do caroço descobre que Freddie Mercury é soropositivo. Freddie Mercury então conta a Jim Hutton, na época seu companheiro, e mais tarde a Roger Taylor. No entanto, esta ideia é controversa, pois várias pessoas confirmam diversas possibilidades de como Mercury descobriu que tinha AIDS, tal como quem foi o primeiro amigo a saber. Em documentário de sua vida, há histórias de que Freddie já teria contraído a doença antes do Rock in Rio e, inclusive, tinha feito o show com a notícia fatal em conhecimento, mas que parece ser pouco plausível já que mesmo seus assistentes mais próximos não confirmam esta versão. Há quem acredite que o primeiro a perceber a doença depois do cantor e o médico foi John Deacon, que, durante uma das festas de aniversário de Freddie Mercury, havia notado algumas manchas em suas costas, quando o cantor encontrava-se dentro da piscina. Interrogado pelo baixista, Freddie resolveu admitir que era soropositivo e, logo após, teria contado aos demais integrantes da banda.
Em 1988 Freddie Mercury faz seu terceiro álbum solo com a participação da soprana Montserrat Caballé (a cantora preferida de Freddie Mercury). A música título do álbum mais tarde virou o hino das Olimpíadas de Barcelona '92. No mesmo ano, Roger Taylor monta uma banda paralela chamada "The Cross" e Brian May segue carreira solo em trabalhos paralelos.
Em 1989 o Queen retorna à ativa e lança o disco "The Miracle", o primeiro a ser lançado em LP e CD simultaneamente, que ficou conhecido pela complexidade de sua capa, então um desafio para os níveis de computação gráfica da época. O disco trazia grandes sucessos como: "The Miracle", "I Want It All", "Scandal", "Breakthru" e "Invisible Man". O álbum obteve um grande sucesso, e mais do que nunca esse álbum foi o símbolo de que o Queen estava mais unido do que nunca. No final de 1989 o grupo foi eleito a melhor e mais influente banda de Rock dos anos 80.
Anos 1990
Em 1991 começaram a surgir rumores mais fortes de que Freddie Mercury estava com AIDS. O cantor negou, mas sabendo da verdade (assim como seus companheiros de banda), ele decidiu gravar um álbum livre de conflitos e diferenças. Este álbum foi Innuendo. Embora sua saúde começasse a se deteriorar, Mercury esforçou-se para finalizar suas contribuições. O álbum fez grande sucesso, por lembrar um pouco o Queen dos anos 70. Destacam-se as canções "The Show Must Go On", "These Are The Days Of Our Lives", "Innuendo" e "I'm Going Slightly Mad". 2 semanas após o lançamento do álbum os integrantes da banda já estavam gravando novas músicas. Freddie queria deixar o máximo de material possível para que esse pudesse ser completado pelos demais membros da banda. Ele já sabia que quando o novo disco fosse lançado ele já estaria morto.
Em Junho o Queen gravou o video clipe da música "These Are The Days Of Our Lives" onde se pode ver um Freddie Mercury muito magro e com uma voz mais fraca, o que causa preocupação de seus fãs quanto ao seu estado.
Monta se então uma vigília em frente sua casa no Garden Lodge, com repórteres e fãs.
A banda em concerto no Rock in Rio, 1985
Em 23 de Novembro de 1991, em uma declaração gravada em seu leito de morte, Freddie Mercury finalmente divulgou que tinha AIDS. Doze horas depois do anúncio, Mercury morreu vítima de uma broncopneumonia aos 45 anos de idade. Seu funeral foi privado, feito de acordo com os princípios religiosos zoroástricos de sua família. Freddie foi cremado e suas cinzas estão no Garden Lodge.
Em 20 de Abril de 1992 o público dividiu a tristeza pela perda de Freddie no "The Freddie Mercury Tribute Concert", realizado no Estádio de Wembley de Londres em sua homenagem. Músicos como Annie Lennox, David Bowie, Def Leppard, Elton John, Extreme, Guns N' Roses, George Michael, Liza Minnelli, Metallica, Robert Plant, Roger Daltrey e Tony Iommi, juntamente com os integrantes remanescentes do Queen, tocaram os maiores sucessos da banda.
O Queen na verdade nunca se separou, embora o último álbum de estúdio da formação original tenha sido lançado em 1995, ironicamente intitulado Made In Heaven ("Feito No Paraíso"). Lançado quatro anos depois da morte de Freddie, foi feito a partir das últimas sessões gravadas pelo cantor em 1991, além de material descartado de álbuns anteriores.
Em 1997, John Deacon, depois de gravar o video clipe "No One But You" (música em homenagem a Freddie Mercury) junto com o Queen, decide se retirar do mundo da música para se dedicar a sua família.
Anos 2000
Em 2005 os membros remanescentes do Queen (Brian May e Roger Taylor) juntam-se a Paul Rodgers (ex-integrante do grupo Free e do Bad Company) e fazem uma extensa turnê pela Europa, que gerou um álbum e DVD chamado "Return of the Champions".
Em 2007 o Queen lança o compacto single "Say It's Not True" que foi lançado também para download na Internet. A música, composta por Roger Taylor, fala sobre a AIDS.
Em 2008 o Queen+Paul Rodgers lançam o 1°. álbum inédito desde o Made in Heaven, chamado "The Cosmos Rocks".
Em 2009 o Queen+Paul Rodgers se separa, a mais provavel causa é que Paul Rodgers voltaria a tocar para a sua ex-banda Bad Company.
Em 2009 é lançado o álbum de compilações "Absolute Greatest".
Em 2011 a banda se apresentou no EMA com Adam Lambert como vocalista.

Led Zeppelin
Led Zeppelin foi uma banda britânica de rock, formada em setembro de 1968, por Jimmy Page (guitarra), John Bonham (bateria e percussão), John Paul Jones (baixo e teclado) e Robert Plant (vocalista e gaita). Célebre pela sua inovação com seu som pesado orientado pelo blues-rock, o grupo é freqüentemente citado como um dos grandes progenitores do heavy metal e do hard rock, embora o estilo da banda tenha sido inspirado por fontes diversas e tenha transcendido qualquer gênero musical definido.
Led Zeppelin foi uma das bandas de rock a vender mais álbuns em toda a história (vide Anexo:Lista de recordistas de vendas de discos), com mais de 300 milhões cópias em todo o mundo, (incluindo 109 milhões de vendas nos Estados Unidos[10]) além de um dos grupos mais influêntes na história do rock. Foram também os únicos a colocar todos seus álbuns no Top 10 da parada norte-americana Billboard.
Desde a morte do baterista John Bonham, em 1980, que colocou fim da banda, o Led Zeppelin reuniu-se apenas em ocasiões especiais. A primeira delas foi em 1985 quando participaram do concerto beneficente Live Aid - com Phil Collins e Tony Thompson (Chic) na bateria. Três anos depois, com Jason Bonham na bateria, tocaram no aniversário de 40 anos da gravadora Atlantic. Em 10 de dezembro de 2007, os três membros originais do Led Zeppelin e Jason Bonham reuniram-se para um tributo a Ahmet Ertegün, fundador do selo Atlantic (morto em 2006), na O2 Arena, em Londres.
Originalmente a banda foi formada pelo guitarrista Jimmy Page e pelo baixista Chris Dreja em Julho de 1968 com o nome de "The New Yardbirds" de modo a conseguirem cumprir um contrato feito para a realização de concertos na Escandinávia, assinado antes do último concerto dos Yardbirds. Terry Reid recusou a oferta de Page para ser o vocalista, mas sugeriu Robert Plant[14], conhecido pelo seu trabalho no grupo "The Band of Joy". Junto com ele veio o baterista John Bonham. Quando Dreja saiu para se tornar fotógrafo, John Paul Jones, estimulado pela esposa, procurou Jimmy Page, a quem conhecia por terem atuado juntos como músicos de estúdio, e se ofereceu para tocar baixo na nova banda. Oferta aceita, estava formado o quarteto que viria a se transformar em uma das mais bem sucedidas bandas de rock dos anos 70.
Após alguns concertos como "The New Yardbirds", a banda mudou o nome para Led Zeppelin. Esse nome surgiu depois que Keith Moon e John Entwistle comentaram que um "supergrupo" contendo eles dois, Jimmy Page e Jeff Beck (que era a ideia original de Page) cairia como um "balão de chumbo" (do inglês "lead zeppelin"). A palavra "lead" é propositadamente mal escrita para que a pronúncia correta seja usada (também poderia ser lida como "lid", que lhe daria outro significado).
Pouco tempo após a sua primeira apresentação (na Universidade de Surrey, Guildford, em 15 de Outubro de 1968) o grupo editou o seu primeiro álbum Led Zeppelin em 1969. Esse álbum resultava de uma combinação entre o blues, o rock e influências orientais com amplificações distorcidas, o que o levou a tornar-se um dos pivôs do surgimento do heavy metal, embora Plant tenha declarado injusta a taxação do grupo como heavy metal, já que aproximadamente um terço de sua música era acústica. No final dos anos 60 e ínicio dos anos 70 a palavra heavy metal tinha uma conotação pejorativa, o que fez com que os artistas rotulados como heavy metal preferissem outros nomes como heavy rock, ou simplesmente rock and roll. O imediato sucesso do primeiro disco foi o pontapé de saída para a carreira da banda, especialmente no EUA, onde eles haveriam de actuar frequentemente, e onde as suas vendas de discos apenas foram suplantadas pelos Beatles. O segundo álbum, chamado simplesmente Led Zeppelin II, editado ainda no mesmo ano, seguiu o mesmo estilo, e incluía o sucesso "Whole Lotta Love", que, conduzido pela secção rítmica, definia o som da banda.
Page e Plant, como outros músicos de rock do cenário inglês, tinham uma formação fortemente enraizada no blues. Assim, o primeiro álbum do Led Zeppelin continha muitas releituras de músicas de blues. Porém, os créditos vinham para os músicos da banda. A história se repete com "Whole Lotta Love", que apresenta grandes semelhanças com "You need Love", de Willie Dixon. A banda foi depois acusada de ter usado as letras sem as creditarem a Dixon, e só 15 anos depois, devido a um processo posto pela "Chess Records", foi feito um acordo e efectuado o pagamento devido, com Willie Dixon sendo creditado nas devidas músicas. Por fim, Dixon acabou se tornando amigo de Page e Plant.
A banda também gostava do rock and roll americano e tocava músicas de Elvis Presley e Eddie Cochran em seus shows. As performances ao vivo do Led Zeppelin com frequencia alcançavam 2 horas ou mais de duração, e em alguns casos, como no "Texas Pop Festival" de 1969, a banda chegou a tocar por 4 horas seguidas.
Para a gravação do seu terceiro álbum, Led Zeppelin III, a banda retirou-se para "Bron-Yr-Aur", uma cabana remota em Snowdonia, no País de Gales, sem electricidade ou água encanada. Isto resultou num som mais acústico (fortemente influenciado pela música celta e a música folk, e que revelou uma face diferente do talento prodigioso de Jimmy Page). Em Novembro de 1970 a "Atlantic Records" editou "Immigrant Song" em single, sem a autorização da banda e contra a sua vontade. Incluía no lado B "Hey Hey What Can I Do". Foram editados mais nove singles, sempre sem a autorização da banda, que via os seus álbuns como indivisíveis. Curiosamente, "Stairway to Heaven" nunca foi editado em single, apesar do seu grande êxito nas rádios. A frustração da banda em relação aos singles provinha do seu empresário Peter Grant, que era um acérrimo defensor dos álbuns, e também devido ao facto da Atlantic ter feito uma reedição de "Whole Lotta Love", que foi cortada de 5:43 para 3:10 minutos. Para além disso a banda sempre evitou aparecer na televisão, preferindo que os seus fãs os vissem ao vivo.
As várias tendências musicais do grupo foram fundidas no seu quarto álbum, sem título, que é usualmente chamado de Zoso, Four Symbols ou simplesmente Led Zeppelin IV. Não apenas o álbum não tinha nome, mas o nome da banda também não aparecia em sua capa. O álbum incluía temas como "Black Dog", o misticismo folk de "The Battle of Evermore" (cuja letra foi inspirada em "O Senhor dos Anéis") e a combinação dos dois estilos em "Stairway to Heaven", um sucesso estrondoso nas rádios, aclamada por muitos como sendo o maior clássico do rock de todos os tempos. O álbum contém ainda uma memorável regravação de "When the Levee Breaks" de Memphis Minnie.
O álbum seguinte, Houses of the Holy, lançado em 1973, continha músicas mais longas e experimentais, com o uso de sintetizadores e arranjos de cordas feitos por Jones em músicas como "The Song Remains the Same", "No Quarter" e "D'yer Mak'er". Esse álbum bateu os recordes de audiência, tendo chegado ser ouvido por mais de 50 mil pessoas. Três concertos no Madison Square Garden foram filmados para a realização de um filme, mas o projecto foi adiado por vários anos.
Em 1974 o quarteto lançou seu próprio selo, a Swan Song Records. Swan Song era o título de uma música do Led Zeppelin que nunca foi lançada, tendo sido gravada posteriormente com o nome "Midnight Moonlight" no primeiro álbum dos "The Firm", banda criada por Page após o fim do Led Zeppelin. Além dos álbuns do próprio Led Zeppelin a "Swan Song" editou álbuns de Bad Company, Pretty Things, Maggie Bell, Detective, Dave Edmunds, Midnight Flyer, Sad Café e Wildlife.
Em 1975 foi lançado Physical Graffiti, o primeiro álbum duplo para a "Swan Song". Este álbum incluía músicas que sobraram dos 3 álbuns anteriores e mais algumas novas. Mais uma vez a banda mostrou a sua enorme diversidade de estilos, que iam do folk e rock progressivo ao heavy metal.
Pouco tempo depois do lançamento de Physical Graffiti toda a produção anterior do Led Zeppelin atingiu a lista dos 200 mais vendidos, o que nunca tinha sido visto anteriormente. A banda embarcou para mais uma turnê pelos EUA, batendo novos recordes de audiência. No fim do ano, tocaram 5 noites seguidas no Earl’s Court (esses concertos foram gravados em vídeo e editados apenas 28 anos depois em DVD). Nessa altura, no pico da sua carreira, eram considerados por muitos como a "A Maior Banda De Rock Do Mundo".
Se a popularidade da banda em palco era impressionante, a sua fama pelos excessos era ainda maior. Eles viajavam num jato particular, alugavam pisos inteiros de hotéis, e tornaram-se objecto de algumas das histórias mais famosas, envolvendo danos materiais a quartos de hotel, aventuras sexuais, abuso de drogas e culto à magia negra.
Em 1976 a banda fez um intervalo nas turnês e começou a filmar segmentos fantásticos para o filme ainda não editado. Durante esse intervalo Robert Plant quebrou um tornozelo num acidente de carro; impedidos de fazer concertos, a banda entrou em estúdio para gravar o seu sétimo álbum, Presence. O álbum conquistou disco de platina antes de chegar às lojas, algo inédito para a época, e marcou mais uma guinada no estilo da banda, que abandonou os arranjos complexos dos álbuns anteriores se afastando gradativamente do heavy metal. Mas o pior para Plant estaria por vir: durante a turnê do álbum nos EUA, seu filho Karac morreu de uma infecção estomacal.
No final de 1976 sai finalmente o filme The Song Remains the Same e a sua trilha sonora. Embora a gravação do concerto datasse de 1973, esse seria o único documento filmado do grupo lançado oficialmente durante os 20 anos seguintes. Uma curiosidade sobre a trilha sonora desse filme é que o "setlist" do concerto do filme não coincidia com as músicas no álbum: algumas músicas do filme não apareceram no álbum e vice-versa. Esse álbum seria o único disco ao vivo oficial disponível, até a edição de BBC Sessions em 1997.
Em 1978, a banda voltou ao estúdio para as gravações de In Through the Out Door, álbum lançado em 20 de agosto, aniversário de Robert Plant. Esse álbum continha "All My Love", dedicada a Karac, seu filho. Agora eram 8 discos no Top 200 da Billboard e shows com ingressos esgotados por todos os lados, provando que o Led Zeppelin ainda era uma banda forte. Embora o Led Zeppelin nessa época já fosse considerada uma banda antiga, eles ainda arregimentavam uma enorme legião de fãs, tendo esse álbum chegado ao topo da lista dos mais vendidos, tanto no Reino Unido como nos EUA. No entanto há que se notar que o Led Zeppelin desde o álbum Presence e então com In Through the Out Door começava uma série de experimentações que estavam deixando meio de lado o heavy metal que eles ajudaram a criar, seus riffs já não eram tão pesados e marcantes. In Through the Out Door foi um disco onde John Paul Jones e Robert Plant assumiram muito do controle criativo da banda. Jones maravilhado com a aquisição de novos teclados Yamaha acabou por levar a banda para um lado mais progressivo. Nessa época o Reino Unido vivia a ascensão do Punk Rock e o Led Zeppelin cada vez mais distante de seu som avassalador inicial era chamado pejorativamente de dinossauro pelos punks ingleses. Esse tipo de referência pejorativa que os garotos punks faziam ao Zeppelin, somados aos excessos de Jones e Plant nas gravações levaram John Bonham a demonstrar seu descontentamento com o referido disco. Em um pub inglês ele chegou a comentar com Jimmy Page que eles dois (Bonham e Page) deveriam assumir o controle da banda após In Through the Out Door e lançarem um disco pesado para dar combate ao então punk rock inglês, contudo esse fato nunca chegou a se concretizar devido a morte de Bonham em 1980.
Em 25 de setembro de 1980 John Bonham morreu asfixiado pelo próprio vômito em um quarto da mansão de Jimmy Page, dando fim à carreira do Led Zeppelin. Depois disso a banda foi desfeita, pois não haveria mais condições de continuar com o nome Led Zeppelin.
Dois anos após a morte de John Bonham a banda editou Coda, uma coleção de músicas não-editadas. Foi o último álbum lançado por eles.
Em 13 de Julho de 1985, o Led Zeppelin reuniu-se para o concerto Live Aid, com Tony Thompson e Phil Collins na bateria. Um ano depois Page, Plant e Jones voltam a reunir-se com Tony Thompson, com o intuito de voltarem a tocar como Led Zeppelin, mas um grave acidente de carro envolvendo Thompson, pôs fim a esta intenção[carece de fontes]. Eles voltaram a se reunir 1988, com Jason Bonham no lugar que foi de seu pai, para o 40º aniversário da Atlantic Records. Esta formação ainda voltou a tocar no 21º aniversário da filha de Bonham, Cármen, e no casamento de Jason.
Page e Plant, sem Jones, voltaram a reunir-se em 1994 para contribuir para a série "Unplugged", da MTV, intitulado "No Quarter". Jones não gostou de não ter sido chamado para essa gravação, especialmente porque o título do álbum, "No Quarter", vem de uma música de mesmo nome, que contém muito de seu trabalho. O estresse entre ele e Page e Plant foi ainda mais agravado quando, em uma entrevista coletiva Plant disse que ele estava "estacionando o carro" .
Led Zeppelin em 2007, da esquerda: John Paul Jones, Robert Plant, Jimmy Page
Em 1997 foi lançado o primeiro álbum do Led Zeppelin em 15 anos, BBC Sessions. Esse álbum duplo incluía a quase totalidade das gravações que a banda tinha feito para a BBC, embora alguns fãs tenham notado a falta de uma sessão de 1970 que incluía a música nunca editada "Sugar Mama". A essa altura, a "Atlantic" editou um single de "Whole Lotta Love", que se tornou o único single da banda.
Em 2003 foi lançado o álbum How the West Was Won e o DVD Led Zeppelin. No fim do ano o DVD tinha vendido mais de 520 000 cópias.
Em 2006 a banda recebeu o Prêmio Polar de Música, um dos mais prestigiosos do mundo, como melhor banda de rock de todos os tempos.
No dia 10 de setembro de 2007, Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones se reuniram em Londres e anunciaram seu retorno aos palcos em uma única apresentação para vinte mil pessoas em um show em homenagem a Ahmet Ertegun, fundador da Atlantic Records, morto em 2006 a renda da apresentação será destinada a uma instituição que concede bolsas. Eles anunciaram ainda que, no dia 13 de novembro de 2007, seria lançado um novo CD intitulado Mothership, uma coletânea de canções escolhidas pela própria banda e com nova remasterização, para substituir as coletâneas Early Days e Latter Days lançadas anteriormente e que não foram consideradas com o "padrão de qualidade" do Led Zeppelin. O concerto foi realizado em 10 de dezembro de 2007, em Londres, e contou com a presença de Jason Bonham na bateria.Em 2008 Jimmy Page e John Paul Jones tocaram "Rock and Roll" e "Ramble On" junto com Dave Grohl e Taylor Hawkins no DVD Foo Fighters Live At Wembley Stadium. Em 7 de janeiro de 2009 o manager de Jimmy Page, Robert Mensch, declarou que planos de reviver a banda foram abandonados.

Black Sabbath
Black Sabbath é uma banda de heavy metal formada no ano de 1968 em Birmingham, Reino Unido. Sua formação original era composta por Ozzy Osbourne (vocais), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria). Posteriormente, houve numerosas mudanças na banda, e Iommi era o único componente fixo. Embora às vezes, sejam classificados como uma banda de hard rock (Butler define o estilo uma vez blues pesado e distorcido), Black Sabbath é considerado o pioneiro e também um dos primeiros grupos a tocar o estilo heavy metal ao lado de Led Zeppelin e Deep Purple e também contribuíram muito para o desenvolvimento deste tipo de gênero. Desde da sua formação, foram vendidos mais de cem milhões de cópias dos álbuns.
O embrião do Black Sabbath surgiu no ano de 1966 em Aston, uma localidade de Birmingham, Inglaterra. A história começou quando o guitarrista Anthony "Tony" Iommi e o baterista William "Bill" Ward (ambos do grupo Mithology) leram em uma loja, o anúncio de um cantor que foi à procura de músicos para formar uma banda. O cantor era John "Ozzy" Osbourne que estudou na mesma escola que Iommi. Iommi e Ward foram para casa de Ozzy e decidiram formar um complexo musical. Osbourne levou ao grupo, outros dois músicos que tinham tocado com ele na banda Rare Breed: os guitarristas Terence "Geezer" Butler e Jimmy Phillips.
Mais tarde, Butler assumiu o papel de baixista, e foi também assoldato pelo saxofonista Alan "Aker" Clarke. A banda escolheu o nome inicialmente de Polka Tulk Blues Band e encurtado depois para Polka Tulk, e começou a construir um repertório, principalmente blues. Mais tarde, Clarke e Phillips saem do grupo e o restante dos membros decidiram alterar a denominação para Earth. A formação exibe em vários locais, tocando covers de Jimi Hendrix, Blue Cheer, Cream e The Beatles, e esculpiu o primeiro demo em 1968. É recolhido algum êxito no espaço de "pubs" britânicos e permitiu que o grupo a fazer o nome no exterior, graças a gerente Jim Simpson.
Após um curto período, o nome da banda foi mudado porque havia outro grupo denominado Earth. A escolha do nome, mais tarde, veio à ideia de Butler, um grande fã dos romances de "magia negra" e "terror" de autores como Dennis Wheatley. Butler tinha visto o filme de terror italiano do diretor Mario Bava, I Tre Volti Della Paura (As Três Máscaras do Terror) de 1963, mas exibido com o nome de Black Sabbath na Inglaterra e EUA, e escreveu uma canção que incorpora o título do filme. Isto se tornou o novo nome do grupo.
O novo nome é acompanhado por uma transição para um novo som blues, em primeiro lugar com elementos do folk e, em seguida, com cada vez mais fortes e tons escuros até que uma nova solução para a qual o grupo tornou famosa e teria sido numerada para muitos críticos, como os principais pioneiros do heavy metal. O primeiro registro que a banda assinou foi com a Fontana Records e, mais tarde, com o Vertigo. No dia 13 de fevereiro de 1970, foi publicado o álbum de estreia da banda, intitulado simplesmente de Black Sabbath.
O primeiro trabalho, Black Sabbath, foi um grande sucesso (oitavo lugar nas classificações inglesas)[ devido, em grande parte, à atmosfera histórica de composições como "Black Sabbath", "The Wizard" e "N.I.B.". O disco, para muitos, foi a inauguração de um rock mais original, tanto no sentido sonoro, mais pesado, denso e distorcido; quanto no que se refere às letras. Deep Purple e Led Zeppelin, outras bandas influentes do heavy metal da época, tinham um som mais melódico e mais próximo a outros estilos como o blues, folk e o rock n' roll. A música do Sabbath a princípio tinha características semelhantes, mas com o tempo a banda investiu em um som mais pesado e com temáticas mais obscuras, com referências explícitas a "demônios" e temas envolvendo ocultismo, que era uma novidade e uma polêmica nessa época.
Embora essa espécie de temática pudesse ser eventualmente observada em trabalhos de outros grupos, como os Beatles e Led Zeppelin, o Black Sabbath, graças a sua persistência nessa proposta, foi em grande parte um responsável por um estereótipo que se perpetuou no universo do heavy metal. Este tipo de proposta levou a banda a sofrer numerosas críticas; os mais conservadores os acusavam de promover o "satanismo" e isso costumava alimentar reprovação de grande parte da opinião pública. No entanto, essas polêmicas só contribuíram mais para o sucesso que o Black Sabbath conquistou com sua grande audiência de jovens.
O próximo álbum, Paranoid, até hoje o maior sucesso comercial do grupo, sendo o marco inicial do heavy metal (primeiro nas colocações inglesas; sete discos de platina e um de ouro), é considerado de grande importância para as bases do heavy metal. O trabalho angariou para o Black Sabbath milhares de fãs em todo o mundo, graças a canções como "Paranoid", "Iron Man", "Electric Funeral" e "War Pigs". Com este trabalho, o grupo foi além da atmosfera sombria das músicas e abordou temas como a guerra do vietnã , com temas mais maduros. "War Pigs", por exemplo, é uma crítica a políticos considerados responsáveis pelos horrores da guerra e "Iron Man" tem um texto puramente ciência-ficção.
Em 1971, o grupo publicou o terceiro álbum, Master of Reality, de sucesso notável. Provavelmente foi o álbum mais obscuro e introspectivo da banda. Este trabalho, junto com o Black Sabbath e Paranoid, é considerado o álbum que inspirou o doom metal. Para além de canções do estilo Sabbath como "Children of the Grave" e "After Forever"(curiosamente acusada de blasfêmica, apesar de ter uma forte direção cristã), o álbum é conhecido, sobretudo, pelas suas estilísticas "alegações" (encontradas em canções como "Sweet Leaf", "Lord of This World", "Solitude" e "Into the Void"), que serviram de base para bandas como Saint Vitus e Candlemass.
Nota-se que o disco possui uma inovação particularmente interessante: Iommi, na verdade, toca com a guitarra em dó sustenido (um tom e meio abaixo da afinação tradicional), assim como Butler no baixo. Essa mudança, segundo declaração do guitarrista, foi feita por dois motivos: para se adaptar ao estilo vocal de Ozzy e para dar um som mais pesado para a sua música (mais tarde, a partir do álbum Heaven and Hell, a guitarra e o baixo são afinadas em ré sustenido). Devido a isso, o Black Sabbath talvez tenha inaugurado a chamada "limitação": uma prática que se tornaria quase uma norma para muitos grupos de rock e metal.
Sobre a grande importância do Black Sabbath até mesmo nos dias de hoje, o vocalista do Type O Negative, Peter Steele declara:
Na minha opinião, o Black Sabbath são aqueles que deram à luz ao que, geralmente, consideram o heavy metal, e não há uma banda na atualidade que não teve influência, em qualquer medida, do grupo do Tomy Iommi.
O álbum seguinte, Black Sabbath Vol. 4 de 1972, revelou a primeira de várias alterações no som da formação, devido a uma clara inluência do rock progressivo. Um dos pontos fortes do álbum é a balada "Changes", onde Osbourne canta acompanhado por piano e cordas. A canção é um exemplo de como os sons da formação teve evoluído, mas canções como "Tomorrow's Dream", "Snowblind" e "Supernaut" ainda mostram seu lado musical mais profundo.
Em 1973, a banda publica Sabbath Bloody Sabbath, álbum com a atmosfera caracterizada pelo rock progressivo ainda mais visível. Também conta a presença de Rick Wakeman do Yes que apareceu nos teclados, como membro externo. Entre as canções mais claramente progressistas pode citar a "Spiral Architect" e "A National Acrobat", mas ainda faltava o "clássico", com uma boa formação de "Sabbath Bloody Sabbath" e "Killing Yourself to Live". O disco foi outro grande sucesso e considerado um ponto importante na carreira artística.
Neste período, houve uma série de acontecimentos na banda. Todos os membros tiveram sérios problemas de dependência de drogas, em especial Osbourne e Ward que, após a admissão do cantor, fizeram uso de LSD todos os dias por mais de dois anos. Uma mudança de gravadora (de Vertigo para a Warner) tinha atrasado o lançamento do seu novo álbum, Sabotage, publicado somente em 1975. Do ponto de vista musical, o álbum é um dos mais variados do grupo, alternando as canções de heavy metal de "Hole in the Sky" e "Symptom of the Universe", para o canto gregoriano de "Supertzar", e sons de pop rock de "Am I Going Insane (Radio)".
O declínio e a despedida de Osbourne (1976-1979)
O próximo álbum, Technical Ecstasy de 1976, foi álbum de acesos debates com os seus adeptos, devido a um som mais flexível e para a presença de maestro e sintetizadores musicais. Embora alguns considerem positivamente o disco como muito ambicioso e inovador, que ajudou a desiludir os fãs do estilo inicial do grupo.
Em 1977, após a turnê de Technical Ecstasy, Osbourne deixou o grupo, consequência de tristes vicissitudes pessoais, devido a morte do seu pai, para além dos problemas derivados da sua dependência de álcool e drogas já impagável. Os restantes membros do grupo chegaram experimentar durante alguns meses com o cantor Dave Walker (ex-Fleetwood Mac), seguido pelo momentâneo regresso de Osbourne para o item de 1978, o álbum Never Say Die!.
Este trabalho segue as pegadas do álbum anterior, com sons eletrônicos e experimentais (Don Airey nos teclados). Em qualquer caso, a resposta do público foi relativamente negativa, apesar de apresentar boas músicas como "Junior's Eyes" e "Hard Road",garantiu como uma das piores da formação, sendo a faixa-título, a única para desfrutar de uma boa popularidade entre os seus fãs.
Em 1979, devido à irreversível conflito com outros membros da banda, Osbourne foi despedido pela sua tendência para o abuso de drogas e álcool. Após a saída de Osbourne, o grupo não apresentou uma formação sólida, atingindo muitas vezes, o ponto de instabilidade e assolando vários músicos durante a sua próxima carreira.
A despedida de Ozzy Osbourne, no entanto, preocupou a banda, pois ele contribuiu muito para o desempenho das canções e acima de tudo foi um grande animador do público durante os concertos ao vivo, e depois, encontrar um substituto digno foi difícil. Após a sua saída, ele foi substituído por Ronnie James Dio, ex-vocalista das bandas Elf e Rainbow.
O primeiro álbum com Dio, Heaven and Hell, foi um grande sucesso, permitindo que o grupo voltasse nas paradas, e nas vendas foi o melhor resultado da banda desde 1975, com as canções "Neon Knights", "Heaven and Hell", "Die Young" e outros que se tornaram peças significativas de sua discografia. O álbum também foi marcado pela entrada de Geoff Nicholls nos teclados. Embora nem sempre seja reconhecido como um membro oficial do grupo e forçadas a desempenhar no "backstage" dos concertos de "razões estéticas" (caso não isolado na paisagem do metal), Nicholls teve, desde então, indiscutível influência sobre o grupo, e mesmo nível compositivo.
A turnê do disco revelou, muito mais tarde, também sobre o carisma do novo cantor, a sua excelente voz e talento. Também durante o tour, Bill Ward teve que sair por razões pessoais (seus pais morreram, um após o outro, com os grandes problemas com álcool), e foi concluída por Vinny Appice (irmão de Carmine Appice, famoso baterista de Vanilla Fudge, Rod Stewart e King Kobra).
Foi durante esta excursão que Dio fez o famoso gesto de "chifres", posteriormente adaptado como uma espécie de "sinal de reconhecimento" pelos amantes do metal. No entanto, a paternidade deste gesto é o tema do debate, uma vez que também foi reivindicada por Gene Simmons do Kiss. No entanto, os críticos argumentam que este não foi introduzido na música, ou por Dio ou por Simmons, mas com os Beatles em 1967. Na verdade, as imagens promocionais do filme animado Yellow Submarine mostram John Lennon, com o gesto em cena. É também visível na capa do disco, onde Lennon mostra os chifres atrás de Paul McCartney. Além disto, Dio disse ter aprendido este gesto com sua avó, que o ensinou a fazer, para evitar mal olhado.
Voltando à arte da banda, Tony Iommi e os membros, com a ajuda de Appice, gravaram o álbum posterior, Mob Rules em 1981, um sucesso que também confirmou o novo estilo adquirido do Sabbath, graças às duas composições técnica de Dio. A faixa-título do álbum foi escolhida para a trilha sonora do filme Heavy Metal.
A saída e a rápida propagação do bootleg ao vivo, Live at Last (gravada pelo grupo com Ozzy, em uma turnê de 1973), convenceu o grupo a responder com um álbum ao vivo "oficial". Live Evil (1982) recolhe a maior parte das canções mais famosas do grupo (do Black Sabbath para Mob Rules). Esta publicação, no entanto, trouxe novos problemas: Iommi e Dio deram azo a debates acalorados no que se refere a mistura de sons, como o líder do Black Sabbath acusou o cantor de ter viajado para estudar a noite para aumentar o seu volume de voz e chamado de "pequeno Hitler". Tudo isto, houve uma série de controvérsias que convenceu o cantor a deixar a banda, levando com ele, o Appice.
A saída do Vinny Appice e de Ronnie James Dio, deu instabilidade na banda. Para o papel do baterista, Cozy Powell foi contratado, mas a resposta foi negativa. Esta lacuna foi preenchida pelo oportuno regresso de Bill Ward, porém encontrar um novo vocalista foi mais difícil do que o esperado. Foram adicionados Nicky Moore do Sanson e John Sloman da Lone Star, mas não foram tomadas. Iommi queria ter David Coverdale do Whitesnake em sua banda, mas o cantor recusou a proposta.
Assim, a investigação realizada por Iommi e Butler é orientada para o Ian Gillan (ex-Deep Purple), que naquele momento estava livre de qualquer compromisso, devido o problema com a sua voz. Os contatos entre as duas partes são representados por uma anedota bastante bizarra. Gillan disse que recebeu um telefonema de Iommi que pediu para se encontrar para conversarem. Os dois se encontraram em um pub chamado The Bear em Woodstock. Um dia depois, Gillan fica confuso, porque tinha bebido álcool no dia anterior, e recebeu um telefonema de seu empresário, Phil Banfield, que lhe disse para se encontrar com Black Sabbath para discutir com eles, desde que aceite a oferta de tornar-se seu novo vocalista. Praticamente, Gillan fez essa escolha, no estado de embriaguez e não se lembrar de nada.
Gillan, como o vocalista, foi possível a realização de Born Again (1983), álbum muito mais maciço do que os produzidos com Ozzy e Dio, que, embora queimado pelos críticos, recebendo nota 1,5 em cinco no AMG, registrou um sucesso significativo de vendas e alcançou o quarto lugar nas classificações inglesas, colocando assim canções como "Disturbing the Priest" e "Zero the Hero", ao menos para os fãs do álbum, no patamar de clássicos da banda. Este trabalho, como as do período de Ozzy, suscitou grande controvérsia, gerido pela P.M.R.C.. A canção "Trashed" foi criticada por incitação para o abuso do álcool que foi incluído em uma lista chamado de "Quinze Asquerosas" para designar as quinze canções mais escandalosas da música contemporânea.Gillan irá responder a estas acusações, dizendo que a canção fala de si próprio, quando dirigindo o seu carro por Bill Ward no estado de embriaguez fora do estúdio de gravação, destruído, que termina em um canal e colocando sua vida em perigo. Além disso a capa escolhida para o álbum foi intensamente criticada, com o próprio Gillan dizendo que a detesta, e também afirmando que ao ver a capa do álbum, simplesmente pegou o resto que tinha recebido em uma caixa e atirou pela janela
A associação entre Gillan e Sabbath foi apelidada, ironicamente por muitos jornais, como "Black Purple", o nome dado pela fusão de Black Sabbath e Deep Purple. Posteriormente foi tomada a turnê, e Ward se retirou novamente, e foi substituído por Bev Bevan (ex-Electric Light Orchestra). No final, Gillan volta ao Purple, no momento da nova reunião.
Com a saída de Ian Gillan, tirou a conclusão de um novo vocalista. Spencer Proffer, nesse momento, novo produtor da banda, contratou Ron Keel (ex-Steeler e Keel) para uma audiência, mas ao final não foi escolhido. A banda, a admissão de Keel, desejava o retorno de Ozzy. Outro candidato foi George Criston da banda canadense Kick Axe (outra banda gerida pelo Proffer).
Mais tarde, David Donato foi citado como vocalista oficial do grupo, que ficou por cerca de seis meses, mas não chegaram a fazer um álbum, por causa de sua inesperada demissão. As razões para o seu abandono estão envoltos em mistério, dito que ele foi despedido depois de um "horrível" emitido para a revista Kerrang!, mas tudo foi negado, enquanto outros defenderam que passou o Donato depois da gestão da banda. No entanto, Tony Iommi, em uma entrevista, preferiu não dizer nada sobre este evento.
Entre os poucos e raros exemplos do Black Sabbath com Donato é a canção "No Way Out", o que não é, senão uma primeira versão de "The Shining" (contido em The Eternal Idol, publicado em 1987). Donato, mais tarde, em 1986, fundou uma banda de glam metal chamada White Tiger, junto com o ex-guitarrista do Kiss, Mark St. John.
O mesmo Geezer Butler, após um longo tempo com grupo, abandona e forma uma banda (o "Geezer Butler Band"), mas não esculpidas qualquer álbum. A formação original devolvidos, temporariamente, durante o evento Live Aid em 1985, festival organizado por Bob Geldof e Midge Ure, onde o grupo compartilhou o palco com artistas como Queen, David Bowie, The Who, Madonna e U2.
Como a substituição de Donato, finalmente, foi matriculado o Jeff Fenholt em 1985. O vocalista teve uma breve experiência na banda Rondinelli, e permaneceu no Black Sabbath por sete meses, antes de Glenn Hughes toma o seu lugar. Na sequência, tinha tocado na banda Joshua, em que o disco Surrender foi publicado em 1986. Dois anos após a sua partida, quando publicou o Seventh Star, Fenholt alegou ter participado na gravação do álbum, apesar de não ser creditado. Com efeito, com Fenholt, foi gravado em 1985, uma demo intitulada Star of Índia, cujas ações serão utilizadas para liquidar a faixa-título. Posteriormente, Iommi chamou vários músicos: além de Geoff Nicholls (agora considerado um membro oficial), chegou Glenn Hughes (ex-Deep Purple e Trapeze), o baixista Dave Spitz e Eric Singer (sucessivamente no Kiss e, mais tarde, com Alice Cooper) na bateria.
Seventh Star de 1986, inicialmente um álbum solo de Iommi, porém, mais tarde, publicado por razões contratuais com a empresa discográfica, sob o nome de "Black Sabbath featuring Tony Iommi". Este álbum, ainda mais, marcou a volta da viragem que começou com Ronnie James Dio, os teclados, que passou a ser um instrumento fundamental para o seu novo estilo. No entanto, comparado com Born Again, o álbum teve pouco sucesso. Além disso, alega do trabalho foi objeto de discussão entre Iommi e Fenholt, que alegou ter participado na composição das faixas do disco. Fenholt, na verdade, deu um corte com o demo da banda, Star of Índia de 1985, e as canções aqui são parte de lista do Seventh Star.
Na fase inicial da turnê em 1986, Hughes deixa a banda, devido aos graves problemas com a voz, após receber um punhado na garganta no dirigente do grupo, Don Arden, durante uma disputa, e foi substituído por Ray Gillen. Entretanto, a carreira solo de Osbourne andava de velas inchadas (ele já havia publicado álbuns clássicos como Blizzard of Ozz e Diary of a Madman), e da crescente fama do cantor estava prestes a cada vez mais obscuro.
A preparação para o álbum The Eternal Idol, viu o reaparecimento, como percussionista, o baterista Bev Bevan e ingressou como baixista Bob Daisley (que também tocou com Ozzy). No meio de discos, Gillen saiu do grupo. Ele foi substituído por Tony Martin, e foi o último a cantar (com canções escritas originalmente por Gillen) para o álbum The Eternal Idol, embora entre os colecionadores, possam encontrar a versão original cantada por Gillen. A reunião entre o novo vocalista e o Iommi ocorreu através do gerente de Martin, antigo companheiro de escola do líder do Sabbath.
Martin foi muito apreciada, o seu talento foi comparado para muitos com o Ronnie James Dio, e participou ativamente na elaboração das canções. O álbum tem algumas referências ao passado (a canção homônima relembra sons escuros de Master of Reality), mantendo o estilo adotado nos últimos anos (a grande contribuição dos teclados). Mesmo este álbum, embora muitos considerem de bom nível, não teve o sucesso esperado.
Após o lançamento do álbum, a banda foi novamente à deriva e abalada por uma série de saídas; Iommi, Martin e Nicholls tiveram que contratar um novo baixista, (Jo Burt), e um novo baterista, (Terry Chimes do The Clash), na curta turnê promocional, que teve lugar em 1987, quase exclusivamente com datas na Europa.
Apesar destas mudanças em curso, a banda começou a estabilizar em torno das performances de Iommi (agora único membro original), Martin, Nicholls e que entrou em seguida (em substituição de Chimes), o baterista Cozy Powell (que já recebeu uma oferta de Iommi após a partida de Appice, mas nessa altura não aceitou). Com a adição de Laurence Cottle no baixo, o Sabbath publicou Headless Cross (1989), álbum que recebeu um bom sucesso, maior do que o Seventh Star e The Eternal Idol. A partir da canção-título, foi estabelecido um vídeo que foi transmitido por certo período na MTV.
Em 1990 (mais uma vez com um novo baixista: Neil Murray do Whitesnake, que já tocou na turnê de Headless Cross), o grupo consolidou esse "renascimento" com outro álbum, Tyr, que vendeu muito bem e que se seguiu em turnê no mesmo ano.
Os resultados alcançados com os álbuns Headless Cross e Tyr, em 1992, Tony Iommi convoca a formação do início dos anos 1980 (do álbum Mob Rules), com Geezer Butler, Ronnie James Dio e Vinny Appice. O álbum que surgiu, Dehumanizer (1992), foi um trabalho de som áspero e levou muito mais do que uma boa opinião pública e crítica. A banda preparou uma turnê muito bem sucedida, inclusive com passagem pelo Brasil, com apresentações na Pista de Atletismo do Ibirapuera, em São Paulo, e no Canecão, no Rio de Janeiro, ambas no ano de 1992. Depois destas apresentações, o Sabbath voltou a se apresentar no Brasil, na edição de 1994 do Festival Monsters Of Rock, mas já com outra formação.
Nessa altura, Osbourne anunciou a sua intenção de retirar da música por uma turnê (mais tarde, mudou de ideia, e organizou uma nova turnê chamada "Retirement Sucks"), e pediu a sua antiga equipe às últimas duas datas em Costa Mesa, Califórnia, em 14 e 15 de novembro. Dio não estava de acordo e acabou por sair novamente, em parte, porque o seu contrato expirou em 13 de novembro, um dia antes dos dois últimos concertos de Ozzy. Dio, porém, alegou que o real motivo de sua saída foi à persistência de divergências com Iommi, como em tempos de Heaven and Hell e Mob Rules. Para completar a turnê, Iommi chamou em última hora, Rob Halford do Judas Priest.
Com a saída de Dio e Appice, a banda chama Tony Martin e Geoff Nicholls e, com o novo baterista, Bobby Rondinelli lançam o Cross Purposes que vem com o clássico Cross Of Thorns, acompanhado de Cross Purposes Live, uma caixa de CDs e vídeos, publicado em 1994, e atualmente fora de impressão. Quando abandonou o grupo, Rondinelli foi substituído em surpresa, uma vez que o baterista original, Bill Ward, que assumiu a tempo para tocar as últimas quatro datas da turnê na América do Sul.
Mais uma vez, Ward e Butler abandonaram, e para o ano de 1995, regressou a formação do álbum Tyr, com Cozy Powell e Neil Murray, que lançam o álbum Forbidden, o álbum de estúdio mais recente do Black Sabbath que não tem recebido bons conselhos do público e da crítica. O rapper Ice-T cantou junto com o Martin, a canção "Illusion of Power". Na turnê, Powell acompanhou apenas as datas da turnê dos EUA, enquanto aqueles que na Europa, Rondinelli ficou no seu lugar.
Em 1996, a Castle Records publicou algumas canções do álbum Born Again até Forbidden, na coletânea intitulada de The Sabbath Stones.
Em 1997, Ozzy deu vida em seu festival Ozzfest. Na última parte do show, Butler e Iommi (e posteriormente, também Ward) apareceram no palco para tocar algumas canções clássicas do Sabbath. Com a formação original, foi gravado em 1998, o álbum duplo ao vivo, Reunion, composto exclusivamente de canções de Osbourne em versões ao vivo, mas que também incluiu mais de duas novas canções de estúdio. Em 2000, a banda foi premiada pelo Grammy na categoria "Melhor Desempenho de Metal", graças à canção "Iron Man".Parecia que a formação ia retornar na unidade histórica para a gravação de um novo álbum, mas não terminou o caso. A preparação de um novo trabalho registrado foi iniciada em 2001, mas, provavelmente, devido às restrições impostas por contratos de Osbourne em suas atividades solista, não houve qualquer resultado. Em 2004, o Sabbath teve tocado em uma nova turnê do Ozzfest (com Adam Wakeman, filho de Rick, nos teclados, substituindo Geoff Nicholls), que celebra o seu trigésimo quinto aniversário, e também em 2005, viu-lhes participar na caravana adicionando algumas datas na Europa.
Em 13 de março de 2006, Black Sabbath entraram no Rock and Roll Hall of Fame. Eles foram introduzidos pela banda Metallica que também tocou duas canções da banda do Iommi ("Hole in the Sky" e "Iron Man").
Quando parecia que já tinha chegado ao seu final, e a retirada do cenário musical, em outubro de 2006, foi anunciada uma turnê no principal festival europeu de metal, a formação do álbum Heaven and Hell: Dio, Iommi, Butler e Ward.
O seu nome para esta excursão foi Heaven & Hell. Em novembro de 2006, Ward abandonou o projeto, porque eles disseram, muito vagamente, que houve especulações sobre o novo nome do grupo, e foi substituído por Vinny Appice. Em 3 de abril de 2007, o grupo tem vindo a publicar The Dio Years, compilação de canções compostas com Dio, e também contendo faixas inéditas. Eles tocaram no Gods of Metal em junho de 2007.
Embora pensassem que o projeto Heaven and Hell seria concluído, o grupo permanece unido, lança o álbum The Devil You Know, o primeiro desde o álbum de 1995, Forbidden e já saiu em turnê, passando pelo Brasil . Porém, Ozzy manifestou o seu desejo de ser capaz de gravar novo material com a formação original do Sabbath.
Em 2009, Ozzy Osbourne processou Tony Iommi pelo uso da marca Black Sabbath. Ozzy alega que Iommi registrou ilegalmente para si a propriedade sobre o nome da banda, em processo junto ao escritório de marcas e patentes dos Estados Unidos. Ozzy pede 50% de direito de propriedade sobre a marca, junto com uma parte dos lucros que Iommi obteve de seu uso ao longo dos anos. Segundo a corte federal de Manhattan, o processo ainda alega que foram os "vocais singulares de Ozzy" os principais responsáveis pelo "extraordinário sucesso" do Black Sabbath em sua primeira década de existência, apontando o fato de que a popularidade do Black Sabbath caiu após sua saída do grupo. O curioso disso tudo é que, apesar dos direitos sobre o nome Black Sabbath pertencerem a Iommi, ele foi cunhado por Geezer Butler em homenagem ao filme O Sabá Negro (No original, Black Sabbath), de 1963. Em junho de 2010, a batalha legal entre os dois sobre os direitos do nome da banda teria sido encerrada, mas os termos deste acordo não foram divulgados.
No dia 16 de maio de 2010, Ronnie James Dio sucumbiu ao câncer de estômago e morreu aos 67 anos. A morte de Dio foi confirmada por sua esposa, Wendy Dio, que publicou um comunicado na página oficial do músico. “Hoje meu coração está partido, Ronnie morreu às 7h45 . Muitos amigos e familiares puderam dizer adeus antes dele morrer pacificamente”, escreveu Wendy.
Em homenagem a Dio, foi organizado um show tributo contando com os vocalistas Glenn Hughes e Jorn Lande(Masterplan). Em entrevista, Iommi diz que este será o último show do Heaven & Hell. "Nós escolhemos o nome porque a banda consistia na formação do Black Sabbath que gravou o disco Heaven and Hell. Não poderíamos continuar com este nome sem Ronnie. Não seria certo, e nenhum de nós possui o desejo de fazer isso. Nem poderíamos nos chamar de Black Sabbath". De acordo com Geezer Butler, não haverá reunião do Black Sabbath com Ozzy em 2011, porque Osbourne estará em turnê com sua banda solo.
Em 24 de janeiro, Osbourne disse que ele e seus ex-companheiros estão no processo de discutir uma possível reunião e um álbum de estúdio, mas nada está definido ainda.
Em 4 de novembro de 2011 o site oficial do Black Sabath começou a exibir a logomarca com a data 11/11/11 ou 11 de novembro de 2011, o que pode ser uma possível reunião do grupo.
No dia 11 de novembro do mesmo ano, o site oficial da banda lançou um vídeo no YouTube, revelando que vão lançar um novo álbum em Junho de 2012, com uma turnê mundial.

Pink Floyd
Pink Floyd foi uma banda de rock britânica formada em Cambridge, Inglaterra, em 1965, que atingiu sucesso internacional com sua música psicodélica e progressiva. Seu trabalho foi marcado pelo uso de letras filosóficas, experimentações musicais, capas de álbuns inovativas e shows elaborados. O Pink Floyd é um dos grupos de rock mais influentes e comercialmente bem-sucedidos da história, tendo vendido mais de 200 milhões de álbuns ao redor do mundo. A banda foi induzida ao Hall da Fama do Rock and Roll em 1996.
A banda, originalmente, consistiu dos estudantes Roger Waters, Nick Mason, Richard Wright e Syd Barrett. Fundado em 1965, eles, inicialmente, tornaram-se populares tocando no cenário underground londrino, no fim dos anos 60. Sob a liderança de Barrett, lançaram dois singles ("Arnold Layne" e "See Emily Play") e um bem-sucedido álbum de estreia, The Piper at the Gates of Dawn, de 1967. O nome Pink Floyd é a abreviação de The Pink Floyd Sound, nome sugerido por Barrett em homenagem a dois músicos de blues admirados por ele: Pink Anderson e Floyd Council.
O guitarrista e vocalista David Gilmour juntou-se à banda em 1968, meses antes da saida de Barrett do grupo, devido ao seu estado de deterioração mental, agravado pelo uso de drogas. Na sequência da perda de seu principal letrista, Roger Waters tornou-se o principal compositor e líder conceitual do grupo, com Gilmour assumindo a guitarra solo e parte dos vocais. Com essa formação o Pink Floyd atingiu o sucesso internacional com álbuns como The Dark Side of the Moon, Wish You Were Here, Animals e The Wall.
Wright deixou o grupo em 1979, e Waters em 1985, mas Gilmour, Mason e, subsequentemente, Wright, continuaram a gravar e se apresentar. Waters processou-os por questões legais relacionadas ao uso do nome "Pink Floyd"; todavia, a disputa foi resolvida com uma decisão que permitiu à Gilmour e Mason que continuassem a usar o nome, ainda livrando Waters de quaisquer obrigações contratuais com a banda. Dois álbuns foram lançados após esse conflito: A Momentary Lapse of Reason e The Division Bell. Após quase duas décadas de amargor entre seus membros, o Pink Floyd se reuniu em 2005 para uma única apresentação, no concerto para a caridade Live 8. Wright morreu em 2008. Os membros restantes — Waters, Gilmour e Mason — reuniram-se novamente, para um show da The Wall Tour de Waters, em 12 de maio de 2011, na O2 Arena, em Londres; Gilmour tocou "Comfortably Numb" com Waters e "Outside the Wall" com Mason e Waters.
Em entrevista concedida ao jornal italiano La Repubblica no dia 3 de fevereiro de 2006, Gilmour indicava o fim do Pink Floyd, declarando que o célebre grupo não produzirá qualquer novo material, nem voltará a reunir-se novamente. No entanto a possibilidade de se fazer uma apresentação similar ao Live 8 não foi descartada tanto por Gilmour ou Mason.
Os Pink Floyd evoluíram de uma banda de rock formada em 1964 que teve vários nomes - Sigma 6, The Meggadeaths, Tea Set e The Abdabs, The Screaming Abdabs, The Architectural Abdabs. Quando a banda se separou, alguns membros---os guitarristas Rado "Bob" Klose e Roger Waters, o baterista Nick Mason e o instrumentista de sopro, Rick Wright---formaram uma nova banda, chamada "Tea Set". Depois de um pequeno período com o vocalista Chris Dennis, o guitarrista e vocalista Syd Barrett se juntou a banda, com Waters mudando para o baixo.
Quando os Tea Set descobriram que outra banda tinha esse mesmo nome, Barrett deu a ideia de um nome alternativo, Pink Floyd Sound, em homenagem aos músicos de blues Pink Anderson e Floyd Council. Por um tempo a banda oscilou entre os dois nomes, até se decidirem pelo segundo. O "Sound" foi deixado de lado rapidamente, mas o "The" continuou sendo usado regularmente até 1968. Os primeiros lançamentos no Reino Unido da banda, durante a era do Syd Barrett, vinham creditados como The Pink Floyd, assim como em seus dois primeiros singles nos EUA. Sabe-se que David Gilmour tenha se referido ao grupo como The Pink Floyd até 1984.
Klose - que era bastante influenciado pelo jazz, saiu depois de ter gravado somente uma demo, deixando uma formação diferente com Barrett na guitarra e vocais principais, Waters no baixo e vocais de apoio, Mason na bateria e percussão, e Wright revezando nos teclados e vocais de apoio. Barrett logo começou a escrever suas próprias composições, influenciado pelo rock psicodélico Norte-americano e britânico (também pelo surf music), com extravagância e humor. O Pink Floyd se tornou favorito no movimento underground, tocando em casas como UFO Club, the Marquee Club e The Roundhouse. No fim de 1966, a banda foi convidada para contribuir com canções no documentário "Tonite Let's All Make Love in London", de Peter Whitehead. Eles foram filmados tocando duas faixas, ("Interstellar Overdrive" e "Nick's Boogie") em janeiro de 1967. Apesar de que quase nenhuma dessas canções tenham participado do filme, elas acabaram sendo lançadas como "London 1966/1967" em 2005.
Como a popularidade da banda ia crescendo, os membros formaram a Blackhill Enterprises em outubro de 1966, uma sociedade a seis, com seus agentes Peter Jenner e Andrew King, lançando os singles, "Arnold Layne", em março de 1967 e, "See Emily Play". em junho de 1967. "Arnold Layne" alcançou o número 20 das paradas britânicas, e "See Emily Play" alcançou número 6, o que garantiu à banda a primeira participação em cadeia nacional no programa de TV Top of the Pops em julho de 1967. Anteriormente, eles haviam aparecido tocando "Interstellar Overdrive" no UFO Club, em um curto documentário, "It's So Far Out It's Straight Down". Isso foi ao ar em Março de 1967, mas apenas transmitido à região de Granada do Reino Unido.
Lançado em Agosto de 1967, o primeiro álbum da banda, The Piper at the Gates of Dawn, é atualmente considerado um ótimo exemplo da música psicodélica britânica, e foi bem recebido pelo críticos da época. Atualmente, é visto como o melhor primeiro álbum por muitos críticos. As faixas, predominantemente escritas por Barrett, mostram letras poéticas e uma mistura eclética de música, desde a faixa de vanguarda com livre-forma, "Interstellar Overdrive", até canções "assobiavéis" como "The Scarecrow", inspirada nas Fenlands, uma região rural ao norte de Cambridge (cidade de Barrett, Waters e Gilmour). As letras eram inteiramente surreais, às vezes fazendo referência ao folclore, como em "The Gnome". A canção refletia novas tecnologias de eletrônicos, com o uso constante de espaçamento no estéreo, edição de fita, efeitos de eco, e teclados. O álbum foi um hit no Reino Unido, onde alcançou a 6ª posição das paradas, mas não foi muito bem na América do Norte, alcançando a posição número 31 nas paradas dos EUA. Durante esse período, a banda excursionou com Jimi Hendrix, o que ajudou a aumentar sua popularidade. Um fato notável sobre o disco é que ele foi gravado simultaneamente ao aclamado Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band dos Beatles, no estúdio da Abbey Road, e os integrantes das bandas frequentemente se encontravam no corredor e conversavam sobre influencias musicais. Ambos álbuns são hoje citados como o início do rock progressivo.
Enquanto a banda se tornava mais popular, o stress da vida na estrada e o consumo relevante de drogas de Syd Barrett deteriorou sua saúde mental. O comportamento de Barrett foi se tornando cada vez mais imprevisível e estranho, fato atribuído ao constante uso de LSD. Conta-se que às vezes ele ficava encarando algum ponto, enquanto a banda tocava; durante algumas apresentações, ele somente tocaria um acorde o concerto inteiro, ou aleatoriamente desafinava sua guitarra.
Chegou um momento em que os outros membros da banda decidiram por simplesmente não levar mais Syd para os shows. Chamaram então o guitarrista David Gilmour, já conhecido de Barrett e Waters, e quem ensinou Syd a tocar guitarra, que se juntou à banda para ajudar Barrett com suas tarefas, apesar de Jeff Beck ter sido considerado. Inicialmente, esperava-se que Barrett fizesse composições enquanto Gilmour tocaria nos shows. Mas composições como "Have You Got It Yet", com progressões de acordes e melodias diferentes a cada take, fez com que o resto da banda desistisse dessa ideia. O último show da banda com Barrett foi em 20 de janeiro de 1968, em Hastings Pier, mas a saída de Barrett só foi formalizada em abril de 1968. Os produtores Jenner e King, decidiram continuar com Syd, o que pos fim à sociedade Blackhill Enterprises e fez a banda escolher Steve O'Rourke como empresário, que permaneceu com eles até sua morte em 2003.
Depois de gravar dois álbuns solo (The Madcap Laughs e Barrett) em 1970 (co-produzido por, e as vezes com participações de Gilmour, Waters e Wright) com sucesso razoável, Barrett então foi para reclusão, ideia muitas vezes rebatida por sua família, que disse não ter sido exatamente assim. Novamente chamado pelo nome oficial, Roger Keith "Syd" Barrett, viveu uma vida pacata em sua cidade natal, Cambridge, até sua morte em 7 de Julho de 2006.
Esse foi um período de experimentações musicais da banda. Cada um dos integrantes do Pink Floyd - Gilmour, Waters e Wright - contribuía com canções que tinham sua própria sonoridade e voz, o que resultava num material menos consistente e coeso que o da era Barrett, quando o som era mais trabalhado. Se anteriormente Barrett era a voz e o compositor principal, agora Gilmour, Waters e Wright dividem composições de letras e vozes principais. Geralmente, Waters escrevia canções mais lentas, com melodias de Jazz, linhas de baixos complexas e dominantes, e letras simbólicas; Gilmour focava-se em jams de blues levadas pela guitarra; e Wright preferia melodias pesadas psicodélicas de teclado. Diferente de Waters, Gilmour e Wright preferiam faixas que tinham letras simples ou que fossem puramente instrumentais. Alguns números músicais mais experimentais da banda são desse período, como "A Sauceful of Secrets", contendo bastante barulhos, feedback (realimentação), percussões, osciladores, loops; e "Careful with That Axe, Eugene" (que foi chamada por vários outros nomes também), uma faixa levada por Waters, com baixo e um pesado improviso de teclado, culminando em uma bateria forte, e gritos de Waters.
Enquanto Barrett escreveu praticamente todo o primeiro álbum, nesse álbum ele participa das composições com "Jugband Blues". Barrett também tocou nas faixas "Remember A Day" (gravada durante as sessões do The Piper) e "Set The Controls For The Heart Of The Sun" (a única faixa que apresenta Barrett e Gilmour dividindo as guitarras). "A Saucerful of Secrets" foi lançado em junho de 1968, alcançando número 9 das paradas do Reino Unido e se tornando o único álbum do Pink Floyd que não apareceu nas paradas dos EUA. De algum jeito, apesar da saída de Barrett, o álbum ainda contém bastante da sonoridade psicodélica combinada com mais música experimental que seria amplamente mostrada em Ummagumma. A faixa principal, A Saucerful of Secrets, com doze minutos de duração, chegou ao estilo épico de duração que composições futuras chegariam. Se o álbum foi mal recebido pelos críticos da época, muitos críticos de hoje tendem a ser mais leves nas críticas dentro do contexto da carreira do Pink Floyd.
Os Pink Floyd foram recrutados pelo diretor Barbet Schroeder para produzir uma trilha sonora para um filme seu, "More", que estreou em maio de 1969. A obra foi lançada como um álbum do Floyd em seu próprio direito, Music From the Film More (também chamado simplesmente como "More"), alcançando o nono lugar das paradas do Reino Unido e chegando ao 153º lugar das paradas dos EUA em 1969. Críticos tendem a achar o conjunto da música para o filme como remendada e desigual. A banda usaria isso e sessões de trilha sonoras futuras para produzir trabalhos que não se encaixavam na ideia do que deveria aparecer em um álbum do Pink Floyd; a maioria das faixas do "More" foram canções folk, acústicas. Duas dessas canções, "Green Is the Colour" e "Cymbaline", se tornaram comuns em repertórios da banda por um tempo e também parte do suite "The Man & The Journey", como pode ser ouvido em muitas gravações de bootlegs desse período. "Cymbaline" também foi a primeira canção do Pink Floyd a lidar com a atitude cínica de Waters contra a indústria fonográfica explicitamente. O resto do álbum consiste em canções incidentais de vanguarda da trilha (algumas dessas também fizeram parte do concerto The Man/The Journey) e algumas faixas de rock mais pesadas jogadas no meio, como "The Nile Song".
O próximo álbum, o quadruplo Ummagumma, foi uma mistura de gravações ao vivo e experimentações de estúdio dos membros, em que cada um gravou metade do lado do vinil como um projeto solo (a noiva de Mason da época faz uma contribuição não-creditada como flautista). Apesar do álbum ter as gravações solo e ao vivo, era esperado originalmente que fosse uma mistura de vanguarda, de sons de instrumentos "achados". As conseqüentes dificuldades de gravação e falta de organização em grupo levou ao fechamento desse projeto. O título é uma gíria sexual de Cambridge e reflete a atitude da banda naquela época. A banda foi amplamente experimental no álbum de estúdio, que contém a composição puramente folk de Waters "Grantchester Meadows", uma peça de piano dissonante, "Sysyphus", uma composição com uma textura mais progressiva, "The Narrow Way", e um grande solo de percussão, "The Grand Vizier's Garden Party". "Several Species of Small Furry Animals Gathered Together in a Cave and Grooving with a Pict" é uma canção de 5 minutos, composta inteiramente pela voz de Roger Waters tocada em diferentes velocidades, resultando em barulhos que lembram roedores e pássaros. Grande parte do álbum de estúdio já era tocado ao vivo no concerto conceitual "The Man & The Journey". O álbum ao vivo apresenta aclamadas performances de algumas das mais populares canções da era psicodélica deles, fazendo com que o álbum fosse mais bem recebido pelos críticos do que os dois álbuns anteriores. A obra foi o trabalho mais popular até essa época, alcançando 5º posição no Reino Unido e 74º lugar nos EUA.
Atom Heart Mother, de 1970, foi a primeira gravação da banda com uma orquestra, com colaboração do compositor de vanguarda Ron Geesin. Um lado do álbum consistia na faixa-título de quase 24 minutos de duração, uma longa suite de orquestração de rock. O segundo lado apresentava uma canção de cada membro da banda, até então vocalistas ("If", a canção folk-rock de Roger Waters; a levada de blues "Fat Old Sun" de David Gilmour; e a nostálgica "Summer '68", de Rick Wright). Outra faixa longa, a "Alan's Psychedelic Breakfast" foi uma colagem de som, de um homem cozinhando e comendo um café-da-manhã e seus pensamentos, ligados com instrumentais. O uso de barulhos, efeitos sonoros incidentais e samplers de voz seria, no futuro, uma parte importante do som da banda. "Atom Heart Mother" possui uma das mais enigmáticas capas de álbuns até hoje, estampando a "Lullubelle III", foto retirada no interior inglês. Este foi também o primeiro álbum da banda com grande propaganda. Apesar de "Atom Heart Mother" ter sido considerado um grande passo para trás pela banda na época, é até hoje considerado pelos fãs como um dos mais inacessíveis álbuns. Ele teve a melhor performance da banda nas paradas até então, alcançando o 1º lugar no Reino Unido e o 55º, nos EUA. Tem sido descrito tanto como "um monte de besteira" por Gilmour, quanto "jogue-o na gaveta e nunca mais o ouça" por Waters. O álbum foi um componente desta fase transitória do grupo, explorando diferentes territórios musicais. A popularidade do álbum permitiu que o Pink Floyd embarcasse em sua primeira turnê completa pelos EUA.
Antes do lançamento do seu próximo álbum original, a banda lançou uma coletânea chamada "Relics", que continha vários singles do começo da carreira e B-sides, além de uma canção original (estilo Jazz por Waters, "Biding My Time", parte do concerto "The Man/The Journey", gravada durante as sessões do 'Ummagumma). Eles também contribuíram para a trilha sonora do filme "Zabriskie Point", apesar de muitas contribuições deles terem sido descartadas pelo diretor Michelangelo Antonioni.
Durante esse período, o Pink Floyd se distanciou da cena psicodélica e se tornou uma banda distinta, até dificil de se classificar. Os estilos divergentes dos principais compositores - Gilmour, Waters e Wright - se amalgamaram em uma sonoridade única. Essa era contém o que muitos consideram serem dois álbuns obras-primas da carreira da banda, The Dark Side of the Moon e Wish You Were Here. O som se tornou mais trabalhado e com colaboração de todos, incluindo letras filosóficas e linhas de baixos mais aparentes de Waters, estilo único de guitarra de blues de Gilmour e assustadoras melodias de teclados e texturas harmônicas de Wright. Gilmour foi o vocalista dominante desse período, e contribuições de corais femininos e o saxofone de Dick Parry se tornaram parte do estilo da banda.
O som destonal e duro do começo da carreira da banda abriu caminho para um som bastante suave e calmo, que chegou ao máximo com "Echoes". Esse período marcou o fim da era verdadeiramente colaborativa da banda; depois de 1973, a influência de Waters se tornou cada vez mais dominante musicalmente e nas letras. A última composição creditada por Wright e última participação como vocal principal num álbum de estúdio até Division Bell, de 1994, é desse período ("Shine On You Crazy Diamond" e "Time", respectivamente). Os créditos de letra de Gilmour também diminuiram gradualmente em frequência até a saída de Waters da banda em 1985, embora ele tenha continuado a fazer a voz principal e escrever canções durante o período. Os últimos laços com Barrett estão presentes em Wish You Were Here, cuja canção principal, "Shine On You Crazy Diamond", foi escrita como tributo e elogio a Barrett.
A sonoridade da banda foi consideradamente mais focalizada em Meddle (1971), com a canção épica de 23 minutos, "Echoes", tomando todo o lado B do álbum. "Echoes" é uma leve canção de rock progressivo com longos solos de guitarra e teclado, e uma longa seção intermediária consistindo praticamente só de música sintetizada produzida por guitarras, órgãos e sintetizadores, complementada por um pedal wah wah de guitarra ao contrário. Conseguiu-se, dessa forma, algo que soava como samplers de albatrozes, descrito por Waters como um "poema sônico". Meddle foi considerado por Nick Mason como "o primeiro álbum real do Pink Floyd. Ele introduziu a ideia de um tema a que o álbum pode ser voltado." O álbum teve som e estilo bem sucedidos na época em que foi lançado, mas não teve a presença da orquestra que foi notável em Atom Heart Mother. Meddle também inclui a atmosférica "One of These Days", uma canção muito utilizada em concertos, apresentando uma única linha de voz de Nick Mason ("One of these days, I'm going to cut you into little pieces"), slide guitar distorcida e com estilo de blues, e uma melodia que, em certo ponto, se esvai em um pulso sintético, citando o tema de um clássico programa de TV, Doctor Who. O sentimento melancólico dos próximos três álbuns está bastante presente em "Fearless". Essa faixa mostra influência de folk e contém uma substancial slide guitar em "A Pillow of Winds", uma das únicas canções acústicas do Floyd que lidam com amor. O papel de Waters como escritor começa a tomar forma com sua "San Tropez" em estilo de jazz, que ele trouxe praticamente completa para a banda. Meddle foi recebido entusiasticamente por críticos e fãs e alcançou 3º lugar no Reino Unido. Nos EUA não passou do 70º lugar. De acordo com Nick Mason, isso foi em parte porque a Capitol Records não promoveu o álbum com publicidade suficiente. Hoje, Meddle resiste como um dos mais aclamados trabalhos da banda.
Obscured By Clouds foi lançado em 1972 como trilha sonora para o filme La Valle, outro filme independente de Barbet Schroeder. Foi um dos álbuns da banda a chegar ao Top 50 nos EUA (onde alcançou 4º lugar) e chegou ao 1º lugar no Reino Unido. Embora Mason tenha descrito o álbum anos depois como "sensacional", ele foi pouco aclamado pelos críticos. As letras de "Free Four", a primeira canção do Pink Floyd a tocar razoavelmente nas rádios dos EUA, introduziram os pensamentos da morte do pai de Waters na Segunda Guerra Mundial, o que se repetiria nos álbuns seguintes. Outras duas canções do álbum, "Wot's... Uh The Deal" e "Childhood's End", também lidaram com temas que voltaram a ser usados em álbuns futuros (solidão e desespero), que se tornariam mais comuns na era liderada por Roger Waters; e temas que também seriam trabalhados bastante no próximo álbum, como fixação na vida, morte, e a passagem do tempo. "Childhood's End", inspirada no livro do Arthur C. Clarke de mesmo nome, foi a última contribuição de letra de Gilmour por 15 anos. O álbum foi, de modo geral, diferente em estilo de Meddle, e as vezes até considerado como folk-rock, blues-rock e levada de piano soft-rock:"Burning Bridges", "The Gold It's in the..." and "Stay" sãoos melhores exemplos de cada estilo.
O lançamento com sucesso em massa de 1973, The Dark Side of the Moon, foi o ápice de popularidade da banda. O Pink Floyd havia parado de lançar singles depois de "Point Me at the Sky" em 1968, e nunca havia sido uma banda levada pelos singles hits, mas Dark Side of the Moon teve um single no Top 20 dos EUA com "Money".
O álbum foi o primeiro a chegar ao 1º lugar das paradas dos EUA, e até Dezembro de 2006 havia acumulado 15 milhões de unidades vendidas no mercado americano, tornando-se um dos álbuns com melhor desempenho comercial da história dos EUA. No mundo todo, Dark Side superou 40 milhões de cópias vendidas. O álbum ficou no Top 200 da Billboard por 1094 semanas (incluindo 591 semanas consecutivas, de 1976 até 1988), um feito sem precedentes que estabeleceu um record mundial. Ele também permaneceu 1301 semanas nas paradas do Reino Unido e, apesar de não ter passado da 2ª posição lá, foi extremamente bem recebido pelos críticos.O saxofone forma uma parte importante do som do álbum, expondo a influência de Jazz da banda (especialmente a de Rick Wright) e cantoras de apoio, fazem uma parte principal em ajudar a diversificar a textura do álbum. Por exemplo, canções como "Money" e "Time" são colocadas em ambos sons melancólicos de slide guitar (remanescente do Meddle) em "Breathe (Reprise)", e levada, pelo canto feminino "The Great Gig in the Sky" (com Clare Torry nos vocais principais), enquanto a minimalista em instrumentos "On the Run" é tocada praticamente inteira em um único sintetizador. Efeitos sonoros incidentais e partes de entrevistas são apresentadas ao longo das canções, a maioria delas, gravadas em estúdio. As entrevistas de Waters começavam com perguntas como "Qual é sua cor favorita?" uma tentativa em deixar as pessoas mais confortáveis. Então ele perguntava "Quando foi a última vez que você foi violento? E você estava certo?" Outras perguntas também eram, "Você tem medo de morrer ?" As letras do álbum e tentativa de som em descrever as diferentes pressões que a vida no dia-a-dia atua no ser humano. Esse conceito (concebido por Waters em uma reunião da banda por perto da mesa da cozinha do Mason) provou ser poderoso com a banda, e juntos eles fizeram uma lista de temas, vários, os quais seriam re-utilizados em álbuns seguintes, como o uso de violência e a futilidade da guerra em "Us and Them", e temas como insanidade e neurose discutido em "Brain Damage". As complicadas e precisas formas de engenheiro no som do álbum, com Alan Parsons, ditaram novos parâmetros para fidelidade de som; o que virou um aspecto reconhecível da banda, e foi um forte forma no que diz a longa permanência nas paradas do álbum, enquanto audiófilos constantemente trocam suas cópias desgastadas.
Procurando capitalizar a sua recém chegada fama, a banda também lançou uma coletânea chamada A Nice Pair, o que foi uma junção dos dois primeiros álbuns, The Piper at the Gates of Dawn e A Saucerful of Secrets. E também foi durante esse período que o diretor Adrian Maben lançou o primeiro filme concerto do Pink Floyd, o Live at Pompeii. O corte original para os cinemas, apresentava a banda tocando em 1971 num anfiteatro em Pompeia com nenhum plateia presente, exceto pela equipe de filmagem e equipe da banda. Maben também gravou entrevistas e os bastidores da banda durante as sessões de gravações do Dark Side of the Moon nos estúdios Abbey Road; apesar da cronologia dos eventos indicar que as sessões de gravação podem ter acontecido depois da gravação, eles promoveram uma olhada no processo envolvido na produção do álbum. Essas filmagens foram incorporadas em futuros lançamentos de Live at Pompeii.
Depois do sucesso do Dark Side, a banda não estava certa sobre sua direção futura e estava preocupada em como conseguiriam superar a enorme popularidade daquele álbum. Em retorno ao experimentalismo, eles começaram a trabalhar em um projeto chamado Household Objects, que consistia em canções tocadas literalmente em objetos caseiros. No entanto o planejamento do álbum foi logo deixado de lado, depois que a banda decidiu que seria mais fácil e melhor tocar canções em instrumentos de verdade. Nenhuma gravação terminada dessas sessões existe, mas alguns efeitos gravados foram usados no próximo álbum.
Wish You Were Here, lançado em 1975, carrega um tema abstrato de abstência de qualquer humanidade dentro da indústria fonográfica e, mais importante, a abstência de Syd Barrett. Bem conhecido por sua faixa-título, o álbum inclui o grande instrumental de nove partes "Shine On You Crazy Diamond", um tributo para Barrett em que as letras lidam explicitamente com seu declínio. A maioria das influências musicais do passado da banda foram juntas - teclados atmosféricos, peças de guitarras de blues, solos de saxofone (por Dick Parry), fusão de Jazz com agressiva slide guitar - nas várias partes ligadas da suite, culminando numa marcha fúnebre, tocada por sintetizador, e terminando com uma citação musical do antigo single "See Emily Play" como final demonstração da liderança inicial de Barrett na banda. As demais faixas, "Welcome to the Machine" e "Have a Cigar", criticam duramente a indústria fonográfica e essa última foi cantada por cantor folk Roy Harper. Essa foi o terceiro álbum do Pink Floyd a chegar ao 1º lugar das paradas do Reino Unido e dos EUA, e os críticos o aclamam tão entusiasticamente quanto Dark Side of the Moon.
Em uma história conhecida, um homem obeso, com cabeça e sobrancelhas inteiramente raspadas, andou pelo estúdio enquanto a banda mixava "Shine On You Crazy Diamond". A banda não o reconheceu por um tempo, quando de repente um deles percebeu que ele era Syd Barrett. Quando perguntado como ele chegou àquele peso, ele respondeu "Eu tenho uma frigideira grande na cozinha e eu estive comendo bastante carne de porco". Em uma entrevista em 2001 no documentário da BBC "Syd Barrett: Crazy Diamond" (lançado posteriormente em DVD como "The Pink Floyd Story and Syd Barrett Story"), a história é contada por inteira. Rick Wright disse sobre a sessão, dizendo "Uma coisa que fica na minha mente, que eu nunca esquecerei; eu estava indo para as sessões de Shine On. Eu fui ao estúdio e eu vi esse cara sentado no fundo do estúdio, ele estava distante, do mesmo jeito que eu de você. E eu não o reconheci. Eu disse -quem é aquele cara atrás de você?- -"Aquele é o Syd". Eu não acreditei… ele havia raspado todo seu cabelo… digo, suas sobrancelhas, tudo… ele estava pulando para cima e para baixo escovando seu dente, aquilo foi horrível. E ah, eu estava, quer dizer, Roger estava em prantos, eu acho que ele estava; nós estávamos em prantos. Aquilo foi realmente chocante… sete anos sem contato algum e de repente ele aparece enquanto estávamos fazendo aquela faixa. Eu não sei - coincidência, carma, destino, quem sabe? Mas aquilo foi, muito, muito poderoso". No mesmo documentário, Nick Mason disse: "Quando eu penso sobre isso, eu ainda posso ver seus olhos, mas… foi o resto que estava diferente". Na mesma entrevista Roger Waters disse: "Eu não tive ideia de quem ele foi por um bom tempo". David Gilmour contou: "Nenhum de nós reconheceu ele. Raspado… raspado careca e bem gordo". Na versão definitiva de 2006 do documentário, as entrevistas com os ex-parceiros de banda de Barrett estão inclusas sem edição, com bem mais detalhes dos sentimentos e ações deles, durante o trágico esgotamento e a saída de Barrett da banda.
Durante essa era, Waters tomou cada vez mais e mais controle do trabalho do Pink Floyd. Waters demitiu Wright depois que o The Wall foi terminado, argumentando que Wright não estava contribuindo muito, em parte por causa do vicio de cocaína. Waters declarou que Gilmour e Mason apoiaram a decisão para demiti-lo, mas em 2000 Gilmour declarou que ele e Mason foram contra a demissão. Nick Mason disse que Wright foi demitido por causa da Columbia Records que ofereceu a Waters um substancial bônus, para finalizar o álbum a tempo para um lançamento em 1979. Desde que Wright recusou voltar mais cedo de suas férias de verão, Waters queria demití-lo. Wright foi demitido da banda, mas continuou para terminar o álbum e tocar na turnê como um músico pago.
A maioria da música desse período é considerada secundária em relação às letras, nas quais Waters explora os sentimentos sobre a morte de seu pai na Segunda Guerra Mundial e sua crescente atitude de cinismo contra figuras políticas como Margaret Thatcher e Mary Whitehouse. A música cresceu mais orientada pela guitarra com teclados e saxofones, que se tornaram uma grande parte da textura do contexto da música, junto com efeitos sonoros obrigatórios. Uma orquestra completa (ainda maior do que a de metais em Atom Heart Mother) faz um papel significante em The Wall e especialmente em The Final Cut. Por volta de janeiro de 1977, e pelo lançamento do Animals (chegando ao 1º lugar no Reino Unido e 1º nos EUA), a música da banda veio sob uma crescente crítica da atmosfera do punk rock, dizendo que eles eram muito pretensiosos, e perderam o caminho da simplicidade que era o rock and roll.
Animals, no entanto, foi considerado mais orientado pela guitarra do que os álbuns anteriores, tanto pela influência do movimento punk rock quanto pelo fato de que o álbum foi gravado pelo novo (e por algum acaso, incompleto) estúdio Britannia Row. O álbum foi o primeiro a não ter uma composição feita por Wright. Animals, de novo, contém canções longas, ligadas por um tema, desta vez, tirado em parte do livro Animal Farm (O Triunfo dos Porcos em Portugal e A Revolução dos Bichos no Brasil) de George Orwell, em que usou "Pigs" (Porcos), "Sheep" (Ovelhas) e "Dogs" (Cachorros) como metáforas dos membros da sociedade contemporânea. Apesar da relevante guitarra, sintetizadores ainda fazem uma importante parte em Animals, mas é carente do trabalho de saxofone e vocais femininos, utilizados nos últimos dois anteriores álbuns. O resultado no geral é um trabalho mais hard-rock, ligados por duas partes de uma peça acústica. Muitos críticos não receberam muito bem o álbum, considerando-o tedioso e vazado; apesar de outros críticos falarem bem dele, praticamente por causa dessas razões. Para a capa do encarte, um porco inflável gigante foi considerado para voar entre as torres da Estação de Energia Battersea (Battersea Power Station). No entanto o vento fez com o que fosse difícil de controlar o balão de porco, e no final foi necessário inserir a foto do porco na imagem. O porco foi criado pelo designer industrial e artista Theo Botschuijver. O porco no entanto se tornou um dos mais memoráveis símbolos do Pink Floyd e porcos infláveis são utilizados em concertos do Pink Floyd desde então.
A ópera rock de 1979, The Wall, concebida por Waters, lida com temas como solidão e falha de comunicação, que foram expressos pela metáfora de um muro construído entre um artista de rock e sua audiência. O momento decisivo para o concebimento do The Wall foi durante um concerto em Montreal no Canadá, no qual Roger Waters cuspiu num membro da plateia enquanto este tentava subir para o palco - esse foi o ponto onde Waters sentiu a alienação entre a plateia e a banda. O álbum deu críticas renomadas ao Pink Floyd e teve um único single, "Another Brick in the Wall (Part 2)", que alcançou o topo das paradas. The Wall também contém faixas que seriam comuns em concertos posteriormente, como "Comfortably Numb" e "Run Like Hell", que são duas das mais conhecidas canções do grupo.
O álbum foi co-produzido por Bob Ezrin, um amigo de Waters que divide com ele os créditos em "The Trial". Ainda mais do que as sessões do Animals, Waters estava certo sobre sua influência artística e liderança sobre a banda, usando a boa situação financeira da banda a seu favor, o que trouxe conflito com os outros integrantes. A música se tornou distintivamente mais hard rock, apesar de grandes orquestrações em algumas faixas lembram um período passado e têm-se algumas composições mais calmas também, como "Goodbye Blue Sky", "Nobody Home", e "Vera". A influência de Wright foi completamente minimizada e ele foi demitido da banda durante as gravações, somente retornando com um salário fixo, para tocar nos concertos. Ironicamente, Wright foi o único membro do Pink Floyd que ganhou algum dinheiro dos shows da turnê do The Wall, os quais passaram por várias cidades - incluindo Dortmund, Londres, Los Angeles, Nova Iorque - durante várias noites, e o resto teve que bancar o custo alto dos mais espetaculares concertos até então. Em 1989, depois do Muro de Berlin cair na Alemanha, Roger Waters concordou em tocar o The Wall ao vivo onde ficava originalmente o muro.
The Wall ficou 15 semanas no topo das paradas dos EUA em 1980. Críticos o receberam bem, e ele chegou aos 23 álbuns de platina pela RIAA pelas vendas de 11,5 milhões de cópias do álbum duplo somente nos EUA. O enorme sucesso comercial do The Wall fez do Pink Floyd os únicos artistas desde os Beatles a terem os álbuns mais vendidos de dois anos (1973 e 1980) em menos de uma década.
Um filme intitulado Pink Floyd: The Wall foi lançado em 1982, incorporando praticamente toda a música do álbum. O filme, escrito por Waters e dirigido por Alan Parker, estrelou o fundador do Boomtown Rats, Bob Geldof, o qual regravou a maioria dos vocais, e ainda apresenta animação pelo notável artista e cartunista britânico, Gerald Scarfe. Leonard Maltin, um crítico de cinema, se refere ao filme como "o maior video de rock do mundo, e certamente o mais depressivo", mas o filme arrecadou mais de quatorze milhões nas bilheterias norte-americanas. Uma canção que apareceu no filme "When the Tigers Broke Free", foi lançada como single. A canção foi lançada depois na coletânea Echoes: The Best of Pink Floyd e no re-relançamento do The Final Cut. Também no filme, há a canção "What Shall We Do Now?", que foi cortada do álbum original devido a duração do vinil. As únicas canções do álbum que não foram usadas foram "Hey You" e "The Show Must Go On".
O álbum The Final Cut de 1983 foi dedicado ao pai de Waters, Eric Fletcher Waters. Ainda mais sombrio em sonoridade que o The Wall, esse álbum re-examinou vários temas anteriormente discutidos, mas se dirigindo a fatos da época, incluindo a raiva de Waters da participação da Inglaterra na Guerra das Malvinas, a culpa que ele colocou nos líderes políticos ("The Fletcher Memorial Home"). E conclui com uma visão cínica de uma possível guerra nuclear ("Two Suns in the Sunset"). Michael Kamen e Andy Bown contribuíram com trabalho de piano, por causa da saída de Richard Wright (que não foi formalmente anunciada antes do lançamento do álbum). Em The Final Cut foi empregado o método de gravação binaural.[6]
Apesar de tecnicamente ser um álbum do Pink Floyd, o nome da banda não aparece escrito no encarte do LP, somente atrás aparece: "The Final Cut - Um réquiem para o sonho do pós-guerra por Roger Waters, tocado pelo Pink Floyd: Roger Waters, David GIlmour e Nick Mason". Roger Waters recebeu os créditos totais para o álbum, o que se tornou um protótipo do som que ele faria em próximos álbuns em sua carrreira solo. Waters disse que ele sugeriu lançar o álbum como um álbum solo, mas o resto da banda rejeitou a ideia. No entanto, no seu livro Inside Out, Nick Mason diz que isso nunca aconteceu. Gilmour declarou que pediu a Waters para segurar o lançamento do álbum, para que então pudesse escrever material suficiente para contribuir, mas esse pedido foi negado. O tom da canção é bastante similar ao do The Wall mas também mais quieto e suave, lembrando canções como "Nobody Home" mais do que "Another Brick in the Wall (Part 2)", por exemplo. Ele também é mais repetitivo, com certos temas que aparecem repetidamente pelo álbum. Teve somente sucesso moderado com os fãs (atingindo 1º lugar no Reino Unido e nos EUA), mas recebeu otimos alogios do críticos. O álbum teve um pequeno hit, "Not Now John", a única faixa hard-rock do álbum (e a única em particular em ter Gilmour cantando). As discussões entre Waters e Gilmour nesse ponto eram tão ruins que eles supostamente não eram visto gravando no mesmo estúdio simultaneamente. Gilmour disse que ele queria continuar a fazer rock de boa qualidade, e sentiu que Waters estava construindo sequências de peças de canções meramente como um veículo para suas letras críticas sociais. Waters diz que seus companheiros de banda nunca entenderam completamente a importância dos comentários sociais que ele fazia. Pelo fim da gravação, o crédito de co-produção de Gilmour foi tirado do encarte do álbum (apesar de ele ter recebido os direitos autoriais). Não houve turnê para esse álbum, apesar de as canções do álbum terem sido apresentadas por Waters em suas futuras turnês solo. Depois do Final Cut, a Capitol Records lançou a coletânea Works, que fez com que a faixa de Waters de 1970, "Embryo" estivesse disponível pela primeira vez em um álbum do Pink Floyd.
Os membros da banda foram para seus caminhos separados e gastaram tempo trabalhando em projetos individuais. Gilmour foi o primeiro a lançar seu álbum solo About Face em Março de 1984. Wright juntou forças com Dave Harris para formar uma banda nova, Zee, a qual lançou o álbum experimental Identity um mês depois do projeto de Gilmour. Em Maio de 1984, Waters lançou The Pros and Cons of Hitch Hiking, um álbum conceitual que já havia sido proposto para a banda. Waters o havia escrito ao mesmo tempo que The Wall, e quando propôs ambos projetos para a banda, decidiu-se por The Wall. Um ano depois dos projetos dos companheiros de banda, Mason lançou o álbum Profiles, em conjunto com Rick Fenn, o qual teve participações de Gilmour e o tecladista Danny Peyronel.
Em Dezembro de 1985 Waters anunciou que estava saindo do Pink Floyd e descreveu a banda como "uma força criativa desgastada", embora em 1986 Gilmour e Mason começassem a gravar um novo álbum para o Pink Floyd. Ao mesmo tempo, Roger Waters estava trabalhando em seu outro álbum solo, chamado Radio K.A.O.S. (1987). Uma disputa legal foi inciada por Waters, reivindicando que o nome "Pink Floyd" deveria ser colocado de lado, mas Gilmour e Mason seguraram sua convicção que eles tinham direitos legais para continuar com o "Pink Floyd". O processo acabou se acertando por um acordo fora dos tribunais.
ois de considerar e rejeitar muitos títulos, o novo álbum foi lançado como A Momentary Lapse of Reason (que alcançou 1º lugar no Reino Unido e nos EUA). Sem Waters, que foi dominantemente o letrista da banda por uma década, a banda recebeu ajuda de escritores de fora. Como o Pink Floyd nunca havia feito isso antes (exceto pelas contribuições orquestrais com Geesin e Ezrin), essa atitude recebeu muitas críticas. Ezrin, que renovou a sua amizade com Gilmour em 1983 quando Ezrin co-produziu o álbum About Face, tanto co-produziu como foi um dos escritores, além de Jon Carin, que escreveu a canção "Learning to Fly" e tocou bastante dos teclados do álbum. Wright também retornou, e inicialmente foi colocado como um músico assalariado durante as finalizações das gravações, se juntando oficialmente à banda em sua nova turnê.
Mais tarde, Gilmour admitiu que Mason e Wright tiveram pouca participação no álbum. Por causa das poucas contribuições de Mason e Wright, alguns críticos dizem que A Momentary Lapse of Reason deveria ser considerado como um trabalho solo de Gilmour, do mesmo jeito que The Final Cut seria um trabalho solo de Waters.
Um ano depois, a banda lançou o álbum ao vivo Delicate Sound of Thunder (1988) e mais tarde gravou instrumentais para um filme clássico de corrida, chamado La Carrera Panamericana, filmado no México e com Gilmour e Mason participando como motoristas. Durante a corrida, Gilmour e o agente Steve O'Rourke (como seu guia) bateram. O'Rourke teve sua perna quebrada, mas Gilmour saiu somente com alguns arranhões. Os instrumentais são notáveis por incluirem o primeiro material do Pink Floyd co-escrito por Wright desde 1975, tanto como o único material co-escrito por Mason desde Dark Side of the Moon.
Em 1992, eles lançaram o box Shine On. O set de 9 CDs incluía relançamentos dos álbuns de estúdio, A Saucerful of Secrets, Meddle, The Dark Side of the Moon, Wish You Were Here, Animals, The Wall e A Momentary Lapse of Reason. Um disco bônus chamado The Early Singles também foi incluso. O encarte incluía caixa que permitia que os álbuns ficassem em pé juntos, formando a imagem da capa do Dark Side of the Moon. O texto circular de cada CD inclui as palavras praticamente ilegíveis "The Big Bong Theory". Nesse ano também ocorreu o lançamento do álbum solo Amused to Death, de Waters. A próxima gravação da banda foi o The Division Bell de 1994, que contém muito mais trabalho em grupo do que o Momentary Lapse teve, com Wright reinstalado como um membro total do grupo. O álbum foi recebido mais favoravelmente pelos críticos e fãs do que o Momentary Lapse, mas foi intensamente criticado como cansativo e feito sob fórmulas. Este foi o segundo álbum a chegar ao 1º lugar em ambas paradas do Reino Unido e dos EUA.
As cabeças metálicas usadas para desenhar a capa do álbum The Divison Bell. Podem ser interpretadas como um ou dois rostos divididos.
The Divison Bell foi outro álbum conceitual, de alguns jeitos representando a visão de Gilmour nos mesmos temas que Waters discutiu em The Wall. O título foi sugerido para Gilmour pelo seu amigo Douglas Adams. Várias das letras foram co-escritas pela namorada de Gilmour na época, Polly Samson, com quem ele se casou logo depois do lançamento do álbum. Apesar de Samson, o álbum conteve a maioria dos músicos que participaram da turnê do Momentary Lapse. Anthony Moore, que co-escreveu letras para várias canções do álbum anterior, divide composição com Wright, que teve sua primeira canção em que teve voz principal desde Dark Side of The Moon, em "Wearing the Inside Out". A escrita de Moore continuou em praticamente todas as canções do álbum solo de Wright, Broken China.
A banda lançou o álbum ao vivo P•U•L•S•E em 1995. Ele chegou ao 1º lugar das paradas dos EUA e contém canções que foram gravadas da turnê do Division Bell no Earls Court em Londres. O concerto do Division Bell é uma mistura do clássico e do Pink Floyd moderno. O concerto em Earls Court marcaria a primeira vez que a banda tocou inteiramente o Dark Side of the Moon em duas décadas. Versões de VHS e Laserdisc do concerto de 20 de Outubro de 1994 também foram lançadas. Uma versão de DVD também foi lançada em 2006 e rapidamente caiu nas paradas. A caixa de cd de 1994 tinha um LED, o que fazia com que um ponto vermelho piscasse (pulsasse) uma vez por segundo, como uma batida de coração. Mais tarde, em 1995, a banda recebeu seu primeiro e único prêmio Grammy para Melhor Performance de Instrumental de Rock com "Marooned".
Em 17 de janeiro de 1996, a banda foi indicada ao Hall da Fama do Rock and Roll pelo líder da banda Smashing Pumpkins, Billy Corgan. Roger Waters não compareceu, ainda sendo contra seus antigos parceiros de banda. No seu discurso de entrada, Gilmour disse "Eu terei que pegar um pouco mais desse para nossos dois integrantes que começaram a tocar em diferentes tons; Roger e Syd…" Apesar de Mason estar presente quando aceitaram o prêmio, ele não se juntou a Gilmour e Wright (e Billy Corgan) para sua performance acústica de "Wish You Were Here".
Uma gravação ao vivo do The Wall foi lançada em 2000, compilada em shows de Londers em 1980-1981, com o nome de Is There Anybody Out There? The Wall Live 1980-81. Ele chegou ao 1º lugar nas paradas dos EUA. Em 2001, um disco duplo com as canções mais conhecidas da banda, chamado de Echoes: The Best of Pink Floyd, foi lançado. Gilmour, Mason, Waters e Wright colaboraram na edição, sequenciação e seleção das canções para as faixas. Pequenas controversias seriam que as canções não seguem uma ordem cronológica e apresentam material fora do contexto dos álbuns originais. Algumas das faixas, como "Echoes", "Shine On You Crazy Diamond", "Sheep", "Marooned", e "High Hopes" tiveram seções substancialmentes retiradas. O álbum chegou ao 1º lugar das paradas do Reino Unido e dos EUA.
Em 2003, um relançamento do The Dark Side of the Moon em SACD foi feito, com novo encarte e capa. Um relançamento do Wish You Were Here está sendo trabalhado, mas sem datas de lançamento anunciadas até agora. O livro de Nick Mason "Inside Out: A Personal History of Pink Floyd" foi publicado em 2004 na Europa e em 2005 nos EUA. Mason fez aparições públicas em promoção do livro em algumas cidades da Europa e dos EUA, dando entrevistas e autografando livros. Alguns fãs dizem que ele disse que preferia estar em turnê com a banda do que uma turnê com o livro.
O agente do Pink Floyd de longa data, Steve O'Rourke morreu em 30 de Outubro de 2003. Gilmour, Mason e Wright se reuniram no seu funeral e tocaram "Fat Old Sun" e "The Great Gig in the Sky" na Catedral de Chichester, como homenagem. Dois anos depois, em 2 de Julho de 2005, a banda se reuniu uma vez de novo, em uma performance em Londres no Live 8. Desta vez, no entanto, eles se juntaram com Waters - a primeira vez que todos os quatro integrantes estiveram num palco em 24 anos. A banda tocou um set de quatro canções consistindo em "Speak to Me/Breathe/Breathe (Reprise)", "Money", "Wish You Were Here" e "Comfortably Numb", com Gilmour e Waters dividindo os vocais. No final da performance Gilmour agradeceu "muito obrigado, boa noite" e começou a sair do palco. Waters chamou ele de volta, e então a banda deu uma abraço coletivo, que se tornou uma das imagens mais famosas do Live 8.
Na semana depois do Live 8, houve um renascimento em interesse sobre o Pink Floyd. De acordo com a cadeia de empresas HMV, as vendas de Echoes: The Best of Pink Floyd aumentaram em 1343%, enquanto Amazon.com constatou aumento das vendas do The Wall em 3600%, Wish You Were Here em 2000%, The Dark Side of the Moon em 1400% e Animals em 1000%. Subsequentemente David Gilmour declarou que ele doaria a sua parte dos lucros desse aumento para caridade, e incentivou todos os outros artistas e gravadoras que se envolveram com o Live 8 a fazerem o mesmo.
Em 16 de Novembro de 2005, o Pink Floyd foi indicado no Hall da Fama da Música do Reino Unido por Pete Townshend. Gilmour e Mason compareceram em pessoa, explicando que Wright estava num hospital devido a uma cirurgia no olho e Waters apareceu numa transmissão via satélite, de Roma.
David Gilmour lançou seu terceiro álbum solo, On an Island, em 6 de Março de 2006 e começou uma turnê de pequenos shows na Europa, Canadá e EUA. Com a banda estavam juntos Richard Wright e, durante muitas vezes para o bis, Nick Mason. Durante a turnê, ele tocou o primeiro single do Pink Floyd, "Arnold Layne". Waters foi convidado para se juntar a ele em Londres, mas os últimos ensaios para sua turnê de 2006 o fizeram recusar. Mason se juntou a Waters em 29 de Junho de 2006 na segunda metade do show em Cork na Irlanda, onde ele tocou todo o Dark Side of the Moon.
Waters e Wright trabalharam ambos em álbuns solo, e existem rumores que Waters estaria fazendo uma versão musical da Broadway de The Wall, com canções extras escritas por ele. Waters também embarcou em sua turnê mundial "The Dark Side of the Moon Live Tour", e o repertório consistiu no Dark Side of the Moon inteiro, junto com algumas seleções de canções do Pink Floyd e algumas poucas canções solo da carreira do Waters. Waters também contribuiu com a canção "Hello (I Love You)", co-escrita por Howard Shore, para o filme de 2007, "A Chave do Universo" (The Last Minzy). Waters teve a sua ópera "Ça Ira" executada no Brasil durante o 12º Festival de Ópera de Manaus, com espectáculos nos dias 15, 22 e 24 de Abril de 2008. Durante o espectáculo do dia 15, Waters esteve presente.
O tecladista e membro fundador do Pink Floyd, Richard Wright, morreu segunda-feira, 15 de Setembro de 2008, aos 65 anos após uma curta batalha contra o câncer, conforme anunciou seu assessor.
Nick Mason dando autógrafos em 28 de Outubro de 2004. Neste ano foi publicado Inside Out: A Personal History of Pink Floyd, livro de sua autoria sobre a história da banda.
Muitos fãs expressaram esperança de que a apresentação do Live 8 os levariam a uma turnê de reunião, e uma oferta que bateu recordes, de US$250 milhões, foi oferecida para uma turnê mundial, mas a banda deixou claro que não existem planos para tal. Nas semanas depois do show, no entanto, as rixas entre os membros pareciam ter se acertado. Gilmour confirmou que ele e Waters estavam em "termos amigáveis", mas Waters tem apresentado comentários conflitantes desde então, com afirmações que variam de "Eu posso rolar por um show, mas eu não poderia rolar por uma grande turnê" e "Eu espero que nós o façamos de novo". Recentemente suas afirmações indicam seu desejo por tocar de novo, não por uma turnê, mas por um evento similar ao Live 8.
Em 31 de Janeiro de 2006, David Gilmour apresentou uma afirmação em nome do grupo dizendo que não existem planos para uma reunião, indo contra os rumores que a mídia fizera. Gilmour, mais tarde, afirmou numa entrevista ao La Repubblica que ele terminou com o Pink Floyd e espera se focar em seus projetos a solo e sua família. Ele menciona que concordou tocar no Live 8 com Waters para apoiar a causa, para fazer as pazes com Waters e sabendo que ele se arrependeria se não o fizesse. No entanto, ele afirma que o Pink Floyd estaria ansioso para tocar em um concerto "que apoiasse os acordos de paz de Israel e Palestina". Então falando com a Billboard, Gilmour mudou seu sentimento "terminou com Pink Floyd" para "quem sabe". Uma apresentação surpresa, pela formação do Pink Floyd pós-Waters, com David Gilmour, Rick Wright e Nick Mason ocorreu na última apresentação do Gilmour no Royal Albert Hall em 31 de Maio de 2006, enquanto os 3 tocaram "Wish You Were Here" e "Comfortably Numb".
2007 foi o aniversário de 40 anos em que o Pink Floyd assinou com a EMI, e o aniversário de 40 anos do lançamento dos 3 primeiros singles "Arnold Layne", "See Emily Play" e "Apples and Oranges" e do seu primeiro álbum The Piper at the Gates of Dawn. Isso foi marcado pelo lançamento de uma edição limitada contendo mixagens estéreo e mono do álbum, além de faixas dos singles e gravações raras.
Em 10 de Maio de 2007, Roger Waters tocou em um concerto em homenagem ao Syd Barrett no Centro Barbican em Londres. Isso foi seguido de uma apresentação surpresa pelo Pink Floyd pós-Waters, com David Gilmour, Rick Wright e Nick Mason de "Arnold Layne" para um estrondoso aplauso e uma ovação em pé. Mas esperanças de um próximo show de reunião com a formação clássica foi descartada quando Waters não tocou com o grupo. Roger Waters subiu ao palco aos gritos de "Pink Floyd!" ao qual ele respondeu "Mais tarde". Gilmour, Mason e Wright subiram ao palco aos gritos de "Roger Waters!" ao qual Gilmour respondeu educadamente, "Yeah, ele esteve aqui também, agora o resto de nós."
Mais recentemente, Waters se tornou mais e mais aberto para uma reunião com o Pink Floyd. Em uma entrevista em 2007 ele disse "Eu não teria nenhuma problema se o resto deles quisesse se juntar de novo. E isso nem precisaria acontecer para salvar o mundo. Isso poderia acontecer somente por ser divertido. E as pessoas o adorariam."
Em 24 de Setembro de 2007, Gilmour afirmou sobre uma reunião futura do Pink Floyd, de qualquer jeito, sendo ela com Roger Waters ou não; "Eu não sei porque eu gostaria de voltar atrás para aquela coisa antiga. É bastante retrogressivo. Eu quero olhar para frente, e olhando para trás não é minha alegria."
Em 10 de Dezembro (Reino Unido) e 11 de Dezembro (EUA), o Pink Floyd lançou um novo box, Oh, By the Way contendo todos os 14 álbuns de estúdio com suas respectivas atuais remasterizações, encarte original de vinil, mais encarte por Storm Thorgenson.
No dia 21 de Maio de 2008, O Pink Floyd recebeu o prêmio Polar na cidade de Estocolmo,Suécia. O júri declarou que sua decisão foi baseada na importância do Pink Floyd para a evolução da música popular, por uni-la à arte, em sua proposta experimental, e por seu sucesso "capturar e formar reflexões e atitudes para toda uma geração". O júri declarou ainda que a banda "inspirou e marcou o caminho para o desenvolvimento do rock progressivo".

David Bo
David Bowie (nome artístico de David Robert Jones, Brixton, 8 de janeiro de 1947) é um músico, ator e produtor musical inglês. Por vezes referido como "Camaleão do Rock" pela capacidade de sempre renovar sua imagem, ele tem sido uma importante figura na música popular há cinco décadas e é considerado um dos músicos de rock mais inovadores e ainda influentes de todos os tempos, sobretudo por seu trabalho nos anos 70 e nos anos 80, além de ser distinguido por um vocal característico e pela profundidade intelectual de sua obra.
Embora desde cedo tenha realizado o álbum David Bowie e diversas canções, Bowie só chamou a atenção do público em 1969, quando a canção "Space Oddity" alcançou o quinto lugar no UK Singles Chart. Após um período de três anos de experimentação, que incluem a realização de dois significativos e influentes álbuns, The Man Who Sold the World (1970) e Hunky Dory (1971), ele retorna em 1972 durante a era glam rock com um alter ego extravagante e andrógino chamado Ziggy Stardust, sustentado pelo sucesso de "Starman" e do aclamado álbum The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars. Seu impacto na época foi um dos maiores cultos já criados na cultura popular. Em 1973, o disco Aladdin Sane levou Ziggy aos EUA. A vida curta da persona revelaria apenas uma das muitas facetas de uma carreira marcada pela reinvenção contínua, pela inovação musical e pela apresentação visual.
Em 1974, o álbum Diamond Dogs previa, com seu som e sua temática caótica, a revolução punk que surgiria anos depois. Em 1975, Bowie finalmente conseguiu seu primeiro grande sucesso em território americano com a canção "Fame", em co-autoria com John Lennon, do álbum Young Americans. O som constitui uma mudança radical no estilo que, inicialmente, alienou muitos de seus devotos no Reino Unido. Nessa etapa, a carreira musical de Bowie se renovou e seguiu novos rumos. Após a criação de uma nova persona, Thin White Duke, apresentada no aclamado Station to Station (1976), que traz um Bowie interessado em misticismo, Cabala e Nazismo, ele confundiu as expectativas de seu público americano e de sua gravadora com a produção do minimalista Low (1977)—a primeira das três colaborações com Brian Eno durante os próximos dois anos. A chamada "Trilogia de Berlim" (com "Heroes" e Lodger) trouxe álbuns introspectivos que lograram o topo nas paradas britânicas e que ganharam admiração crítica duradoura.
Seguindo o sucesso comercial irregular no final dos anos 70, a canção "Ashes to Ashes" do álbum de 1980 Scary Monsters (and Super Creeps) alcançou o primeiro lugar no Reino Unido e lançou bases para um novo movimento chamado New Romanticism. No ano seguinte, junto à banda Queen, escreveu e cantou a canção "Under Pressure" e em seguida atingiu novo pico comercial com o álbum Let's Dance (1983), que rendeu sucessos com a canção homônima e o fez cativar nova audiência. Ao longo dos anos 1990 e 2000, Bowie continuou a experimentar novos estilos musicais, incluindo os gêneros industrial, drum and bass, e adult contemporary. Seu último álbum de inéditas realizado até agora foi Reality, uma mistura de melancolia e humor, suportado pela A Reality Tour de 2003–2004.
A influência de David Bowie é única, musical e socialmente. Como escreveu o biógrafo David Buckley, "ele penetrou e modificou mais vidas do que qualquer outra figura comparável." De fato, grande é sua influência no mundo da música entre artistas e bandas mais antigas e a nova geração (Ver Influência), e, além de ter auxiliado movimentos como a libertação gay e a recriação de uma nova juventude independente, introduziu novos modos de se vestir na cena musical e tem uma carreira prestigiada no cinema. Em 2002, ficou em 29º lugar na lista popular 100 Greatest Britons e já vendeu mais de 136 milhões de álbuns ao longo de sua carreira. Foi premiado no Reino Unido com 9 certificações de álbum de platina, 11 de ouro e 8 de prata, e, nos Estados Unidos, 5 de platina e 7 de ouro. Em 2004, a Rolling Stone colocou-o na 39ª posição em sua lista dos "100 Maiores Artistas do Rock de Todos os Tempos" e em 23º lugar na lista dos "Melhores Cantores de Todos os Tempos".
David Bowie nasceu como David Robert Jones em Brixton, Londres, em 8 de janeiro de 1947. Sua mãe, Margaret Mary "Peggy" (née Burns), era descendente de irlandeses e trabalhava como arrumadeira de cinema, enquanto seu pai, Haywood Stenton "John" Jones, era oficial de promoções da Barnardo's. A família vivia no número 40 da Stansfield Road, próximo da fronteira das zonas londrinas do sul de Brixton e Stockwell. Um vizinho lembrou que "Londres na década de quarenta era o pior lugar possível, e o pior lugar possível para uma criança nascer." Bowie freqüentou a Stockwell Infants School até seus seis anos de idade, adquirindo reputação de garoto com talento para cantar e, principalmente, gritar.
Mudando-se em 1953 para um subúrbio próximo, em Bromley, a família o enviou à Burnt Ash Junior School. Sua voz foi considerada "adequada" no coral da escola, onde ele demonstrou uma capacidade musical acima da média. Aos nove anos de idade, foi introduzido ao método educativo de escutar sons e dançar, e sua dança agradou os professores, que a achavam "vividamente artística" e sua postura "surpreendente" para uma criança. Neste mesmo ano, seu interesse pela música cresceu quando o pai trouxe para casa discos de vinis de uma coleção americana com músicas cantadas por Frankie Lymon and the Teenagers, The Platters, Fats Domino, Elvis Presley e Little Richard. Ao ouvir Richard cantar "Tutti Frutti", Bowie diria mais tarde: "Eu tinha escutado a voz de Deus." Da mesma forma, o impacto de Presley em sua vida também foi enfático: "Eu vi uma prima minha a dançar 'Hound Dog' e eu nunca tinha visto ela se levantar e se mover tanto por nada. Realmente me impressionou, o poder da música. Comecei a procurar discos depois disso." No final do próximo ano, o garoto começou a aprender ukelele e tea-chest bass e a participar em sessões de skiffle com os amigos, além de ter começado a tocar piano; enquanto isso se apresentava para os amigos escoteiros fingindo ser Elvis e Chuck Berry e sua presença no palco era descrita como "fascinante... como alguém de outro planeta." Porém, entrou para a Ravens Wood School assim que viu que suas notas no Burnt Ash Junior não foram boas.
Era uma escola técnica incomum, como escreve o biógrafo Christopher Sandford:
"Apesar de seu status, a escola era, na época em que David chegou em 1958, tão rica em ritual arcano quanto qualquer outra escola pública inglesa. Havia casas, nomeadas em homenagem a estadistas do século XVIII como Pitt e Wilberforce. E tinha um uniforme, e um elaborado sistema de recompensas e punições. Havia também um foco em idiomas, ciências e particularmente desenho, de onde uma atmosfera colegial floresceu sob a tutela de Owen Frampton. No relato de David, Frampton conduzia por força da personalidade, e não pelo intelecto; no entanto, seus colegas no Bromley Tech não eram famosos por nenhum dos dois, e renderam, aos alunos mais brilhantes em artes da escola, um regime tão liberal que Frampton encorajou o seu próprio filho, Peter, a prosseguir numa carreira musical com David, parceria brevemente intacta trinta anos mais tarde."
Bowie estudou arte, música e desenho, incluindo layout e typsetting. Depois de Terry Burns, seu meio-irmão por parte de mãe, apresentá-lo ao jazz moderno, o seu entusiasmo por instrumentistas como Charles Mingus e John Coltrane levou sua mãe a lhe dar um saxofone alto em 1961; não demorou para que o garoto recebesse aulas de um músico local. Em 1962, metido numa briga por conta de uma garota, recebeu um ferimento grave na escola, quando o amigo George Underwood lhe deu um forte soco no olho esquerdo usando um grande anel no dedo. Os médicos temiam que ele viesse a perder parcialmente a visão; foi forçado a ficar fora da escola para uma série de operações durante uma internação de quatro meses. O dano não pôde ser totalmente reparado—deixando-o com a percepção deficiente e com a pupila permanentemente dilatada (tempos depois isso tornaria-se a marca pessoal do artista, que agora tem cores de olhos diferentes, o que é denominado heterocromia, embora a cor original de seus olhos seja azul). Apesar da briga violenta, Underwood e Bowie continuaram amigos, e Underwood passou a cuidar da parte artística dos primeiros álbuns de Bowie.
De seu saxofone de plástico a um instrumento real em 1962, Bowie formou sua primeira banda aos 15 anos de idade. Os Kon-rads tocavam guitarra baseada no rock and roll em reuniões de jovens e em casamentos, e tinham uma formação que variava entre quatro e oito membros, entre eles Underwood. Ao deixar a escola técnica no ano seguinte, Bowie informou a seus pais o seu sonho de tornar-se uma estrela do rock. Não demorou, então, para sua mãe o arranjar um emprego como companheiro de eletricista. Frustrado pelas limitadas aspirações que seus colegas de banda tinham, Bowie deixou a Kon-rads e formou outra banda, os King Bees. Escreveu uma carta a um empresário inglês bem-sucedido, chamado John Bloom, que trabalhava com máquinas de lavar, convidando-o a "fazer por nós o que Brian Epstein fez pelos Beatles—e fazer mais um milhão." Bloom não respondeu à oferta, mas encaminhou o convite à Leslie Conn, parceiro de Dick James, que contratou Bowie, fazendo dessa a primeira gestão pessoal do artista.
Leslie Conn logo começou a promover o trabalho de David Bowie. O primeiro single do cantor, "Liza Jane", creditado à David Jones e os King Bees, não logrou nenhum sucesso comercial. Desapontado com os King Bees e o repertório blues de Howlin' Wolf e Willie Dixon, Bowie deixou a banda a menos de um mês depois de entrar para a Manish Boys, banda com levada blues, mas que também incorporava elementos do folk e soul: "Eu costumava sonhar em ser o Mick Jagger deles", recordaria Bowie anos mais tarde. "I Pity the Fool" não teve maior sucesso que "Liza Jane", e não demorou para que Bowie muda-se novamente de grupo, dessa vez entrando para o Lower Third, trio de blues fortemente influenciado pelo The Who. "You've Got a Habit of Leaving" não se saíu melhor, e marcou o fim do contrato com Conn. Declarando que iria deixar o mundo pop "para estudar mímica no Sadler's Wells", Bowie, no entanto, permaneceu no Lower Third. Seu novo empresário, Ralph Horton, seria uma figura importante em sua transição para artista solo mais tarde, e também o apoiou quando David mudou-se para outro grupo, o Buzz, cuja canção "Do Anything You Say" foi um verdadeiro fracasso. Enquanto era contratado por Buzz, Bowie entrou em 1967 para a Riot Squad; as gravações desse novo grupo, que incluíam músicas escritas por Bowie e covers do Velvet Underground, não foram nunca lançadas. Ken Pitt, introduzido por Horton, passou a ser então o novo empresário de Bowie.Insatisfeito com seu nome artístico, na época Davy (e Davie) Jones, que em meados da década de 1960 permitia confusão com o ator Davy Jones do The Monkees, o jovem músico renomeou seu nome artístico baseado no sobrenome de um americano do século XIX chamado Jim Bowie e também à faca que ele popularizou. Seu single "The Laughing Game", lançado em abril de 1967, utilizava os vocais acelerados à estilo do The Chipmunks, mas não logrou sucesso comercial. David Bowie, seu álbum de estréia, lançado seis semanas depois, é uma amálgama de pop, folk, psicodelia e music hall, mas teve o mesmo destino de suas tentativas anteriores. O disco foi seu último lançamento por dois anos.
Seu fascínio pelo bizarro reforçou-se com o encontro com o dançarino Lindsay Kemp, como disse o próprio Bowie: "Ele vivia em suas emoções, foi uma influência maravilhosa. Sua vida cotidiana era a coisa mais teatral que eu já tinha visto. Era tudo o que eu pensava sobre bohemia. Entrei para o circo." Kemp, por sua vez, lembrou: "Eu não o ensinei a ser um artista mímico, mas a botar para fora o que ele era .... Eu o ativei para liberar o anjo e o demônio que estava em seu interior." Estudando artes dramáticas com Kemp, do teatro avant-garde e da mímica à commedia dell'arte, Bowie ficou imerso na criação de personagens para apresentar ao mundo. Satirizando a vida numa prisão britânica, a canção de 1967 "Over the Wall We Go" tornou-se um single na voz de Paul Nicholas; outra composição de Bowie, chamada "Silly Boy Blue", foi realizada por Billy Fury no ano seguinte. Bowie começou a namorar Hermione Farthingale quando ela foi escalada junto a ele por Kemp para um minueto poético; logo ambos os amantes se mudaram juntos para um apartamento londrino. Tocando violão, ela formou um grupo com Bowie e o baixista John Hutchinson; entre setembro de 1968 e inícios de 1969, quando Bowie e Farthingale rompiam, o trio dava um pequeno número de concertos combinando folk, beat music, poesia e mímica.
Por conta da falta de sucesso comercial, Bowie se viu obrigado a tentar a ganhar a vida de formas diferentes. Uma dessas foi gravar um comercial para a empresa de sorvetes Lyons Maid, que, no entanto, foi rejeitado por outro do Kit Kat. Em 1969, foi realizado o filme de 30 minutos Love You till Tuesday, concebido como veículo para promover o cantor com apresentações de seu repertório. Apesar de não ter sido lançado até 1984, as sessões de filmagem em janeiro daquele ano levaram a um sucesso inesperado quando Bowie disse aos produtores: "Esse filme de vocês—Eu tenho uma nova canção para ele." Bowie gravou um demo da canção que daria o seu avanço comercial. "Space Oddity" foi lançada meses depois para coincidir com o primeiro pouso na lua. Rompendo seu namoro com Farthingale logo após o término do filme, Bowie mudou-se com Mary Finnigan como seu inquilino. Nesta época continuava sua divergência do rock and roll e do blues iniciada por seu trabalho com Farthingale e, por isso, juntou forças com ela, com Christina Ostrom e Barrie Jackson para conduzir um clube de folk nas noites de domingo no pub Three Tuns na High Street, em Beckenham. Este logo transformou-se em Beckenham Arts Lab, e ficou extremamente popular. O Beckenham Arts Lab organizou um festival livre num parque local, mais tarde imortalizado por Bowie na canção "Memory of a Free Festival". Realizado em 11 de julho, cinco dias antes do lançamento da Apollo 11, "Space Oddity" ficou em 5º lugar no top do Reino Unido. Seu segundo disco, Space Oddity, realizado em novembro, foi lançado no Reino Unido com o nome de David Bowie, o que causou certa confusão com seu antecessor homônimo, e o lançamento nos EUA foi antecipadamente intitulado Man of Words/Man of Music. À época de seu lançamento, não usufruiu sucesso comercial, mesmo com suas letras filosóficas de um mundo pós-hippie sobre paz, amor e moralidade, e um som de folk rock acústico fortificado pelo rock pesado. "Space Oddity"
O biógrafo David Buckley escreve: "Se Ziggy confundia tanto seu criador quando sua audiência, grande parte dessa confusão se centrou sobre sexualidade." Bowie se declarou bissexual numa entrevista para a Melody Maker em janeiro de 1972, momento em que coincide com suas primeiras tentativas de divulgar a primeira turnê de sua persona. Em 1976, numa entrevista para a Playboy, Bowie declarou: "É verdade—sou bissexual. Mas não posso negar que eu sei disso muito bem. Acho que é a melhor coisa que já me aconteceu."
No entanto, numa entrevista em 1983 para a Rolling Stones, Bowie voltou atrás e disse que sua declaração pública de bissexualidade tinha sido "o maior erro que já cometi", e, mais tarde, em outras ocasiões, afirmou que seu interesse pela cultura gay e bissexual derivava apenas de seus sentimentos e interesses na época; como escreve Buckley, Bowie nutria mais uma "compulsão pelo desrespeito aos códigos morais do que um verdadeiro estado biológico e psicológico de ser".
Perguntado em 2002 pela Blender se ele ainda acreditava que sua declaração pública de bissexualidade era seu maior erro, respondeu:
Interessante. Acho que não foi um grande erro na Europa, mas isso provocou muitas dores de cabeça nos Estados Unidos. Não tive nenhum problema com as pessoas que sabiam que eu era bissexual. Mas eu não tinha inclinação de levantar nenhuma bandeira ou ser representante de qualquer grupo. Eu sabia o que queria ser: compositor e intérprete, e sentia que a marca de bissexualidade me acompanhava há muito tempo. Os Estados Unidos são um lugar muito puritano e ele estava no meu caminho, em grande parte daquilo que eu queria fazer.
A visão de Buckley é a de que Bowie foi um músico preocupado em quebrar tabus, e escreve: "talvez seja verdade que Bowie nunca foi gay, e nem sempre foi um bissexual ativo... o que ele fez, de vez em quando, foi experimentar, de tempos em tempos, mesmo que sob o intuito de curiosidade e ingenuidade e de ser transgressivo, antinormativo." O biógrafo Christopher Sandford, por sua vez, escreve que, de acordo com Mary Finnigan, com quem Bowie teve um caso em 1969, o cantor e sua primeira esposa Angie "viviam num mundo de fantasia e eles criaram sua fantasia bissexual." Sandford também comenta que o músico gostava de contar uma piada que ambos se conheceram enquanto "comiam o mesmo sujeito" e afirma: "o sexo gay sempre foi uma questão anedótica e engraçada. É evidente que os gostos atuais de Bowie oscilaram para o outro lado se se notar o número de casos que teve com mulheres.
Na recente biografia David Bowie - A Biografia, escrita por Marc Spitz, lançada originalmente em 2009 e em 2010 no Brasil, o biógrafo revela que, em sua adolescência, Bowie teve muitas experiências homossexuais (e cita uma frase que o cantor disse na entrevista de 76 da Playboy: "Quando fiz 14 anos, o sexo, de repente, se tornou relevante. Não importava realmente com quem ou como era, contanto que fosse uma experiência sexual. Não era difícil levar algum cara bonitinho da classe para casa e transar com ele"), mas o biógrafo também reforça que suas declarações públicas não tinham outro intuito a não ser chamar a atenção para sua música e fazer marketing.
Homem de muitas vozes, Bowie têm explorado uma variedade muito grande de estilos musicais, desde suas primeiras gravações na década de 60. O musicólogo James Perone observa seu uso ininterrupto de oitavas em diferentes repetições da mesma melodia para efeitos dramáticos, usados, por exemplo, em sua primeira canção de sucesso, "Space Oddity", e logo depois em "Heroes"; Perone nota que "na parte mais baixa de seu registro vocal [...] sua voz apresenta uma riqueza parecida com a de um crooner." Seu fascínio inicial pela Music hall expandiu-se e, durante sua carreira, ele aventurou-se em gêneros como o hard rock, heavy metal, soul, folk e pop psicodélico.
Jo Thompson, instrutor de voz, escreve que sua técnica vocal de vibrato é "particularmente deliberada e distinta." Schinder e Schwartz o consideram um vocalista "de capacidade técnica extraordinária, capaz de armar seu canto para determinado efeito." Como escreve o biógrafo Michael Campbell, sua natureza de camaleão o permite apresentar uma variedade enorme de vozes de acordo com o momento e ele é capaz de mudar o seu vocal radicalmente de uma canção a outra
Bowie também toca diversos instrumentos; entre eles, a guitarra elétrica, o violão, o saxofone alto, contralto e barítono, teclado, incluindo piano, sintetizadores, mellotron, gaita, estilofone, xilofone, vibrafone, koto, bateria e percussão, além de outros instrumentos de cordas como a viola e o violoncelo.
David Bowie é capaz de transformar suas aspirações e seus problemas pessoais em cultura popular e em canções como "Word on a Wing" de Station to Station, em que ele mesmo declara: "Havia dias de terror psicológico enquanto eu fazia o filme de Roeg que eu quase comecei a me aproximar do meu renascimento, nascer novamente. Foi a primeira vez que eu seriamente pensei acerca de Cristo e Deus, profundamente." Suas composições são permeadas por letras filosóficas e literárias. Canções como "The Width of a Circle", "Quicksand" e "The Superman" recebem influência do Budismo, ocultismo, misticismo e principalmente do conceito de Übermensch de Friedrich Nietzsche. A primeira possui um título irônico ("A Largura de um Circulo", aludindo ao ânus), cujo segundo parágrafo alude a um encontro sexual no Inferno com Deus, o Diabo ou outro ser sobrenatural, de acordo com as diferentes interpretações. De fato, suas primeiras composições foram influenciadas por poesias e escritos de Aleister Crowley, William Hughes Mearns e H. P. Lovecraft, além de "The Jean Genie" ser uma referência a Jean Genet.
Não raro encontramos em suas músicas um novo mundo criado por ele. De fato, criou personagens como Major Tom, Ziggy Stardust e o The Thin White Duke. "Oh! You Pretty Things" de Hunky Dory (1971) alerta sobre "homens dourados" e crateras no céu e diz que devemos abrir caminho para o Homem Superior. The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars é um dos melhores exemplos disso; um disco em torno de uma história de ficção científica criada pelo próprio Bowie. "Five Years", por exemplo, conta desesperadamente que o mundo acabará a cinco anos, e é um dos muitos exemplos de sua preocupação artística com o colapso da sociedade. Anos depois, em Outside, ele retomou a ideia de um álbum conceitual baseado em contos que escreveu e em personagens que havia criado. O disco Heathen (2002) refletiu suas impressões em relação aos Ataques de 11 de setembro de 2001, com letras centradas na degradação da humanidade e do mundo.
Bowie logrou construir uma vasta carreira e também compôs várias canções de amor, como "Liza Jane" (sua primeira gravação musical), "Stay", "Let's Dance", "Heroes", que retrata um amor que supera qualquer diferença, mesmo as políticas e sociais, e que foi baseada em dois amantes que Bowie viu beijando-se em lados opostos ao do Muro de Berlim.[169] Além de lançar discos de tons e elementos fantásticos, como The Man Who Sold the World (1970), muitas de suas músicas criticam a sociedade, como "Fame" e "Life on Mars?" (certa vez disse que essa última referia-se à reação sensível de uma jovem diante da mídia e sobre os rumores que o povo conta de um lugar melhor para se viver), e também satirizou o machismo e a sexualidade em "Boys Keep Swinging", faixa de Lodger (1979). Para concluir, Reality (2003) faz uma reflexão sobre toda sua carreira e na faixa título ele canta: "Acertei, errei/estou de volta ao começo/procurei um sentido e não cheguei a nada/Hey garoto, bem-vindo à realidade" num som pesado movido a três guitarras, bateria e baixo sincopado como os rocks energéticos de suas fases do passado.
A influência de David Bowie é imensa, musical e socialmente. Suas canções e as apresentações inovadoras trouxeram uma nova dimensão para a música popular do começo da década de 70, influenciando fortemente tanto suas formas imediatas como seu desenvolvimento posterior. Pioneiro do glam rock, de acordo com vários críticos Bowie criou o gênero ao lado de Marc Bolan. O biógrafo David Buckley considera que, nessa época, ele surgiu como a última estrela pop de todos os tempos e que nenhuma outra veio a existir após dele; sua produção musical durante a década criou um dos maiores cultos da cultura pop. De acordo com diversos autores, por exemplo, ao incorporar personas andróginas como Ziggy Stardust e Aladdin Sane na era do glam rock nos anos 70, Bowie recriou uma classe adolescente independente na época e também auxiliou movimentos como a libertação gay. Nessa era, sua postura ajudou a criar novas modas e jeitos de se vestir nas cenas de rock e música, apresentando roupas que ainda interessam as pessoas de hoje em dia.
Musicalmente, Bowie também tem sido muito influente. The Man Who Sold the World (1970), por exemplo, influenciou elementos do goth rock, darkwave e da ficção científica de bandas como Siouxsie and the Banshees, The Cure, Gary Numan, John Foxx e Nine Inch Nails. Kurt Cobain do Nirvana colocou essa álbum em 45º lugar na sua lista de 50 discos favoritos. Em 1993, o grupo grunge regravou sua faixa-título em seu MTV Unplugged in New York. Após a era do glam rock, Bowie lançou álbuns como Diamond Dogs (1974), cujo som pesado e temática de caos urbano antecipava a revolução punk de bandas como The Germs e Sex Pistols que tomariam espaço nos anos finais da década de 70. Ao mesmo tempo, por inspirar os primeiros artistas do movimento, Bowie tornou-se "uma das influências mais seminais do punk", nas palavras do biógrafo Michael Campbell. David Buckley escreve: "Numa época em que o punk rock reclamava de uma canção de três minutos num concerto de desafio público, Bowie quase que completamente já havia abandonado a instrumentação tradicional do rock." Mesmo após essa revolução sua obra inspirou outros. Em 1976, o valorizado Station to Station exerceu enorme influência no pós-punk, principalmente na Magazine. No ano seguinte, "Heroes" (1977) da 'Trilogia de Berlim' serviu de base para John Lennon e Yoko Ono produzirem seu último álbum juntos, Double Fantasy (1980).Sua carreira na década seguinte, especialmente a canção "Ashes to Ashes" e seu vídeo clipe, providenciou as bases para um novo movimento musical da época, chamado New Romantic, influenciando artistas como Blitz Kids, Keanan Duffty, e Steve Strange. De fato, diversos críticos têm escrito que tal canção era considerada o hino dos músicos do New Romantic. Em 1986, Joey Santiago introduzia a música de Bowie e bandas de punk rock a Black Francis, e assim nascia o Pixies.
A influência de David Bowie continua nos dias de hoje, mesmo em artistas de diversos gêneros e países. Podemos citar Mark Ronson, Brandon Flowers (do The Killers), Paul Weller, Marilyn Manson (Bowie é a maior influência deles), Boy George, Groove Armada, Spacehog, Neïmo, Arckid, Stacey Q, Buck-Tick, Lady Gaga, e muitos outros. Em 2010, Bono Vox do U2 declarou: "O que Elvis foi para os Estados Unidos, Bowie foi para a Inglaterra e Irlanda. Uma completa mudança de consciência".
Thomas Forget certa vez escreveu: "Por ter se sucedido em vários estilos musicais diferentes, é quase impossível encontrar um artista popular hoje em dia que não tenha sido influenciado por David Bowie." Além disso, certos críticos também escrevem que David Bowie legou determinada sofisticação à música rock e sua obra tem sido constantemente considerada como de profunda qualidade intelectual.
O sucesso de 1969 "Space Oddity" levou-o a receber um Ivor Novello especial por sua originalidade. Por sua atuação no filme de ficção científica The Man Who Fell to Earth de 1976 ele ganhou um Prêmio Saturn de Melhor Ator. Nas décadas seguintes, foi agraciado com diversos prêmios especializados em música por suas canções e seus vídeo clipes recebendo, entre outros, dois Grammy Award e dois Brit Awards.
Em 1999, Bowie foi convidado a ser Comandante da Ordre des Arts et des Lettres do governo da França. No mesmo ano, recebeu um doutorado honorário da Berklee College of Music. Em 2000, recusou a condecoração de Ordem do Império Britânico e, em 2003, recusou tornar-se Cavaleiro da Ordem do Império Britânico, declarando: "Nunca tive a intenção de aceitar algo como isso. Realmente não sei para que serve. Não foi para isso que passei minha vida trabalhando."
Ao longo de sua carreira, Bowie já vendeu um estimado de 136 milhões de álbuns. No Reino Unido, já foi classificado com 9 discos de platina, 11 de ouro e 8 de prata e, nos Estados Unidos, 5 discos de platina e 7 de ouro. Em 2002, numa pesquisa popular da BBC chamada 100 Greatest Britons ("Os 100 Maiores Britânicos"), ficou em 29º lugar. Em 2004, a revista Rolling Stones, consultando críticos e especialistas na área musical, classificou-o na 39ª posição em sua lista de 100 Maiores Artistas do Rock de Todos os Tempos, e na 23ª posição na lista de melhores cantores de todos os tempos.
Bowie entrou para o Rock and Roll Hall of Fame em 17 de janeiro de 1996.
Amostra da canção "Space Oddity". Realizada em julho de 1969 para coincidir com o primeiro pouso na Lua, foi a primeira do artista a receber relativo sucesso.
Bowie conheceu Angela Barnett em abril de 69. Se casariam dentro de um ano. O impacto da moça sobre ele foi imediato, e o envolvimento dela em sua carreira teve longo alcance, deixando o empresário Kein Pitt em influência limitada. Estabelecido como artista solo após "Space Oddity", sentia falta de algo: "uma banda em tempo livre para apresentações e gravações—pessoas enfim com as quais ele poderia se relacionar pessoalmente." A lacuna se fortaleceu quando teve uma rivalidade artística com Marc Bolan, na época seu guitarrista de estúdio. Mas uma banda foi devidamente montada: John Cambridge, baterista que Bowie conheceu no Arts Lab, foi convivado por Tony Visconti, que tocaria no baixo, e Mick Ronson na guitarra elétrica. Após uma breve e desastrosa manifestação sob o nome de Os Hype, o grupo sofreu nova reconfiguração, agora apresentando Bowie como artista solo. O trabalho inicial do grupo ficou marcado por um desentendimento acalorado entre Bowie e Cambridge sobre o estilo do segundo de tocar bateria; a discussão chegou no ápice quando Bowie soltou: "Você está fudendo meu álbum". Cambridge deixou o grupo e foi substituído por Mick Woodmansey. Pouco tempo depois, ocorreu um ato que resultaria em anos de litígio: Bowie viu-se forçado a pagar indenização a Pitt, e por isso o demitiu, substituindo-o por Tony Defries. "The Man Who Sold The World"
Trecho da canção do álbum homônimo (1970). À exemplo de contemporâneos como Led Zeppelin e Black Sabbath, antes de fazer sucesso com Ziggy Stardust Bowie escreveu um disco com canções de rock pesado e misterioso.
Já o disco seguinte, Hunky Dory (1971) trouxe canções mais poéticas e com orientação pop e folk, como o sucesso "Life on Mars?", uma crítica à sociedade.
As sessões de estúdio resultaram em seu terceiro disco, The Man Who Sold the World (1970), caracterizado pelo som de rock pesado da sua nova banda e que marcou explicitamente um afastamento do violão e do estilo folk estabelecido em Space Oddity. Para promover o álbum nos EUA, a Mercury Records financiou uma turnê de divulgação em que Bowie, entre janeiro e fevereiro de 1971, foi entrevistado por emissoras de rádio e mídia. Explorando sua aparência andrógina, a capa original da versão britânica retrata o cantor com cabelos longos e um vestido: ele o utilizou durante as entrevistas—para a aprovação de críticos, incluindo John Mendelsohn da Rolling Stones que o descreveu da seguinte forma: "deslumbrante, quase desconcertantemente lembra Lauren Bacall", e, nas ruas, a reação das pessoas variava entre o riso e a surpresa, até que um dos pedestres abordou Bowie com um revólver e lhe disse: "beije minha bunda". Durante a viagem, conheceu o trabalho de dois americanos proto-punks que foram seminais e que o levaram a desenvolver o conceito que formaria mais tarde a persona Ziggy Stardust: a fusão da personalidade de Iggy Pop com a música de Lou Reed; ambos elementos o fizeram produzir "o último ídolo pop". Uma amiga recordou seu hábito de "rabiscar notas em guardanapos sobre uma estrela do rock doida, chamada Iggy ou Ziggy", e, retornando à Inglaterra, declarou a intenção de criar uma personagem "que parecesse que havia chegado de Marte."
No álbum Hunky Dory (1971), Visconti, seu produtor e baixista, foi substituído de ambos os papéis por Ken Scott e Trevor Bolder, respectivamente. O álbum testemunhou o retorno parcial do cantor de "Space Oddity", com canções como "Kooks", escrito para seu filho, Duncan Zowie Haywood Jones, nascido em 30 de maio. Os pais escolheram seu nome kooky-o menino seria conhecido como Zowie pelos próximos 12 anos-por conta da palavra em grego zoe, vida. Por outro lado, o álbum também explorou temas sérios, e homenageia algumas de suas influências musicais, nas canções "Song for Bob Dylan", "Andy Warhol", e "Queen Bitch" (pastiche do som do Velvet Underground). O disco, contudo, não alcançou sucesso comercial na época.
Em sua empreitada musical seguinte, Bowie desafiou, nas palavras do biógrafo David Buckley, "a crença central da música rock de sua época" e "criou provavelmente o maior culto da cultura popular." Vestido com um traje notável, seus cabelos tingidos de vermelho, e o rosto e os lábios fortemente maquiados, Bowie inaugurou a apresentação de Ziggy Stardust com os The Spiders from Mars—Ronson, Bolder e Woodmansey—num pub chamado Toby Jug em Tolworth, em 10 de fevereiro de 1972. A apresentação foi um sucesso e levou-o ao estrelato; Ziggy e os Spiders from Mars viajaram pelo Reino Unido ao longo dos próximos seis meses e propagaram um "culto a Bowie" que "era único, sua influência durou mais tempo e tem sido mais criativa do que talvez quase todas as forças dentro da cultura pop." Combinando elementos do hard rock de The Man Who Sold the World com o rock mais leve e experimental de Hunky Dory, o disco The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars (1972) foi lançado em junho. "Starman", divulgada como canção principal do álbum, fez com que o Reino Unido focasse todos seus olhos em Bowie: ambos o single e o LP atingiram o topo rapidamente após sua performance da canção ser apresentada em julho no Top of the Pops. O álbum, que permaneceria nas paradas por dois anos, logo se juntou ao Hunky Dory, que agora fazia seis meses de idade. Ao mesmo tempo, as canções "John, I’m Only Dancing" e "All the Young Dudes", escrita e produzida para Mott the Hoople, tornaram-se sucesso em seu país de origem. A Ziggy Stardust Tour continuou pelos Estados Unidos.
Bowie contribuiu com back vocals no álbum solo Transformer (1972) de Lou Reed, co-produzindo o disco com Ronson. Seu Aladdin Sane (1973), que ainda trazia o glam rock à tona, atingiu o primeiro lugar no Reino Unido—tornando-se seu primeiro álbum a alcançar tal posição. Descrito pelo próprio Bowie como "Ziggy vai à América", contém canções que ele escreveu durante a viagem aos Estados Unidos, que depois continuou pelo Japão para promover o novo álbum de 73. Alladin Sane foi o primeiro álbum de Bowie realizado quando ele já era, de certa forma, conhecido como pop star, e trouxe outros sucessos, como "The Jean Genie", "Drive-In Saturday" e "Let's Spend the Night Together", cover dos Rolling Stones. "Ziggy Stardust"
Amostra da canção "Ziggy Stardust" (1972). Ela conta a história da persona homônima, incorporada por Bowie e que o creditou como pioneiro do glam rock.
"Starman" (1972) foi um dos maiores sucessos de Ziggy e diz que há um homem esperando pelos humanos no céu.
Seu amor em atuar o fez imergir em personagens criados para suas músicas. "Fora dos palcos sou um robô. No palco eu adquiro emoção. Provavelmente por isso que prefiro vestir-me como Ziggy do que como David." Porém, com a satisfação vieram graves dificuldades pessoais: atuando como a mesma pessoa por um longo período, tornou-se impossível separar Ziggy Stardust—e, mais tarde, o Thin White Duke—de sua própria pessoa nos bastidores. Ziggy, Bowie disse certa vez, "não me deixava sozinho durante anos. Foi quando tudo começou a azedar... Minha própria personalidade como um todo havia sido afetada. Tornou-se muito perigoso. Eu realmente tinha dúvidas sobre minha própria sanidade." Suas apresentações tardias como Ziggy, que incluíam canções do disco Ziggy Stardust bem como do Aladdin Sane, eram ultrateatrais, muitas vezes utilizando elementos da mímica aprendida anos antes com Lindsay Kemp, e cheias de momentos chocantes, em cenas nas quais Bowie simulava um sexo oral na guitarra de um Ronson elétrico. Bowie viajou e deu conferências de imprensa como Ziggy antes de uma abrupta e dramática "aposentadoria" dos palcos no Hammersmith Odeon, Londres, em 3 de julho de 1973. Foram realizadas filmagens desse evento final e histórico, e lançadas em 1983 como Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, dirigido por D. A. Pennebaker.
Depois de romper a união bem-sucedida com os Spiders from Mars, Bowie tentou deixar Ziggy para trás. Seu catálogo anterior aos sucessos de 1972 estavam sendo cada vez mais requisitados: The Man Who Sold the World foi relançado em 1972 junto com Space Oddity. "Life on Mars?", de Hunky Dory, é lançado em junho de 1973 e chegou à terceira posição na UK singles chart. Em setembro, "The Laughing Gnome", gravado originalmente em 1967, atingiria a quarta posição. Pin Ups, coleção de covers de suas canções favoritas da década de 1960, foi lançado em outubro de 73, e trouxe o hit "Sorrow", que alcançou a primeira posição, dando a Bowie o crédito de artista mais vendido no Reino Unido em 1973. Também cresceram a vendagem de seus álbuns anteriores, que chegaram, juntos, à sexta posição no UK chart.
Amostra de "Future Legend", faixa que inicia o disco de 1974 Diamond Dogs. É um áudio que acompanha apenas a voz de Bowie anunciando um mundo selvagem pós-apocalíptico que se segue nas faixas seguintes.
Refrão de "Rebel Rebel" (1974), que, por sua letra e melodia jocosas, ainda nos remete ao glam rock de 72 ao se referir a uma moça "rebelde" e andrógina cuja mãe não sabe se ela é uma menina ou um menino.
Bowie mudou-se para os Estados Unidos em 1974, hospedando-se em Nova Iorque antes de se estabelecer em Los Angeles. Diamond Dogs (1974), álbum que o encontrou dividido entre o soul e o funk, derivou-se de duas idéias distintas: um musical baseado num futuro selvagem e sediado numa cidade pós-apocalipse e a tarefa de musicar o livro 1984 de George Orwell. O disco alcançou a primeira posição no Reino Unido e a quinta nos EUA, gerando os sucessos "Rebel Rebel" e "Diamond Dogs". Para promovê-lo, Bowie lançou a Diamond Dogs Tour, visitando cidades da América do Norte entre junho e dezembro de 1974. Com coreografias de Toni Basil, e ricamente produzido com elementos teatrais e efeitos especiais, a produção de alto orçamento foi filmada por Alan Yentob. O resultado dessas imagens foi o documentário Cracked Actor, apresentando um Bowie pálido e magérrimo: de fato, a turnê coincidiu com a queda do cantor em usar constantes doses de cocaína, que o afetou com debilidades físicas graves, paranóias e problemas emocionais. Mais tarde, Bowie comentaria que seu primeiro álbum ao vivo, David Live (David ao vivo, 1974), deveria se chamar "David Bowie Está Vivo e Bem e Vivendo Apenas na Teoria". David Live, no entanto, solidificou seu status de superstar, e alcançou a segunda posição no Reino Unido e a oitava nos EUA. Depois de uma curta pausa em Filadélfia, onde Bowie também gravou novo material, a turnê recomeçou com uma nova ênfase na música soul.
O fruto dessas sessões de gravação na Filadélfia foi o disco Young Americans (1975). O biógrafo Chritopher Sandford comenta: "Ao longo dos anos, a maioria dos roqueiros britânicos tentaram, de uma forma ou de outra, tornar-sem negros por extensão. Poucos tinham se sucedido tão bem como Bowie." A levada do álbum, que o cantor chamou de plastic soul, constituiu uma mudança radical no estilo que, inicialmente, alienou muitos de seus devotos do Reino Unido. Young Americans trouxe a primeira canção de Bowie a atingir a primeira posição nos EUA, "Fame", co-escrita com John Lennon, que também contribuiu com backing vocals, e Carlos Alomar. Distinguindo-se como um dos primeiros artistas brancos a aparecer no programa de variedades americano Soul Train, Bowie cantou "Fame" e "Golden Years", seu single de outubro. O disco foi um sucesso comercial nos EUA e no Reino Unido e, aproveitando tal prestígio, as gravadoras relançaram "Space Oddity" de 1969, que então veio a ser a primeira canção do artista a atingir a primeira posição no Reino Unido, meses depois de "Fame" alcançar o mesmo nos EUA. Embora seu estrelato nessa época estivesse melhor estabelecido, Bowie só existia essencialmente quando podia mudar e surpreender, mesmo com as vendas estabelecidas de suas gravações (na época, mais de um milhão de cópias só do álbum Ziggy Stardust). Em 1975, ecoando o desentendimento amargo que teve com Pitt quinze anos antes, Bowie demitiu seu novo empresário. No auge do conflito que se seguiu em meses de duração na justiça, assistiu, como descreve o biógrafo Christopher Sandford, "milhões de dólares de seus ganhos futuros serem entregues a DeFries em termos excepcionalmente generosos", e então "trancafiou-se na West 20th Street, onde por uma semana seus gritos podiam ser ouvidos através da porta do sótão trancado." Michael Lippman, seu advogado durante as negociações, tornou-se também seu mais novo empresário; Lippman, por sua vez, receberia uma compensação significativa depois de também ser demitido por Bowie no ano seguinte.
Station to Station (1976) apresentava uma nova persona, o "Thin White Duke" do título principal. Visualmente, era uma extensão de Thomas Jerome Newton, o extraterrestre que ele retratou no filme The Man Who Fell to Earth do mesmo ano. Desenvolvendo o funk e o soul de Young Americans, este novo disco também prefigurava o krautrock e sintetizava a música dos seus próximos lançamentos. Trazia um Bowie interessado em misticismo e na Cabala. Sua toxicodependência tornou-se pública quando Bowie foi entrevistado por Russell Harty no programa London Weekend Television, numa antecipação da turnê do álbum. Pouco antes da entrevista propagada via satélite começar, era anunciada a morte do ditador espanhol General Franco. Pediram para que Bowie abandonasse a reserva do satélite a fim de que permitisse que o governo espanhol transmitisse notícias sobre o ocorrido. Recusou-se a fazê-lo, e sua entrevista continuou. Na conversa em que se seguiu, conforme descrito pelo biógrafo David Buckley, "o cantor não deu nenhum sentido àquela que foi uma entrevista bastante extensa. [...] Bowie parecia completamente desconexo e mal conseguia pronunciar uma fase coerente." Sua sanidade tornou-se distorcida pela cocaína e ele sofreu overdoses durante todo o ano, além de emagrecer fisicamente de maneira alarmante.
O lançamento de Station to Station aconteceu em janeiro de 1976 e foi seguido em fevereiro por uma turnê de três anos e meio pela Europa e América do Norte. Apresentando todas as faixas do disco, a Isolar – 1976 Tour também destacou as canções do álbum, incluindo a dramática e longa canção-título "Station to Station", as baladas "Wild Is the Wind" e "Word on a Wing", além dos funks "TVC 15" e "Stay". A banda que tocou no disco e na turnê consistia do guitarrista Carlos Alomar, baixista George Murray, e baterista Dennis Davis-que continuariam como unidade estável e criativa pelos próximos anos da década. A turnê logrou ser bem sucedida, mas foi cercada por controvérsias políticas. Em Estocolmo, foi creditada à Bowie a frase de que "a Grã-Bretanha poderia beneficiar-se de um líder fascista" e posteriormente ele foi preso pela alfândega na fronteira Rússia-Polônia por posse de parafernálias nazistas."Station to Station"
Amostra da canção "Station Station" (1976), do álbum homônimo. É a canção de estúdio mais longa da carreira de David Bowie (dura cerca de 10 minutos e 14 segundos) e apresenta sua última persona, The Thin White Duke, interessado em misticismo e na Cabala.
Nessa época também ocorreu o "incidente da Estação Victoria": chegando num conversível Mercedes-Benz, Bowie acenou para a multidão em um gesto que alguns alegaram ter sido a saudação nazista, e cuja fotografia foi tirada e publicada na NME. Bowie afirmou tempos depois que o fotógrafo simplesmente havia o pegado acenando, declaração apoiada pelo então jovem Gary Numan, que estava entre a multidão naquele dia: "Pense nisso. Se um fotógrafo tira uma foto de alguém acenando, você vai ter uma saudação nazi no final do movimento de cada braço. Tudo que você precisa é algum idiota num jornal de música ou algo do tipo para fazer uma matéria sobre isso..." Mais tarde, o músico também se arrependeu por seus comentários pró-fascismo e seu comportamento durante o período de vícios e do caráter do Thin White Duke. Disse: "Eu estava fora da minha mente, totalmente enlouquecido. As únicas coisas das quais eu estava ligado eram mitologia... aquela coisa toda sobre Hitler e o Direitismo... Eu descobri o Rei Artur..." De acordo com o dramaturgo Alan Franks, escrevendo mais tarde no The Times, "ele realmente estava demente" e teve experiências muito ruins com drogas pesadas.
Mudando-se para a Suíça em 1976, comprou um chalé numa montanha no norte do Lago de Genebra. Na nova residência, sua dependência pela cocaína cresceu; além disso, quis aventurar-se em atividades extra-musicais. Começou a pintar e produziu uma série de quadros pós-modernistas. Na turnê, costumava desenhar num caderno e fotografar cenas que serviriam de referência futura. Ao visitar o Brücke Museum em Berlim e outras galerias em Genebra, Bowie se transformou, nas palavras do biógrafo Christopher Sandford, "num prolífico pintor e colecionador de arte contemporânea. Mas não somente um famoso patrono de arte expressionista: trancafiado em Clos des Mésanges, iniciou um curso intensivo de auto-aperfeiçoamento em música clássica e literatura, e começou a trabalhar numa autobiografia." Tais aperfeiçoamentos só viriam a enriquecer seu trabalho de estúdio e palco.
1976 ainda não tinha terminado quando seu interesse pela cena musical da Alemanha e seu vício em drogas o levaram a mudar-se para a Berlim Ocidental, no intuito de renovar e revigorar sua carreira musical. Trabalhando com Brian Eno, enquanto dividia um apartamento em Schöneberg com o mais novo amigo Iggy Pop, concentrou-se na música minimalista e ambiental em seus três próximos álbuns, co-produzidos com Tony Visconti, que vieram a ser conhecidos como sua Trilogia de Berlim. Nessa época, Pop lançou seu primeiro álbum solo sem os Stooges, chamado The Idiot, e, mais tarde, Lust for Life, ambos de 1977, com contribuições de Bowie em melodias e letras, realizando turnês pela Europa, Reino Unido, e nos EUA em março e abril de 1977. O disco Low (1977), parcialmente influenciado pelo som krautrock do Kraftwerk e do Neu!, evidenciou um afastamento de composições e narrações para um estilo mais abstrato, em que as letras eram esporádicas e opcionais. Na época do lançamento, ele recebeu críticas negativas por isso—e a própria gravadora, a RCA, preocupada em manter sua dinâmica comercial, não aprovou o álbum, e o ex-empresário de Bowie, Tony DeFries, embora ainda mantivesse um significante interesse financeiro nos assuntos do cantor, tentou se prevenir desse fracasso. Apesar desses pressentimentos preliminares, a canção "Sound and Vision" atingiu a terceira posição no UK chart; o sucesso levou Philip Glass, compositor contemporâneo, descrever o disco como "uma obra de gênio" em 1992, quando se baseou nele para sua Symphony No. 1 (posteriormente, Glass também usaria o próximo álbum de Bowie como base para sua Symphony No. 4 "Heroes". Não demorou para que notassem o talento de Bowie em criar músicas complexas que pareciam simples. "Heroes"
Amostra da canção "Heroes" (1977), uma das canções de rock ambiental a surgirem durante a Trilogia de Berlim, e também uma das canções de Bowie a alcançar popularidade duradoura anos depois.
O segundo disco da trilogia, "Heroes" (1977), refletiu a abordagem instrumental e minimalista de Low e também incorporou elementos do pop e do rock, além de receber contribuição do guitarrista Robert Fripp. Assim como o álbum anterior, "Heroes" evidenciou o espírito da época da Guerra Fria, simbolizada por uma Alemanha dividida pelo Muro de Berlim. Neste novo trabalho Bowie incorporou sons ambientes de uma variedade de fontes, incluindo geradores de ruídos, sintetizadores e o koto, instrumento japonês, e logrou sucesso, pois ele atingiu a terceira posição no Reino Unido. Sua faixa-título—baseada no amor incondicional de dois amantes dos lados opostos do Muro de Berlim que Bowie via se unirem diariamente—embora tenha alcançado somente a 24ª posição nas paradas britânicas, ganhou popularidade tardia duradoura, e em poucos meses tinha sido lançada em alemão e em francês. No final daquele ano, Bowie a cantou no programa de televisão Marc, apresentado pelo colega Marc Bolan, e dois dias depois para o especial de Natal de Bing Crosby, quando juntou-se a ele em "Peace on Earth/Little Drummer Boy", versão de "The Little Drummer Boy" com um novo e contrapontual verso. Cinco anos depois, o dueto gozaria de fama mundial ao alcançar a terceira posição nas paradas britânicas no Natal de 1982.
Terminando Low e "Heroes", Bowie ocupou grande parte de 1978 a trabalhar na Isolar II, levando canções dos dois primeiros álbuns da Trilogia para quase um milhão de pessoas, durante 70 apresentações ao vivo em 12 países. Naquele momento o artista havia parado com seu vício em drogas; como escreve David Buckley, a Isolar II foi "sua primeira turnê durante cinco anos em que ele não se anestesiou com grandes quantidades de cocaína antes de subir no palco. [...] Sem o esquecimento que as drogas lhe traziam, estava com uma condição mental o suficientemente saudável para fazer novos amigos." A turnê recebeu filmagens que foram lançadas no mesmo ano em Stage, seu segundo álbum ao vivo.
Lodger (1979)—tríptico final daquilo que Bowie chamaria de Trilogia de Berlim—absteve-se da natureza ambiental e minimalista dos outros dois e traz uma levada que nos remete às baterias e às guitarras do rock e do pop que prefiguraram sua carreira anterior à estadia em Berlim. O resultado foi uma mistura complexa de New Wave e World Music. Algumas das faixas, como "Boys Keep Swinging", "Move On" e "Red Money", foram compostas utilizando as cartas das Estratégias oblíquas de Eno. O álbum havia sido gravado na Suíça. Antes de seu lançamento, Mel Ilberman da RCA declarou: "Não seria justo chamar o disco de o Sergeant Pepper de Bowie [...] um álbum conceitual que retrata o Inquilino (Lodger) como um andarilho sem teto, evitado e vitimado pelas pressões da vida e da tecnologia." Como descreve o biógrafo Christopher Sandford, "A gravação coincidiu com várias esperanças frustradas, e com a produção, que significava o fim da parceria de 15 com Eno." Lodger chegou à quarta posição nas paradas britânicas e na vigésima nos EUA, rendendo os singles "Boys Keep Swinging" e "DJ". Em finais de 79, Bowie e Angela iniciaram o processo de divórcio, e, após meses de disputas judiciais, seu casamento terminou em inícios de 1980.
Em 1980, foi lançado o álbum Scary Monsters (and Super Creeps), trazendo a canção "Ashes to Ashes", que alcançou o primeiro lugar nas paradas. A canção revisitava o personagem Major Tom de "Space Oddity". O videoclipe da canção foi um dos mais caros—e também um dos mais inovadores—de todos os tempos. Embora esse disco utilizasse princípios estabelecidos pela trilogia de Berlim, foi considerado pelos críticos como muito mais direto musical e liricamente. Ele teve contribuições de guitarristas como Fripp, Pete Townshend, Chuck Hammer e Tom Verlaine. Com "Ashes to Ashes" atingindo o topo das paradas britânicas, Bowie abriu uma apresentação de três meses no Teatro Broadway em 24 de setembro, estrelando na peça O Homem Elefante.
Em 1981, Bowie encontrou-se com a banda Queen e ambos realizaram um single, "Under Pressure", retratando a pressão social. O dueto foi um sucesso e tornou-se o terceiro single de sua carreira a atingir a primeira posição nas paradas britânicas. Ainda no mesmo ano, ele fez uma aparição no filme alemão Christiane F., uma história baseada em fatos reais sobre uma adolescente viciada em drogas na Berlim da década de 1970. A trilha sonora, constituída principalmente por canções já escritas anteriormente por Bowie, foi lançada como Christiane F. meses depois. Bowie interpretou o papel principal de uma adaptação televisiva de 1981 da peça Baal de Bertolt Brecht. Coincidindo com essa transmissão, foi lançado um extended play com cinco faixas da peça, todas gravadas em Berlim. Em março de 1982, um mês antes do filme Cat People de Paul Schrader ser lançado, a canção de Bowie homônima, "Cat People", foi realizada como single, logrando um curto sucesso nos EUA e entrando no UK top 30.
Trecho da canção "Let's Dance" (1983), uma de suas canções mais famosas e que o fez cativar uma nova audiência nos anos 80.
Bowie atingiu novo pico de popularidade e sucesso comercial em 1983 com o disco Let's Dance, que também o fez cativar uma nova audiência. Co-produzido por Nile Rodgers da banda Chic, o álbum ganhou disco de platina no Reino Unido e nos EUA. Seus três singles principais tornaram-se um dos vinte maiores sucessos de ambos os países, e sua faixa-título alcançou a primeira posição. "Modern Love" e "China Girl" alcançaram a segunda posição no Reino Unido, e geraram dois aclamados vídeos promocionais que, como escreve o biógrafo David Buckley, "foram totalmente absorventes e ativaram arquétipos fundamentais no mundo pop. O vídeo clipe para 'Let's Dance', com sua narrativa em torno do jovem casal de aborígenes, tinha como público alvo a 'juventude', e 'China Girl', com sua cena (que depois foi parcialmente censurada) de um namoro nu na praia (homenagem ao filme A Um passo da Eternidade), foi sexualmente provocante o bastante para que garantisse sua alta frequência na MTV. Em 1983, Bowie surgia como um dos artistas de vídeo-clipes mais importantes da época." Let's Dance seguiu-se com uma turnê mundial chamada Serious Moonlight Tour, durante o qual Bowie recebia contribuições de Earl Slick na guitarra e Frank e George Simms no backing vocal. A viagem musical durou seis meses e foi extremamente popular.
Tonight (1984), outro álbum dançante, trouxe Tina Turner cantando com Bowie na faixa-título, que foi escrita com o amigo Iggy Pop. O disco também trazia covers, como o sucesso de 1966 "God Only Knows" dos Beach Boys, e a canção "Blue Jean", baseada no curta-metragem Jazzin' for Blue Jean, garantiu a Bowie o Grammy Award for Best Short Form Music Video. Em 1985, ele se apresentou no Estádio de Wembley para o Live Aid—uma série de concertos com músicos famosos e aclamados da época na tentativa de arrecadar fundos contra a fome na Etiópia. Durante o evento, Bowie gravou um videoclipe com um de seus ídolos, Mick Jagger, em que cantam e dançam juntos a canção "Dancing in the Street", sucesso de 1964 na voz de Martha and the Vandellas, e que deu ao dueto a primeira posição nas paradas. No mesmo ano, Bowie juntou-se ao Pat Metheny Group na gravação de "This Is Not America" para a trilha sonora do filme The Falcon and the Snowman. Realizada como single, a canção tornou-se um dos 40 sucessos das paradas britânicas e americanas.
Em 1986, deram um papel à Bowie no filme Absolute Beginners, que foi mal recebido pelos críticos, mas que sustentou-se pela canção-tema, escrita por David Bowie, também chamada "Absolute Beginners" e que atingiu o segundo lugar nas paradas britânicas. No mesmo ano, o filme Labirinto estreia e Bowie, que compôs e cantou cinco canções para o filme, também atuou como a personagem Jareth, o que lhe garantiu extrema popularidade. Seu último disco solo da década foi Never Let Me Down de 1987, em que ele abandona a levada de seus dois álbuns anteriores, e oferece um rock pesado com uma mistura de techno e industrial. Embora tenha sido um relativo fracasso, atingiu a sexta posição nas paradas britânicas e rendeu as canções "Day-In Day-Out", "Time Will Crawl" e "Never Let Me Down". Tempos depois Bowie o descreveria como seu "nadir" e o chamaria de um "álbum ruim". A série de 86 concertos chamada de Glass Spider Tour surgiu nessa época, em 20 de maio, com o intuito de apoiar o disco. Na guitarra principal, a banda contava com Peter Frampton. Os críticos difamaram a turnê, dizendo que, se comparada às tendências contemporâneas da música de arena e estádio, seus efeitos especiais e suas danças a tornavam demasiadamente cansativa.
David Bowie esqueceu-se de sua carreira solo em 1989, recuando pela primeira vez ao relativo anonimato de membros de banda desde o início dos anos 70. Tin Machine especializou-se como quarteto de hard rock e surgiu depois de Bowie trabalhar experimentalmente com o guitarrista Reeves Gabrels. Completavam a formação Tony Sales e Hunt Sales, irmãos que Bowie conhecia desde a década de 70 por trabalharem na bateria e no baixo, respectivamente, em Lust for Life (1977) de Iggy Pop, disco produzido por Bowie.
Embora pretendesse que o Tin Machine funcionasse democraticamente, Bowie dominou a banda, tanto nas composições como na tomada de decisões importantes. O disco de estreia, Tin Machine (1989), teve inicial popularidade, apesar de suas letras politizadas não terem logrado aprovação universal: Bowie descreveu uma de suas canções como "simplista, ingênua e radical, desistindo de falar sobre o aparecimento de neo-nazistas"; na visão do biógrafo Christopher Sandford, o disco "teve coragem de denunciar drogas, fascismo e televisão [...] em termos de ter atingido o nível literário de uma história em quadrinhos." A EMI reclamou das "letras pregativas", da falta de produção e da abundância de minimalidade. De qualquer forma, o disco alcançou a terceira posição no Reino Unido. A primeira turnê mundial do Tin Machine foi um sucesso comercial, embora fãs e críticos relutassem bastante em aceitar as apresentações de Bowie como mero membro da banda. Uma série de canções e singles fracassaram e, após um desentendimento com a EMI, Bowie decidiu finalmente largar a gravadora. Assim como o público e a imprensa, cada vez mais ele tornou-se descontente com seu papel de simples membro de uma banda. O Tin Machine começou a trabalhar num segundo álbum, porém concordaram em esperar mais um tempo e, nessa espera, Bowie deu um rápido retorno à carreira solo. Na Sound+Vision Tour, tocando seus primeiros e maiores sucessos, anteriores ao disco Tonight, durante sete meses, logrou novo sucesso comercial e novamente a aclamação crítica. Essa turnê contou com suas primeiras apresenções na América do Sul—Rio de Janeiro (Sambódromo), São Paulo (Estádio Palestra Itália, Teatro Olympia), Santiago (Estádio Nacional de Chile) e Buenos Aires (Estádio Monumental de Núñez)—de 20 a 29 de setembro, com milhões de audiências e transmissões da Rede Globo.
Em outubro de 1990—dez anos depois de seu divórcio com Angela—Bowie conheceu a modelo somali Iman Abdulmajid, através de um amigo em comum. Bowie recordou: "Eu estava a dar o nome de nossos futuros filhos na noite em que nos conhecemos... foi uma coisa absolutamente imediata." Eles se casaram em 1992. Enquanto isso, ainda em 1991, o Tin Machine voltou a trabalhar após a turnê solo de Bowie bem-sucedida, porém, o público e a crítica, que já estavam desapontados com o primeiro álbum do grupo, não mostrou muito interesse por um segundo. O lançamento de Tin Machine II ficou marcado por uma ampla divulgação e um conflito inoportuno por causa de sua capa: após a produção ter começado, a nova gravadora, Victory, considerou retratar os quatro membros da banda nus em formato de estátuas kouros, o que seria para ser, segundo Bowie, "num gosto requintado", tornou-se para a mídia uma espécie de "imagens obscenas" a precisar de aerografia e remendos a fim de tornar as figuras assexuadas. Tin Machine excursionou novamente, porém, após o álbum ao vivo Tin Machine Live: Oy Vey, Baby, fracassou comercialmente, e a banda se separou; Bowie, embora continuasse a colaborar e a trabalhar com Gabrels, retomou sua carreira solo.
Em abril de 1992, Bowie participou do Concerto em Tributo a Freddie Mercury, após a morte do vocalista do Queen no ano anterior. Cantou "Heroes" e "All the Young Dudes"; não poderia deixar de cantar "Under Pressure", em que foi acompanhado por Annie Lennox, que cantou a parte de Freddie Mercury na canção. Quatro anos depois, Bowie e Iman estavam casados na Suíça. Com a intenção de se mudarem para Los Angeles, o casal voou até os EUA para procurar um imóvel adequado, mas tiveram que se confinar no seu hotel, sob toque de recolher: os Distúrbios de Los Angeles em 1992 começaram bem no dia em que eles embarcaram. Por fim, se estabeleceram em Nova Iorque.
Em 1993, o lançamento de Black Tie White Noise trouxe um Bowie influenciado em hip-hop, jazz e soul. O álbum, que novamente o reuniu com o produtor de Let's Dance, Nile Rodgers, fazia uso proeminente de instrumentos eletrônicos e confirmou seu retorno à popularidade, chegando ao primeiro lugar nas paradas britânicas e fazendo sucesso com a canção "Jump They Say". Este álbum também contou com a participação de seu antigo colega da era-Ziggy Stardust, Mick Ronson, que morreu de câncer no final do ano. Bowie explorou novas direções em The Buddha of Suburbia, trilha sonora composta para uma série televisiva livremente adaptada no livro The Buddha of Suburbia (1900) de Hanif Kureishi. O disco trazia alguns dos novos elementos introduzidos no Black Tie White Noise, e também sinalizava uma mudança para o rock alternativo. O disco foi criticamente bem-recebido, embora não lograsse muito sucesso comercial, atingindo a 87ª posição nas paradas do Reino Unido.
Outside (1995) reuniu Bowie novamente com Brian Eno, e foi concebido como o primeiro volume de uma narrativa não-linear sobre arte e assassinato. Apresentando personagens de um conto escrito pelo artista, o álbum conseguiu sucesso nas paradas britânicas e americanas. Bowie escolheu a banda Nine Inch Nails como sua parceria para a Outside Tour, e recebeu, por isso, recepções mistas. Visitaram cidades da Europa e da América do Norte entre setembro de 1995 e fevereiro de 1996 e tal turnê marcou o regresso de Gabrels como guitarrista principal de Bowie.
Em 17 de janeiro de 1996, David Bowie entrou para o Rock and Roll Hall of Fame. Incorporando elementos do jungle britânico e do drum and bass, Earthling (1997) foi sucesso crítico e comercial. A canção "I'm Afraid of Americans", escrita com Eno para o filme Showgirls de Paul Verhoeven, foi regravada no álbum, remixada para ser lançada como single. Esse trabalho ficou por conta de Trent Reznor, famoso multi-instrumentista de sua banda solo, o Nine Inch Nails, que além de produzir, fez backing vocals na canção. A alta frequência do vídeo clipe na televisão, do qual Reznor também participava, fez com que ela ficasse 16 semanas na Billboard Hot 100 americana. A Earthling Tour esteve na Europa e na América do Norte entre junho e novembro de 1997. Em 1998, reuniu-se novamente com Visconti para gravar "(Safe in This) Sky Life" para o The Rugrats Movie. Embora a faixa tenha sido cortada na edição final, mais tarde ela foi regravada e realizada como "Safe" no lado B do single de 2002 "Everyone Says 'Hi'". A reunião com Visconti também levou a uma versão da faixa "Without You I'm Nothing" do Placebo, com vocais de Bowie adicionados na gravação original. Em 1998, Bowie gravou "A Foggy Day (In London Town)" com Angelo Badalamenti, tributo a George Gershwin, no intuito de arrecadar dinheiro para várias instituições de caridade dedicadas na conscientização e no combate à Aids.
Bowie compôs a trilha sonora de Omikron em 1999, um jogo de computador em que ele e a esposa Iman também aparecem como personagens. O álbum 'hours...', lançado neste mesmo ano, e contendo algumas faixas regravadas do jogo, trazia uma canção, "What's Really Happening?" (musicada com Reeves Gabrels), com letra escrita pelo vencedor do concurso via internet "Cyber Song Contest", disponível no site oficial de Bowie; o vencedor foi o fã Alex Grant. Utilizando instrumentos tradicionais e um som pesado, o disco marcou o fim dos experimentos de Bowie com a música eletrônica. Em 2000, ele iniciou um álbum que chamaria-se Toy, com novas versões de algumas de suas primeiras canções e mais três novas músicas, mas o projeto nunca foi lançado. Em vez disso, Visconti continuou trabalhando em estúdio com Bowie e, um ano depois, o resultado das gravações foi um álbum inteiramente de canções originais: Heathen, de 2002. Sua filha com Iman, Alexandria Zahra Jones, nasceu em 15 de agosto.
Em outubro de 2001, Bowie abriu o Concerto para a Cidade de Nova Iorque, evento de caridade em benefício às vitimas dos Ataques de 11 de Setembro, com uma versão minimalista e misteriosa da canção "America" dos Simon and Garfunkel, que seguiu-se com "Heroes", tocada com uma banda. Em 2002, Heathen foi lançado e, durante o segundo semestre do ano, ele realizou a turnê Heathen Tour. A turnê visitou cidades européias e da América do Norte; sua abertura ocorreu no Meltdown, festival anual de Londres, e, por isso, naquele mesmo ano, Bowie foi apontado diretor artístico do evento. Entre os artistas que selecionou para o festival estavam Philip Glass, Television e The Polyphonic Spree. Além de canções do novo álbum, a turnê também trazia materiais de Low. Em 2003, lançou Reality, disco com humor e melancolia, que reflete sobre toda sua carreira e que, na na faixa-título, proclame e ordena: "Acertei, errei/estou de volta ao começo/procurei um sentido e não cheguei a nada/Hey garoto, bem-vindo à realidade". A Reality Tour o fez viajar pela Europa, EUA, Canadá, Nova Zelândia, Austrália e Japão, com uma audiência estimada em 722.000 mil, arrecadando uma quantia superior a qualquer outra turnê de 2004. Apresentando-se em Oslo, Noruega, em 18 de junho, foi atingido no olho por um pirulito atirado por um fã e, uma semana depois, enquanto se apresentava no palco do Hurricane Festival em Scheeßel, Alemanha, sentiu fortes dores no peito, e a apresentação foi interrompida. Foi diagnosticada uma séria obstrução numa artéria e ele passou por uma angioplastia de emergência em Hamburgo. As 14 apresentações restantes da turnê foram canceladas. Até agora, Reality é seu último disco de inéditas e a turnê foi a última em que ele se apresentou.
Recuperado da cirurgia cardíaca, diminuiu sua produção musical pela primeira vez em vários anos. Apareceu só de vez em quando nos palcos e nos estúdios. Em 2004, cantou "Changes" num dueto com Butterfly Boucher para a animação cinematográfica Shrek 2. Durante o ano de 2005, que seguiu-se calmo em sua agenda, gravou vocais em "(She Can) Do That", co-escrita com Brian Transeau, para o filme Stealth. Retornou aos palcos em 8 de setembro, junto ao Arcade Fire, num evento televisionado nos EUA chamado Fashion Rocks, e tocou com a banda canadense pela segunda vez uma semana depois, durante o CMJ Music Marathon. Contribuiu com vocais na canção "Province" dos TV on the Radio no álbum Return to Cookie Mountain, gravou um comercial da XM Satellite Radio com Snoop Dogg, e participou, com o colega de longa data Lou Reed, do álbum No Balance Palace (2005) da Kashmir.
Bowie foi premiado com o Grammy Lifetime Achievement Award em 8 de fevereiro de 2006, que só é concedido a "músicos que, durante suas vidas, deram contribuições criativas de importância artística excepcional no campo da gravação." Em abril, anunciou: "Estou dando um tempo a turnês e discos." Em 29 de maio, contudo, fez uma aparição surpresa no concerto de David Gilmour no Royal Albert Hall de Londres. O evento foi filmado e, logo em seguida, foi lançada uma seleção das canções em que ele participou. Sua última apresentação nos palcos até agora se deu em novembro do mesmo ano, quando cantou ao lado de Alicia Keys no Black Hall—evento beneficente de Nova Iorque para a organização Keep a Child Alive.
Em 2007, Bowie foi escolhido para a curadoria do High Line Festival, selecionando músicas e artistas do evento de Manhattan, e participou do álbum de 2008 Anywhere I Lay My Head, de Scarlett Johansson, só de regravações de Tom Waits Para os 40 anos de aniversário do primeiro pouso na Lua—e também o também para o aniversário de seu primeiro sucesso, "Space Oddity"—a EMI lançou faixas individuais da gravação original da canção em 2009, num concurso que convidava os fãs a criaram um remix.A Reality Tour, álbum duplo com cenas ao vivo de sua turnê de 2003, foi lançado em janeiro de 2010.O biógrafo David Buckley escreve: "A essência da contribuição de Bowie à música popular se deve por sua notável capacidade de analisar e selecionar as idéias que estão de fora do mainstream—da arte, literatura, teatro e cinema—e trazê-los para dentro, de modo que o pop é constantemente alterado." Buckley ainda escreve: "Só uma pessoa levou o glam rock a novas alturas rarefeitas e inventou personagens no pop, casando teatro e música popular num todo poderoso." A carreira de Bowie tem sido marcada por vários papéis em produções de cinema e teatro, o que valeu prestígio e independência como ator e alguns elogios por suas atuações.
Sua carreira como ator começa antes de seu avanço comercial como músico. Estudante teatro de avant-garde e mímica com Lindsay Kemp, interpretou o papel de Cloud na produção teatral de 1967 de Kemp chamada Pierrot in Turquoise (posteriormente transformada no filme televisivo de 1970 The Looking Glass Murders). No filme The Image em branco e preto (1969), interpretou um menino fantasma que surge da pintura de um artista envolvido em problemas, para assombrar seu criador. No mesmo, fez uma breve aparição na adaptação do romance The Virgin Soldiers (1966) de Leslie Thomas. Em 1976, ganhou elogios por seu primeiro papel principal num grande filme, retratando Thomas Jerome Newton, um alienígena de um planeta moribundo, em The Man Who Fell to Earth, dirigido por Nic Roeg. Também interpretou o papel principal em Just a Gigolo de 1979, co-produção anglo-alemã dirigida por David Hemmings, em que é Paul von Pryzgodski, um oficial prussiano a retornar da Primeira Guerra Mundial, que é descoberto por uma Baronesa (Marlene Dietrich) que o convida a seu estábulo de gigolô.

Entre 1980 e 1981, fez o papel principal de O Homem Elefante, produção tetral da Broadway em que recebeu elogios por uma atuação expressiva. Em Christiane F. – Wir Kinder vom Bahnhof Zoo, filme biográfico de 1981 focando a dependência por drogas de uma jovem na Berlim ocidental, Bowie fez uma aparição como ele mesmo em um concerto na Alemanha. A trilha sonora do filme, Christiane F., traz algumas das canções dos álbuns da Trilogia de Berlim. Em 1983, estreou The Hunger/Fome de Viver, filme de vampiros revisionista, com Catherine Deneuve e Susan Sarandon. Em Merry Christmas, Mr. Lawrence, do mesmo ano, dirigido por Nagisa Oshima e baseado no romance The Seed and the Sower de Laurens van der Post, Bowie representou o Major Jack Celliers, prisioneiro de guerra num campo de internamento japonês. Ryuichi Sakamoto, que também era músico, atuou como o comandante do campo que começa a se prejudicar pelos comportamentos bizarros de Celliers. Participou de uma cena do Yellowbeard de 1983, comédia sobre piratas criada pelo Monty Python, e em 1985 representou Colin, assassino de aluguel no filme Into the Night. Recusou retratar o violão Max Zorin no filme 007 Na Mira Dos Assassinos/007 - Alvo Em Movimento do mesmo ano.
Absolute Beginners (1986), musical de rock baseado no romance de Colin MacInnes de 1959 sobre a vida londrina, trazia música de Bowie mas lhe presenteou um papel de qualidade inferior. No mesmo ano, interpretou o andrógino Jareth, rei dos goblins, no filme fantástico Labirinto - A magia do tempo de Jim Henson. Dois anos depois interpretou Pôncio Pilatos no filme A Última Tentação de Cristo de Martin Scorsese, em 1988. Em 1991, no The Linguini Incident, atuou como um descontente empregado de um restaurante que é o antagonista de Rosanna Arquette. No ano seguinte, foi o misterioso agente do FBI Phillip Jeffries em Twin Peaks - Os últimos dias de Laura Palmer (1992) de David Lynch. Retratou Andy Warhol, figura do qual havia conhecido na década de 70, no filme Basquiat, filme da biografia de Jean-Michel Basquiat, dirigido por Julian Schnabel. Co-estrelou no filme Il Mio West de Giovanni Veronesi em 1998 (lançado como Gunslinger's Revenge em 2005) como o pistoleiro mais temido da região. Em 1999, interpretou o velho gangster Bernie em Everybody Loves Sunshine de Andrew Goth e fez uma breve aparição na série de horror televisiva The Hunger. Em Mr. Rice's Secret (2000), retratou o papel principal como vizinho de um doente terminal de doze anos de idade e, no ano seguinte, apareceu como si mesmo em Zoolander junto a outras personalidades famosas.
Em 2006, retratou Nikola Tesla, físico pioneiro na corrente alternada, no filme O Grande Truque/O Terceiro Passo co-estrelado por Christian Bale e Hugh Jackman, dirigido por Christopher Nolan e baseado no romance epistolar de Christopher Priest sobre a rivalidade entre dois mágicos no início do século XX. No mesmo ano, emprestou sua voz ao poderoso vilão Maltazard na animação Arthur e os Minimoys e também para o personagem Lord Royal Highness do desenho animado Bob Esponja: Calça Quadrada. No filme de 2008 August, dirigido por Austin Chick, Bowie atuou como coadjuvante no papel de Ogilvie, ao lado de Josh Hartnett e Rip Torn, no qual ele já havia trabalhado anteriormente em 1976 em The Man Who Fell to Earth.

AC/DC
AC/DC é uma banda de rock formada em Sydney, Austrália em 1973 pelos irmãos Angus e Malcolm Young. A banda é normalmente classificada como hard rock e considerada uma das pioneiras do heavy metal, juntamente com bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath, Thin Lizzy, Judas Priest e Deep Purple. No entanto, os seus membros sempre classificaram a sua música como rock and roll.
O AC/DC passou por várias mudanças de alinhamento antes de lançarem o seu primeiro álbum, High Voltage, em 1975. A formação manteve-se estável até o baixista Cliff Williams substituir Mark Evans em 1977. Em 1979, a banda gravou o seu bem-sucedido álbum Highway to Hell. O vocalista e co-compositor Bon Scott faleceu a 19 de fevereiro de 1980, após consumir na noite anterior uma grande quantidade de álcool. O grupo considerou por algum tempo a separação, mas rapidamente o ex-vocalista dos Geordie, Brian Johnson, foi selecionado para o lugar de Scott. Mais tarde nesse ano, a banda lançou o seu álbum mais vendido, Back in Black.
O álbum seguinte da banda, For Those About to Rock (We Salute You), foi também bem sucedido e tornou-se o primeiro álbum de heavy metal a atingir o 1º lugar nos Estados Unidos. O AC/DC caiu em popularidade pouco após a saída do baterista Phil Rudd em 1983. As fracas vendas continuaram até ao lançamento de The Razor's Edge em 1990. Phil Rudd regressou em 1994 e contribuiu para o álbum de 1995 da banda, Ballbreaker. Stiff Upper Lip foi lançado em 2000, tendo sido bem recebido pela crítica. Planos para um novo álbum foram anunciados em 2004, sendo cumpridos em 2008, com o lançamento do álbum Black Ice no dia 20 de outubro de 2008.
O AC/DC já vendeu mais de 150 milhões de cópias em todo o mundo, incluindo 71 milhões somente nos Estados Unidos. Back in Black já vendeu cerca de 43 milhões de cópias a nível mundial, do quais 22 nos Estados Unidos, fazendo dele o 2º álbum mais vendido de todos os tempos e o 5º mais vendido nos Estados Unidos. AC/DC ficou em quarto na lista da VH1 dos "100 Maiores Artistas de Hard Rock" e foram considerados pela MTV a 7ª "Maior Banda de Heavy Metal de Todos os Tempos" e em 2004, a banda ficou em 72º na lista dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos" feita pela revista Rolling Stone.
Os irmãos Angus, Malcolm e George Young nasceram em Glasgow, Escócia, e se mudaram para Sydney com a maioria de sua família em 1963. George foi o primeiro a aprender a tocar guitarra. Ele se tornou um membro da Easybeats, uma das bandas mais bem sucedidas da Austrália da década de 1960. Em 1966, eles se tornaram o primeiro ato local de rock a ter um sucesso internacional, com a canção "Friday on My Mind". Malcolm seguiu os passos de George tocando com uma banda de Newcastle, New South Wales, chamada de Velvet Underground (não deve ser confundida com a nova-iorquina Velvet Underground).
Angus e Malcolm desenvolveram uma ideia para o nome da banda depois de ver as iniciais "AC/DC" na parte de trás de uma máquina de costura da irmã mais velha deles, Margaret Young. "AC/DC" é uma abreviação de "alternating current/direct current" (que em português significa "corrente alternada/corrente contínua"). Os irmãos sentiram que esse nome simbolizava a energia da banda e o amor deles pela música. "AC/DC" é pronunciado uma letra por vez, embora a banda seja conhecida popularmente pela pronúncia "Acca Dacca" na Austrália.
Em novembro de 1973, Malcolm e Angus Young formaram o AC/DC e recrutaram o baixista Larry Van Kriedt, o vocalista Dave Evans e o baterista Colin Burgess. A banda se apresentou pela primeira vez em um clube chamado Chequers em Sydney em 1973. Mais tarde assinaram com a Albert Productions. Burgess foi o primeiro membro demitido, e vários baixistas e bateristas passaram pela banda durante 1974.
Os irmãos Young decidiram que Evans não era o vocalista adequado para o grupo, porque eles sentiram que ele era mais um glam rocker como Gary Glitter. Evans não se dava bem com Dennis Laughlin, o que também contribuiu para a saída de Dave Evans da banda. Bon Scott, um vocalista experiente e amigo de George Young, estava interessado em se tornar o novo vocalista da banda.
Em setembro de 1974, Bon Scott substitui Dave Evans. A banda havia gravado apenas duas músicas com Evans, "Rockin' in the Parlour" e "Can I Sit Next to You Girl"; esta segunda música foi regravada com Bon Scott, tornando-se a sétima faixa da versão australiana do álbum T.N.T. e a sexta faixa da versão internacional do álbum High Voltage).
Em janeiro de 1975, foi lançado na Austrália o álbum High Voltage, levou apenas 10 dias para ser gravado.
Em poucos meses, a formação da banda foi estabelecida, com Bon Scott nos vocais, Mark Evans no baixo e Phil Rudd na bateria. Mais tarde naquele ano eles lançaram o single "It's a Long Way to the Top (If You Wanna Rock 'n' Roll)", que se tornou o hino do rock para eles. A música foi incluída em seu segundo álbum, T.N.T., que foi lançado apenas na Austrália e na Nova Zelândia. No álbum tinha outra música clássica, "High Voltage".
Em 1976, a banda assinou com a Atlantic Records, e fez turnê por toda a Europa. Eles ganharam muita experiência abrindos shows do Black Sabbath, Aerosmith, Kiss, Styx e Blue Öyster Cult, e tocando ao lado do Cheap Trick.
O primeiro álbum do AC/DC que teve lançamento internacional foi uma compilação lançada em 1976 com faixas do High Voltage e do T.N.T., o álbum vendeu 3 milhões de cópias no mundo. Na seleção das faixas, foram incluídas apenas duas músicas do primeiro álbum. O próximo álbum da banda, Dirty Deeds Done Dirt Cheap, foi lançado nas versões australiana e internacional.
Em 1977 eles lançaram o álbum Let There Be Rock e o baixista Mark Evans foi substituído pelo Cliff Williams.
AC/DC foi uma grande influência para as bandas de New Wave of British Heavy Metal. Em 2007, críticas notaram que AC/DC, juntamente com Thin Lizzy, UFO, Scorpions e Judas Priest estavam entre a segunda geração de estrelas do heavy metal.
A primeira exibição do AC/DC nos Estados Unidos foi em Michigan, numa estação de rádio em 1977. O dono da estação, Peter C. Cavanaugh, reservou para a banda uma apresentação no Flint's Capitol Theater. AC/DC abriu com a famosa música "Live Wire" e fecharam com "It's a Long Way to the Top (If You Wanna Rock 'n' Roll)".
Em 1978 lançaram o álbum Powerage, marcando o primeiro álbum gravado com o baixista Cliff Williams e com riffs mais pesados. Apenas um single do álbum foi lançado, "Rock 'n' Roll Damnation". Foi o último álbum do AC/DC produzido por Harry Vanda e George Young.
O grande avanço na carreira da banda veio na colaboração com o produtor Robert Lange no sexto álbum, Highway to Hell, lançado em 1979. Foi o último álbum do AC/DC com Bon Scott nos vocais. Foi o primeiro álbum do AC/DC a entrar no Top 100 Americano, alcançando o 17º lugar.
No dia 19 de fevereiro de 1980, Bon Scott passou a noite inteira bebendo em Londres. Na manhã seguinte, Alistair Kinnear (um conhecido de Scott) o levou para o hospital em Camberwell. Scott foi declarado morto quando chegou ao hospital.
Aspiração pulmonar de vômito foi a causa da morte de Bon. No documento oficial de sua morte está listado como "intoxicação por álcool" e "morte por desventura".
A família de Scott o enterrou no cemitério de Fremantle, na Austrália, local para onde emigraram quando Bon Scott ainda era criança.
Inconsistências no documento oficial da morte de Scott tem sido citados em teorias da conspiração, que sugerem que Scott morreu de overdose por consumo de heroína, ou que foi morto dentro do carro, ou que Alistair Kinnear não existia. Adicionalmente, Scott era asmático, e a temperatura estava abaixo de zero na manhã de sua morte.
Após a morte de Bon Scott, a banda estava pensando em desistir, no entanto, Scott teria desejado que o AC/DC continuasse. Vários vocalistas foram citados para substituir Scott, incluindo Buzz Shearman, ex-vocalista do Moxy e Terry Slesser, ex-vocalista do Back Street Crawler. Os membros do AC/DC finalmente decidiram que o novo vocalista seria Brian Johnson, ex-Geordie.
Com Brian Johnson a banda terminou de compor as músicas para o álbum Back in Black. A gravação ocorreu no Compass Point Studios em Bahamas, poucos meses após a morte de Scott. Back in Black foi produzido por Mutt Lange e gravado por Tony Platt, se tornando o álbum mais vendido da carreira de ambos. O álbum inclui hits como "Hells Bells", "You Shook Me All Night Long" e "Back in Black". O álbum recebeu certificação platina um ano após o seu lançamento, e em 2006 o álbum alcançou a marca de 22 milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos. O álbum alcançou o 1º lugar no Reino Unido e o 4º nos Estados Unidos, onde ficou 131 semanas no Top 10. Back in Black é o 5º álbum mais vendido de todos os tempos nos Estados Unidos.
O próximo álbum, For Those About to Rock We Salute You, foi lançado em 1981, vendeu bem e recebeu críticas positivas. As faixas "Let's Get It Up" e "For Those About to Rock (We Salute You)", alcançaram o 13º e 15º lugar no Reino Unido respectivamente.
No meio de rumores de alcoolismo e drogas, o relacionamento do baterista Phil Rudd com Malcolm Young deteriorou e, após um longo período de ódio, eles brigaram. Rudd foi demitido duas horas após a briga. Ele foi substituído por Simon Wright no verão de 1983.
Mais tarde naquele ano, a banda lançou o seu nono álbum, Flick of the Switch, que fez menos sucesso que seus álbuns anteriores, e foi considerado pouco desenvolvido. Um crítico afirmou que a banda "tem feito o mesmo álbum nove vezes". Numa enquete da revista Kerrang!, AC/DC foi votado como a oitava maior decepção de 1984. Entretanto, Flick of the Switch alcançou o 4º lugar na parada de álbuns do Reino Unido, e a banda teve menor sucesso com os singles "Nervous Shakedown" e "Flick of the Switch". O próximo álbum, Fly on the Wall, foi produzido por Angus e Malcolm Young e lançado em 1985, também foi considerado pouco inspirado e pouco desenvolvido.
Em 1986, a banda retornou as paradas com a música "Who Made Who". O álbum Who Made Who foi trilha sonora do filme Maximum Overdrive de Stephen King. No álbum tem músicas mais antigas como "You Shook Me All Night Long", "Ride On" e "Hells Bells", além de músicas inéditas como "Who Made Who" e duas instrumentais, "D.T." e "Chase the Ace".
AC/DC lançou em 1988 o álbum Blow Up Your Video, foi gravado no Miraval Studio in Le Val, na França, e reuniu a banda com seus produtores originais, Harry Vanda e George Young. A banda gravou dezenove músicas, escolhendo dez para o lançamento do álbum. Blow Up Your Video foi um sucesso comercial, vendeu mais cópias que seus dois últimos álbuns juntos, e alcançou o 2º lugar na parada de álbuns do Reino Unido, a melhor posição desde o Back in Black em 1980. A turnê mundial Blow Up Your Video começou em fevereiro de 1988, em Perth, Austrália.
Após a turnê, Simon Wright saiu do AC/DC para trabalhar com a banda Dio no álbum Lock Up the Wolves, e foi substituído pelo veterano Chris Slade. Brian Johnson ficou indisponível vários meses enquanto finalizava seu divórcio, então os irmãos Young escreveram todas as músicas do próximo álbum, prática que continuou para todos os álbuns seguintes até o Black Ice, lançado em 2008.
O novo álbum, The Razors Edge, foi gravado em Vancouver, Canadá e produzido por Bruce Fairbairn, que já havia trabalhado com Aerosmith e Bon Jovi. Lançado em 1990, foi um grande retorno da banda, e incluía os singles "Thunderstruck" e "Are You Ready" que alcançaram o 5º e 16º lugar respectivamente na Billboard Mainstream Rock Tracks, e "Moneytalks", que alcançou o 23º lugar na Billboard Hot 100. Vários shows da turnê Razors Edge foram gravados para o álbum ao vivo do AC/DC lançado em 1992, Live. Live foi produzido por Fairbairn, e é considerado um dos melhores álbuns ao vivo da década de 1990. No ano seguinte, a banda gravou a música "Big Gun", que fez parte da trilha sonora do filme de Arnold Schwarzenegger, Last Action Hero, e a música foi lançada como single, alcançando o 1º lugar na Billboard Mainstream Rock Tracks, foi o primeiro single da banda a alcançar o 1º lugar nessa parada.
Em 1994, Angus e Malcom Young chamaram Phil Rudd para substituir Slade, eles tinham forte desejo em voltar a trabalhar com Rudd. Em 1995, a formação de 1980 está de volta, a banda lança Ballbreaker, gravado no Ocean Way Studios em Los Angeles, Califórnia, e produzido por Rick Rubin. O primeiro single do álbum foi "Hard as a Rock". Mais dois singles foram lançados do álbum: "Hail Caesar" e "Cover You in Oil".
Em 1997, foi lançado um box set chamado Bonfire. No box set contém quatro álbuns: uma versão remasterizada de Back in Black, Volts, e dois álbuns ao vivo, Live from the Atlantic Studios e Let There Be Rock: The Movie. Live from the Atlantic Studios foi gravado no dia 7 de dezembro de 1977 no Atlantic Studios em Nova Iorque. Let There Be Rock: The Movie é um álbum duplo gravado em 1979 no The Pavillon em Paris.
Em 2000, a banda lançou o seu 14º álbum de estúdio, Stiff Upper Lip, produzido por George Young no Warehouse Studio, em Vancouver. O álbum foi mais bem recebido pelas críticas do que o Ballbreaker, mas foi considerado necessitado de novas ideias. A versão lançada na Austrália incluía um disco bônus com três videos promocionais e apresentações gravadas em Madrid no ano de 1996. Stiff Upper Lip alcançou o 1º lugar em cinco países, incluindo Argentina e Alemanha; 2º lugar em três países, Espanha, França e Suíça; 3º lugar na Austrália; 5º lugar no Canadá e em Portugal; e 7º lugar nos Estados Unidos, Noruega e Hungria. O primeiro single, "Stiff Upper Lip" ficou no topo da Billboard Mainstream Rock Tracks por quatro semanas. Os outros singles lançados também foram muito bem, "Satellite Blues" e "Safe in New York City" atingiram o 7º e 31º lugar na Billboard Mainstream Rock Tracks respectivamente.
Em 2002, o AC/DC assinou um longo contrato com a Sony Music, que passou a lançar uma série de álbuns remasterizados da banda. Cada lançamento continha um livreto expandido, com fotografias raras, recordações e notas. Em 2003, todos os álbuns (exceto Ballbreaker e Stiff Upper Lip) foram remasterizados e relançados. Ballbreaker foi eventualmente relançado em outubro de 2005 e Stiff Upper Lip foi relançado mais tarde, em abril de 2007.
No dia 30 de julho de 2003 a banda tocou com The Rolling Stones e Rush no Molson Canadian Rocks for Toronto. O concerto detém o recorde de maior número de pagantes da história na América do Norte. O AC/DC se tornou a segunda banda australiana que mais faturou em 2005, e a sexta que faturou em 2006. Verizon Wireless ganhou o direito de lançar os álbuns de estúdio e todo o Live at Donington para download em 2008.
No dia 16 de outubro de 2007, a Columbia Records lançou um duplo e triplo DVD intitulado Plug Me In. O conjunto é constituído de cinco e sete horas de filmagens raras, e ainda uma gravação da banda tocando no colégio: "School Days", "T.N.T.", "She's Got Balls" e "It's a Long Way to the Top (If You Wanna Rock 'n' Roll)". O disco um contém shows raros da banda com Bon Scott, e o disco dois é sobre a era de Brian Johnson. A edição de colecionador contém um DVD extra com mais 21 performances raras da banda e mais entrevistas.
No dia 18 de agosto de 2008, a Columbia Records anuncia o lançamento do 15º álbum de estúdio da banda, Black Ice, dia 18 de outubro a versão australiana e dia 20 de outubro a versão internacional. Foi o primeiro álbum lançado em oito anos, e foi produzido por Brendan O'Brien. Assim como Stiff Upper Lip, ele foi gravado no The Warehose Studio em Vancouver. Black Ice fez história estreando em número 1 na parada em 29 países. Com mais de 6.5 milhões de cópias vendidas no mundo, combinada com mais de 5,5 milhões vendidos no catálogo, AC/DC ultrapassou os Beatles como a artista No.1 na venda no catálogo nos EUA em 2008. Os 18 meses da World Tour Black Ice foi anunciada em 11 de Setembro e começou em 28 de outubro, em Wilkes-Barre, Pennsylvania.
"Rock 'n' Roll Train" é o primeiro single do álbum, foi lançado nas rádios no dia 28 de agosto. No dia 15 de agosto, AC/DC gravou um videoclipe para a música em Londres com uma seleção especial de fãs que tiveram a chance de participar do videoclipe.
No dia 3 de junho de 2009, a banda apresentou-se em Portugal, num concerto no Estádio José Alvalade, em Lisboa. No dia 27 de novembro de 2009, após 13 anos, o AC/DC retornou ao Brasil, fazendo o show no Estádio do Morumbi.
No final de setembro de 2009, a banda remarcada seis shows quando Brian Johnson passou por uma cirurgia. Em 29 de Setembro, a banda anunciou uma coleção de raridades gravadas em estúdio e ao vivo,Backtracks.
Em 26 de janeiro de 2010, AC/DC anunciou em seu site oficial o lançamento de seu novo álbum AC/DC: Iron Man 2, uma coletânea com a trilha sonora do filme Iron Man 2.
Depois de 20 meses da turnê e tocando para mais de 5 milhões de pessoas em 108 cidades em mais de 28 países, a turnê do álbum chega ao fim em Bilbao, Espanha no dia 28 de junho de 2010. Eles lançaram um DVD dos seus concertos ocorridos na Argentina entre 2, 4 e 6 de dezembro de 2009, chamado Live at River Plate.
Em uma entrevista ao site Pop Eater, o vocalista Brian Johnson diz que a banda deve se reunir quando a banda completar 40 anos de carreira em 2013 para gravar um novo disco e uma turnê de comemoração: “Para conversar sobre como estamos nos sentindo em relação a comemoração da data”. Mas Brian disse que não há data para entrar nos estúdios para evitar pressão:“Nós nunca dizemos que ‘estamos indo para o estúdio em janeiro do ano que vem’. Se você faz isso, você está sob pressão, e nós nunca trabalhamos desse jeito”.
O AC/DC entrou no Rock and Roll Hall of Fame em março de 2003. Durante a cerimônia a banda tocou "Highway to Hell" e "You Shook Me All Night Long", com os vocais feitos por Steven Tyler do Aerosmith.
Durante o discurso, Brian Johnson citou a música deles "Let There Be Rock".
No dia 1 de outubro de 2004, uma rua de Melbourne, Corporation Lane, foi renomeada para ACDC Lane em homenagem à banda. A rua fica perto da Swanson Street, onde a banda gravou o videoclipe de 1975 da música "It's a Long Way to the Top (If You Wanna Rock 'n' Roll)". Uma rua em Leganés, Espanha recebeu o nome de "Calle de AC/DC" no dia 2 de março de 2000.
Em 2005, a RIAA atualizou o número de álbuns vendidos pela banda nos Estados Unidos de 63 milhões para 69 milhões de cópias vendidas, fazendo do AC/DC a quinta banda que mais vendeu álbuns nos Estados Unidos e o décimo artista que mais vendeu álbuns nos Estados Unidos, vendendo mais que Madonna, Mariah Carey e Michael Jackson. A RIAA também certificou Back in Black como dupla platina (vinte milhões) nos Estados Unidos, o álbum já vendeu mais de 22 milhões de cópias, sendo o quinto álbum mais vendido da história do país.

Aerosmith
Aerosmith é uma banda norte-americana de rock, por vezes referida como "The Bad Boys from Boston" e "A Maior Banda de Rock and Roll da América". Seu estilo, enraizado em um hard rock baseado no blues, também incorpora elementos do pop, heavy metal e rhythm and blues, e inspirou diversos artistas subsequentes. A banda foi formada em Boston, Massachusetts, em 1970. O guitarrista Joe Perry e baixista Tom Hamilton, originalmente integrantes de uma banda chamada Jam Band, se encontraram com o vocalista Steven Tyler, o baterista Joey Kramer e o guitarrista Ray Tabano e formaram o Aerosmith. Em 1971, Tabano foi substituído por Brad Whitford, e a banda começou a atrair seguidores em Boston.
Assinaram com a Columbia Records em 1972, e lançaram uma sequência de álbuns multi-platina, começando com seu álbum de estreia homônimo, de 1973, seguido por Get Your Wings, de 1974. Em 1975, a banda estourou no mainstream com Toys in the Attic, e o álbum seguinte, Rocks, de 1976, cimentou o status do Aerosmith como superestrelas do hard rock. No final dos anos 70, eles estavam entre as bandas mais populares do mundo, desenvolvendo uma legião de fieis fãs, por vezes referidos como "Blue Army". Todavia, vício em drogas e conflitos internos resultaram na saída de Perry e Whitford do grupo em, respectivamente, 1979 e 1981. Eles foram substituídos por Jimmy Crespo e Rick Dufay. A banda não conseguiu criar muito bem entre 1980 e 1984, lançado tão somente um álbum — Rock in a Hard Place — que, apesar de ter recebido certificação de ouro, falhou em alcançar os sucessos prévios.
Ainda que Perry e Whitford tenham retornado em 1984 e a banda tenha assinado um novo contrato, dessa vez com a Geffen Records, o Aerosmith só foi conseguir reconquistar o nível de popularidade alcançado nos anos 70 em 1987, quando ficaram sóbrios e lançaram Permanent Vacation. Através dos anos 80 e 90, a banda emplacou diversos sucessos e ganhou inúmeros prêmios musicais, além de conseguirem alcançar as marcas de multi-platina em álbuns como Pump (1989), Get a Grip (1993) e Nine Lives (1997). Seu retorno tem sido descrito como um dos mais memoráveis e espetaculares na história do rock 'n roll. Após 41 anos tocando, a banda continua em turnês e gravando músicas.
É a banda de rock norte-americana que mais vendeu em toda a história, com mais de 150 milhões de álbuns vendidos ao redor do mundo, incluindo 66.5 milhões vendidos, tão somente, nos Estados Unidos. Eles também detêm o recorde do maior número de álbuns com certificações de ouro e multi-platina de um grupo norte-americano. A banda conseguiu colocar vinte e uma músicas no Top 40 da Billboard Hot 100, nove músicas no topo do Hot Mainstream Rock Tracks, ganharem quatro Grammy Awards e dez MTV Video Music Awards. Eles foram induzidos ao Hall da Fama do Rock and Roll em 2001, e foram incluídos nas listas de 100 Maiores Artistas de Todos os Tempos da Rolling Stone e do VH1.
O Aerosmith surgiu em 1969, da junção de duas bandas: Chain Reaction, do vocalista Steven Tyler, e Jam Band, do guitarrista Joe Perry e do baixista Tom Hamilton. Joe Perry trabalhava em uma lanchonete de Sunapee, New Hampshire. Lá ele conheceu o cliente Steven Tyler. Quando Steven viu a Jam Band tocando Rattlesnake Shake, surgiu o embrião do Aerosmith.
A formação da banda se completou com a entrada do guitarrista Ray Tabano e do baterista Joey Kramer. Ray era um velho amigo de Steven e Joe vinha da mesma cidade dos dois, tendo, inclusive, estudado na mesma escola que Steven. Pouco tempo depois, Ray foi substituído por Brad Whitford, e assim surgiu a formação clássica do Aerosmith. Joey sugeriu o nome "Aerosmith", que, segundo ele, não tem nenhum significado especial: era apenas uma palavra que ele gostava de escrever nos seus cadernos da escola.
Após alguns espectáculos ao vivo nos bares de Boston, que lhes proporcionaram fama imediata, o Aerosmith assinou um contrato com a editora Columbia Records em 1972 e gravou o seu álbum de estréia Aerosmith em duas semanas; dele se extraiu o single "Dream On" e clássicos como "Mama kin", "Somebody", "Movin' Out" e "One Way Street". O álbum, na estréia, foi um fracasso de vendas (posteriormente, alcançou platina dupla - 2 milhões de cópias).
Após uma primeira turnê, a banda lançou Get Your Wings (1974), que também não gozou de grande sucesso nas tabelas de vendas - com o tempo, atingiu quatro vezes platina (quatro milhões de cópias); trazia os clássicos "Same Old Song And Dance", "Train Kept A Rollin'", "Lord Of The Thigs" e a super balada "Seasons Of Wither".
Em 1975, a edição de Toys in the Attic fez deles definitivamente estrelas do rock n' roll internacional: nessa época, o Aerosmith começava a lotar seus shows. O álbum, uma mistura bem sucedida de heavy metal, hard rock e toques de punk, constituiu um êxito imediato, tendo canções que marcaram época e jamais serão esquecidas, como "Adam's Apple" e "Walk This Way", que representam bem o hard rock, além de clásicos como "Toys in The Attic", "No More, No More" e "Big Ten Inch Record" e o mega sucesso "Sweet Emotion". O álbum já alcançou as 11 platinas (11 milhões de cópias).
O álbum seguinte, Rocks, influência de toda uma geração do hard rock americano, foi o primeiro disco de platina do Aerosmith, iniciando uma série de discos que alcançariam esta vendagem por vários anos seguidos; Rocks já atingiu 4 platinas (4 milhões de cópias) e foi o primeiro disco sem nenhuma cover. Joe Perry faz a guitarra cavalgar em "Back In The Saddle" (que foi recentemente regravada por Sebastian Bach no álbum Angel Down e contou com a participação especial de Axl Rose, também fã declarado do Aerosmith - a versão ficou "ok"); Brad Whitford arrasa com o riff inicial e os solos de "Last Child", que provam que ele não merece ser chamado de "guitarrista base"; há canções rápidas como "Rats In The Cellar" e pesadas como "Nobody's Fault" (outra composição de Brad em parceria com Steven) e experimentais como "Sick As A Dog" (de Tom Hamilton e Steven), em que os membros chegam a trocar de instrumentos: Tom toca guitarra-base enquanto Joe Perry toca baixo; depois, no meio da música, Steven assume o baixo e Joe volta para a guitarra, tudo em apenas 1 take! O disco fecha com a linda balada "Home Tonight", uma rock-ballad suja com destaque para o piano de Steven e os solos do Joe. Há ainda "Combination", quarta música do álbum e escrita por Perry, que cantaria sozinho a canção - idéia abandonada devido ao fato de considerarem Rocks um álbum crucial para a banda (Joe então dividiu os vocais com Steven). Em qualquer lista de hard rock e heavy metal não pode faltar o Rocks, um dos clássicos absolutos do Rock.
Após o estardalhaço de Toys In The Attic e Rocks, é lançado Draw the Line em 1977, que atingiu disco de platina mais rápido que os primeiros e alcançou dupla platina (2 milhões de cópias). Não foi tão bem recebido pela crítica quanto seus anteriores, mas não deixou a desejar. "Draw The Line" é a faixa título e tem um riff inesquecível, pode considerado um dos maiores clássicos do Aero, e "Kings And Queens" é um tipo de rock um pouco "épico", que fala do governo, da igreja e da anarquia. E vale a pena lembrar de "I Wanna Know Why" e a blues-rock "Milk Cow Blues". É um disco com canções dançantes como "Get It Up" e "Sight For Sore Eyes", e traz a primeira música apenas com Joe Perry nos vocais, a ótima "Bright Light Fight".
Em 1978, o Aero canta para mais de 400 mil pessoas em Boston e lança seu primeiro álbum ao vivo, Live! Bootleg, com os seus sucessos e duas canções retiradas de um bootleg de um show de 1973: "I Ain't Got You" e "Mother Popcorn" - "Draw The Line" está "escondida" depois de "Mother Popcorn" e não é listada na contra-capa do disco. No mesmo ano, o grupo participou do filme Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, para o qual regravaram "Come Together" dos Beatles.
Em 1979, durante as gravações de Night in the Ruts, Perry deixou a banda após mais uma briga com Steven, que começou por causa de um copo de leite; formou o The Joe Perry Project, que lançou três discos. Após um acidente de moto sofrido por Steven, que o deixou "fora de ação" por alguns meses, foi lançada a coletânea Greatest Hits", um verdadeiro estouro de vendas (mais de 10 milhões de cópias).
Night in the Ruts é lançado em 1979, e apresenta três covers: "Remember (Walking in the Sand)", "Think about it" e "Reefer Head Woman"; foram feitos vídeos de "Chiquita" e "No Surprize". O álbum não foi bom de vendas, alcançando apenas 1 disco de platina após vários anos de seu lançamento. Substituto de Joe, Jimmy Crespo toca apenas um solo em "Reefer Head Woman" (Joe tocou na maioria das outras canções).
Brad Whitford deixou a banda em 1981 e se uniu a Derek St. Holmes, vocalista da banda de Ted Nugent, para dar origem ao projeto Whitford/St. Holmes, que lançou um disco auto-intitulado.
Com a parceria Perry-Tyler desfeita, Rock in a Hard Place é lançado em 1982 e que teve como destaque o single e o vídeo de "Lightning Strikes", que ainda contava com Brad Whitford (a música foi gravada antes de sua saída). O disco foi um fracasso de venda e de crítica, apesar de ter grandes canções como "Bitch's Brew", "Bolivian Ragamuffin" e "Cry Me A River".
O Aerosmith havia se tornado uma paródia de si mesmo. A história da banda era repleta de excessos, com todos os ingredientes absurdos: esposas que não se bicavam, integrantes que caíam do palco, contas de serviço de quarto no valor de US$ 100 mil, membros da equipe que pegavam mais groupies que seus chefes drogados e dinheiro que ia sabe-se lá para onde.
"Paramos de conduzir nossa banda", Perry disse. "Paramos de dar a mínima."
Após esta fase conturbada, Perry e Whitford regressaram à banda, em 1984 – teve então lugar uma turnê para comemorar a reunião dos membros do grupo, a "Back In The Saddle Tour". Joe Perry, em entrevista à revista Rolling Stone na época: "Eu sei que todo mundo pergunta se nós voltamos a tocar juntos pelo dinheiro, e claro que não é verdade. Não, é legal ter dinheiro, mas a razão [pela qual voltaram a se reunir] é que temos prazer em tocar juntos outra vez". Contudo, durante essa mesma turnê, Tyler chegaria a desmaiar em palco devido à dependência de drogas, afetando negativamente a imagem do grupo.
No ano seguinte, a banda lança Done With Mirrors, um dos melhores álbuns do Aerosmith desde o final durante toda a carreira, porém um fracasso de vendas, idem ao anterior.
Em 1986, sai o 2° álbum ao vivo Classics Live! Vol. 1, ao mesmo tempo em que Steven e Joe apareceram no bem sucedido cover dos rappers do Run D. M. C. de "Walk This Way", combinando rock n' roll e rap e se tornando um clássico, marcando o início do regresso do Aerosmith aos grandes êxitos.
Em 1987, sai o 3° ao vivo Classics Live! Vol. 2, seguido do disco Permanent Vacation, que incluía hits como "Dude (Looks Like a Lady)", "Rag Doll" e "Angel", restabelecendo o Aerosmith nas paradas americanas novamente e vendendo 5 milhões de cópias só nos EUA.
Nessa mesma época, a banda finalmente se livrou das drogas. O último a largar foi Tom Hamilton, que deu sua última "cheirada" nas gravações de Permanent Vacation.
Contudo, o verdadeiro álbum de regresso aos topos de vendas foi Pump, de 1989, que fez a banda entrar na década de 1990 com força total, no que viria a ser o auge da carreira da banda; desse disco se extraíram três êxitos que chegaram ao Top 10 nos Estados Unidos: "Janie's Got a Gun" (que vence o 1° Grammy do Aero), "What It Takes" e "Love in an Elevator". Pump foi ao topo das paradas americanas, chegando a marca dos 9 milhões de cópias.
Get a Grip (1993) foi igualmente um sucesso de vendas, chegando a casa dos doze milhões de cópias, tendo restabelecido definitivamente os Aerosmith como uma potência musical. Com singles como "Livin' On The Edge" (que vence o segundo Grammy do Aero), "Eat The Rich", "Crazy" (vencedora do seu terceiro Grammy) e "Cryin'", o Aero explode na década de 1990.
Nine Lives, de 1997, foi um álbum marcado por inúmeros problemas (mesmo alcançando o topo das paradas e vendendo três milhões de cópias), como a demissão do produtor do grupo, Tim Collins. O disco continha singles de sucesso como "Falling In Love (Is Hard On The Knees)" e "Pink" (que vence o quarto Grammy do Aero). Em 1998, a banda lança o disco duplo ao vivo A Little South Of Sanity e, no ano seguinte, seu primeiro single a alcançar o primeiro lugar da Billboard, o tema romântico da trilha sonora do filme Armageddon, I Don't Want To Miss A Thing (escrito por Joe Perry e Diane Warren, ainda que Perry não seja creditado como tal).
Em 2000, o Aerosmith vai para a Calçada da Fama do Rock 'n' Roll, ou melhor, o "Rock 'N' Roll Hall Of Fame". Em 2001, é lançado Just Push Play, que vai aos topos das paradas dos EUA com singles como "Jaded".
Em 30 de Março de 2004, o seu há muito prometido álbum de blues, Honkin' on Bobo, foi finalmente lançado, um regresso às raízes; o álbum nasceu no final de 2003 durante a turnê em conjunto com os Kiss e a jam especial de blues que acontecia nas apresentações. No mesmo ano, sai o DVD "You Gotta Move"
Em 2005, a gravadora lançou Rockin' the Joint, uma compilação de uma apresentação ao vivo realizada em 2002 durante a turnê de Just Push Play.
Mais recentemente, em 2006, com o fim do contrato com a Sony BMG iminente, a mesma lançou outra coletânea, Devil's Got a New Disguise: The Very Best of Aerosmith, com grandes sucessos da banda em toda sua história, além de duas canções inéditas, "Devil's Got A New Disguise" e "Sedona Sunrise", outtake do álbum Pump.
Em 2007, a banda voltou ao Brasil para uma única apresentação no dia 12 de abril, abrindo a Aerosmith World Tour 2007. Para o delírio dos mais de setenta mil fãs que lotaram o estádio do Morumbi numa quinta-feira, a banda tocou seus clássicos por quase duas horas, com destaque para a abertura com "Love In An Elevator", a blueseira "Baby Please Don't Go" e "Draw The Line" - esta última com Joe Perry batendo na guitarra com sua camisa e se jogando na bateria em seguida, um dos pontos altos do show. A banda mostrou que ainda tem energia de sobra para fazer uma grande apresentação, com destaque para a dupla Steven e Joe.
Em 2008, o Aerosmith tira umas férias e Joe Perry aproveita para fazer alguns shows com a banda de seus filhos, TAB The Band. Enquanto Steven e Joe se recuperam de cirurgias (o primeiro realizou uma no pé; o segundo, uma no joelho), é lançado o jogo Guitar Hero: Aerosmith, o primeiro da franquia com apenas uma banda em destaque.
Em 2010, o Aerosmith volta para a estrada mais uma vez na turnê Cocked, Locked, Ready to Rock, vindo a se apresentar no Brasil em Porto Alegre e São Paulo nos dias 27 e 29 de Maio, em que tocaram os vários clássicos da banda como Livin' on the Edge, Eat the Rich, Back in the Saddle e muitos outros. E mais uma vez surpreenderam os fãs com Joe duelando contra ele próprio no Guitar Hero, Joey usando uma camisa do Brasil e tocando um solo de bateria em que no final Steven tocava com ele e fazendo cover de dois blues.
Em 2011, depois de algumas apresentações pela América Latina, a banda voltou a se apresentar no Brasil para um único show em São Paulo, na Arena Anhembi , no dia 30 de Outubro. Depois do pequeno acidente sofrido pelo vocalista Steven Tyler no Paraguai, os fãs brasileiros ficaram receosos com uma possível não apresentação. Enquanto ainda estava dentro do banheiro do hotel em que estava hospedado, Steven quebrou dois dentes e ficou com um dos olhos roxo. Segundo Tyler, ele não estava alterado, nem havia consumido qualquer tipo de droga ou bebida. Depois do acidente, o vocalista acordou apenas no hospital, onde todos os procedimentos foram realizados rapidamente. Mas foi com vinte minutos de atraso que todo esse medo se evaporou. Às oito e vinte da noite, foi possivel ouvir os primeiros acordes de "Draw the Line". A alegria tomou conta da arena, e os 32 mil fãs só pararam de pular e de se emocionar quando Steven Tyler anunciou o final do show, logo depois Train Kept A-Rollin’. A promessa é que eles voltem ano que vem com um novo album em mãos.
Em novembro de 2009, de acordo com o jornal americano Las Vegas Sun, Steven Tyler rompeu seu vínculo com a banda Aerosmith. As relações entre Tyler e o resto do grupo começaram a ter problemas após um acidente em agosto de 2009, quando o vocalista caiu de um palco durante um show nos EUA. Tyler quebrou o ombro e teve que dar pontos na cabeça, cancelando parte dos shows do Aerosmith. A última apresentação do grupo foi no dia 1º de novembro, antes do Grande Prêmio de Fórmula 1 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.
"Ele não falou comigo ou com os outros membros da banda. Eu desci do avião dois dias atrás e vi na internet que ele estava dizendo que sairia da banda. Eu não sei por quanto tempo, indefinidamente ou qualquer coisa", completa Perry.
O guitarrista também reclama que Tyler teria perdido o interesse na banda. "Obviamente, ele não estava dando 100% de si havia um bom tempo. (…) Eu não queria que ele cancelasse mais shows. Nós realmente queríamos fazer essas últimas apresentações".
Ele diz ainda que a banda deve continuar com um novo vocalista. "Nós provavelmente vamos achar outra pessoa e vamos seguir com o Aerosmith", termina. Lenny Kravitz teria sido contatado para substituir Tyler, mas negou.
Porém, segundo a revista Rolling Stone, na noite de terça, 10 de Novembro de 2009, Steven Tyler fez uma aparição-supresa em um show de Joe Perry e declarou: "Nova York, quero que você saiba que não estou deixando o Aerosmith." E depois, falando com Joe Perry: "Você é um homem de muitas cores, mas eu sou o Senhor Arco-Íris."
Mesmo com essa aparição, ainda há rumores de uma saída de "férias" para Steven Tyler de aproximadamente dois anos para escrever um livro e gravar um disco solo.
Em 23 de dezembro de 2009 Steven Tyler entrou em uma clínica de reabilitação para se tratar no seu vício por analgésicos, desenvolvido após dez anos tomando remédios para lidar com a dor causada por sua performance e acidentes sobre o palco (na turnê do álbum Nine Lives o microfone caiu em seu joelho rompendo um ligamento e foi aí que tudo começou, ou até mesmo mais recentemente com sua queda do palco). O cantor declarou que estaria ansioso para voltar a trabalhar com seus colegas de banda. Mas, atualmente o guitarrista Joe Perry confirmou a procura de um novo vocalista que virá a substituir Steven Tyler. Afirmou também que será algum cantor com características próprias e não um clone do atual. Porém o que acima é dito, não passa de boatos, pois no dia 29 de maio de 2010 a banda fez um show no parque Antartica de forma completamente integrada.
De acordo com o jornal canadense The Globe And Mail, o guitarrista Joe Perry, derrubou o vocalista da banda, Steven Tyler, de uma passarela durante o show da banda no Air Canada Centre, em Toronto, Ontario.O incidente ocorreu no início da performance cheia de hits, durante 'Love In An Elevator'. Tyler havia esbarrado levemente com o quadril em Perry, que, após completar o lick de guitarra, olhou por cima do ombro antes de andar para trás sobre o frontman desprevenido. Tyler, de 63 anos, vacilou brevemente na beirada da plataforma antes de cair na multidão. Eventualmente, com a ajuda de Perry, Tyler subiu de volta ao palco.
No twitter Steven Tyler diz ter sentado por algum tempo com Joe Perry e que 'fumaram o cachimbo da paz' e então a banda se junta novamente e ficamos a espera de um novo CD e que o Aerosmith "Rock" no verão (dos E.U.A.) na promessa de uma nova turnê mundial. Agora em 2011, a banda prevê a volta ao estúdio em julho para a gravação de um novo álbum.

 FONTE: Wikipédia; Documentário A História do Rock N' Roll (Parte 3 Anos 70)